Cap 2

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O trabalho do dia havia sido finalizado àlgumas horas. O engenheiro tomou uma ducha e foi caminhar pela cidade. Na sua inseparavel mochilinha, encontravam-se apenas uma garrafa de água e a querida ocarina.

Deitou-se sobre uma árvore no centro da vila. Estava em seus devaneios quando escutou crianças brincando e falando.

-Professora Penny, por favor, canta pra gente.
-Mas eu já cantei todas que conhecia!
- A gente quer ouvir mais uma música, só uma...

Como o vento, uma maravilhosa melodia se movia até as crianças. Até a "professora" se surpreendeu. De trás da árvore se levantava o novato da cidade. As pessoas sedentas por música se reuniram em volta do "Corvo" e apreciavam cada nota.

Ele parou para recuperar o fôlego.

- Moço, qual é o nome da música?
- A Música do Tempo, seu nome é?
-Vincent!
-Pergunta meu nome também!
-Tudo bem, então, qual é o seu nome?
-Jas!
-E você, jovem professora, deve ser a Penny.
-E você é o Tanner, certo?

O garoto apenas acenou com a cabeça, seus olhos ambar encontraram as esmeraldas dela. Se fitaram por segundos que pareceram horas. Ela sorriu demonstrando um plano.
-Vocês querem uma aula de música?
-Queremos!
-Tudo bem crianças, vamos pelo começo. Essa é uma ocarina...

O fazendeiro sentou-se junto a professora, ela, sem que percebessem apoiou a cabeça no ombro dele. Haley, que passava ali perto sentiu um rápido, e doido aperto no coração. A loira saiu com pressa pensando: "O Alex é mais bonito que ele... mas quem eu to querendo enganar?"

<Quebra de Tempo>

Algumas horas haviam se passado, o "músico" acompanhou a ruiva e as crianças até a casa dos menores. Quando eles sumiram de vista o casal foi até a casa de Penny, que fez questão de mostrar pontos da cidade ao amigo.

Tanner carregava os livros dela na mochila e involuntariamente deram as mãos. Foram juntos até o trailer de Penny.

Alcool e vômito era o que predominava ali dentro. Ele tinha certeza que não era a ruiva quem bebia, mas se obrigou a questionar.
-É você que bebe?

Ela abriu um pouco mais a porta e uma mulher gorda dormia no sofá. A cena era feia.
-É minha linda e adorável mãe que bebe. Obrigada por tudo.

Se esticou o máximo possivel na pontas dos pés, puxou sua cabeça para baixo e beijou-o na testa.
-Obrigada , te vejo amanhã?
-Vou me esforçar para que isso ocorra.

Novamente, Haley olhava tudo de longe, desta vez, foi de borrar a maquiagem. O encontro de hoje mais cedo com Tanner mexeu com ela, o que é estranho, em apenas um dia?

O que vem da implicância?Onde histórias criam vida. Descubra agora