O festival das flores se aproximava, a primavera estava para se encontrar com o seu fim. As pessoas ensaiavam as pressas e corriam para arrumar a clareira.
Tanner não se envolveu muito com a produção da festividade, não deixaram possibilidades para que pudesse ajudar. No máximo doou algumas flores que lhe pediram.
Entre uma pergunta e a outra, o agricultor juntava informações sobre a festa. Uma dança entre cinco homens e mulheres, a vençedora seria coroada a Rainha das flores do ano.
Haley tinha tudo para estar feliz. Era o seu festival favorito, tinha sido a Rainha das Flores cinco anos consecutivos... Não se alegrava de jeito nenhum. Visitava a sorveteria de Alex para ver se sentia o mesmo de antes, mas nada.
Achava sempre um jeito de ir despercebida à fazenda de Tanner, se impressionava com o trabalho que estava fazendo. Vê-lo suar lhe esquentava e acelerava o coração. Infelizmente sua vaidade e orgulho não deixaria admitir nada de bom ao engenheiro.
Os dias até o festival acabavam depressa, as pessoas formavam suas duplas. Maru dancaria com Harvey, Abgail com Sebastian, Leah com Eliott. Ninguém até agora havia chamado a loira para dançar, isso a deixava aflita.
Knock-knock. Fez a porta de Haley, atendeu apressada.
-Oi Haley
-O-o-oi Tanner!
-Sabe o festival das flores?
-Sei...
-Eu queria saber se gostaria de dançar comigo.
-Você é uma novato na cidade, não vou perder o título por cauda de um fazendeiro!Ela bateu a porta na cara dele. Os planos iniciais eram de chamar Penny para a dança, mas tinha visto Haley tão aflita todos esses dias que resolveu chama-la. Bom, abriu o jogo com a ruiva e explicou o por quê de não tê-la chamado antes, ela aceitou. Os dois foram para a cabana de Crow ensaiar.
Eles riam se divertindo com o que o outro falava e com a pequena coruja que os rodeava pelos ares. Giravam, pulavam, cairam...Uma hora colaram tanto seus corpos que distrairam do resto. Estavam para colar as bocas quando Trevis bicou a cabeça de Tanner.
Aquela cena foi demais para a ruiva não rir, mas assim que caiu a ficha que quase se beijaram seu rosto enrubesceu muito.
-Tá cansada?
Acenou em confirmação.
-Deixa que eu te carrego até o sofa.
-O quê?!Sem mais nem menos a colocou sobre os ombros e rodou, muito, como se estivesse fazendo o passinho do volante até que a colocou no sofa.
-O que você tava fazendo?!
-Girando girando pro lado, girando girando girando pro outro.
-Hein?
-Esse é o novo passinho pra geral se amarrar. É uma piada que poucos vão entender.Ele se sentou e começou a passar sua mão pelos cabelos dela. Um sorriso era claramente visível no rosto da ruiva. Penny se encostou no peito dele. O carinho continuou. Ficaram ali no silêncio por umas duas horas.
-Tanner, tá tarde, eu tenho que ir.
-Quer que eu vá com você?
-Não, ja fez muito por mim hoje.Penny deu um selinho em Tanner.
-Obrigada.
A garota foi embora, assim que fechou a porta procurou o apoio mais próximo, fazer aquilo exigiu muito de seu pobre coração. Não queria sair dali de dentro, mas precisava ir para a reunião de baixo daquela mesma árvore. Jodi logo a atacou.
- Onde estava?
-N-n-na piscina do clube.
-Com cabelo seco e bagunçado? Acho que não - Marnie posicionou em seu rosto um sorriso maroto.Aquilo tudo deixou Penny muito envergonhada. Falou que estava na casa do fazendeiro ensaiando.
-Ele tá te usando como segunda opção na dança- disse Haley escondendo a inveja.
-Na verdade não, ele abriu o jogo comigo. Tanner disse que te chamou primeiro porque cê tava muito aflita esses dias, ele se preocupa com você.
-E eu fui toda rude com o cara, nossa, ele deve me achar um monstro! - disse meio chorosa.
-Na verdade o Tanner tá de boa. O homem tem um bom coração.Dessa vez ninguém caiu da árvore. Não daquela, pelo menos. O Corvo estava brincando de perseguir Trevis. Numa dessas caiu de um carvalho.
- A dança é daqui a poucos dias, não posso me machucar- assobiou e o mascote voltou- vamos pra dentro de casa.
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O que vem da implicância?
DiversosTanner Crow desiste de sua cansativa vida na cidade grande. Os carros, barulho, seu horrivel chefe na corporação Joja... Tudo o leva ao passado, quando viu que era chegada a hora de abrir o presente de seu avô. O peso da vida urbana chegou ao seu áp...