Sou Luna

Capítulo 14

22h22, finalmente já estamos prontas.
A Bianca arrasou na apresentação. Com um vestido preto justo ao corpo, ostentando as suas curvas na qual os homens perdem, saltos altos e a makeup não podia faltar.
- Estás uma brasa! – elogiei-a admirada da tamanha beleza. - Às vezes, Deus capricha no seu trabalho.
- Obrigada. Tudo pelo meu “boy”. – alegou a Bianca toda animada. – Tu também... estás linda.
- Achas? – perguntei analizando-me no espelho.
Vestido branco soltinho com decote atraente nos seios, com correntes prata na cintura, finalizando o look com uma linda sandáia branca.
- Parece que queres impressionar alguém...
- Espero que o Henrique goste.
...
Chegamos de táxi.
A casa estava super lotada... a musica estava tão alta, que parecia como se a casa estivesse a tremer.
Pessoas bebendo... casais namorando nos sofás, nos cantos, nas escadas... rodas de “strip poker”, cuja a regra é remover uma peça de roupa a cada rodada que perde. Parece que a maioria das garotas estavam em desvantagem. Estava todos com seios a mostra... concursos de bebidas...
- A festa está animada. – comentei.
- A verdadeira festa é no quintal. – Alegou a Bianca.
A medida que caminhavamos em direção ao quintal, meus olhos circundavam toda a casa a procura do Henrique.
- Onde estão os rapazes? – perguntei.
- Devem estar no quintal... – alegou a Bianca.
Nunca vi tanta gente... parece que a escola toda veio a festa.
A piscina estava saturada...
- Vamos beber algo.. – disse a Bianca. – O que queres beber?
- Nâo sei... não costumo beber.
- Dois whisky cola com gelo e limão. – pediu a Bianca ao barman. – experimenta.
Parece que gostei... já ia no quarto copo.
Minha cabeça já estava a flutuar... de repente, começa a tocar funk, e eu me enloqueço. Perdi o uso total da razão.
- Estás linda, hoje! – elogiou-me uma voz máscula nos meus ouvidos.
- Onde estavas... – disse ainda sem saber quem era. – Espera, tu és o Félix.
- Sim, sou eu boneca. Queres ir para um lugar mais sossegado?
- Não. – respondi seco.
- Ah, gata... deixa de frescuras.- insistia o Félix.
- Vai procurar a Lisa! – Tentava me libertar das garras do Félix.
- Nós terminamos, esqueceste?
- Nem ligo. Então vai procurar umas das tuas peguetes.
- Não. Hoje quero te a ti. – Sussurrou o Félix nos meus ouvidos.
- Solta-me. Estás a magoar-me.
- Deixa a Luna em paz, seu brutamonte! – Auxiliou a Bianca.
- Esteja quieta. Não estou a falar contigo.
- É melhor retirares, se não terás problemas a dobrar. – ameaçaram os primos.
Com os rabos entre as pernas, o Félix retirou-se.
- Parabéns, amor. – congratulou a Bianca, depositando o Pedro um beijo.
-A festa está fantástica. Parabéns pela mão de obra. – elogiei.
- Estás linda! – elogiou-me o Henrique.
- Obrigada. Tu também estás “Handsome”. – Acho que a bebida ainda está fanzendo efeito. Estou até a falar inglês.
O Henrique estava vestido uma calça jeans rasgada, uma t-shirt branca e, nos pés, Air max branco.
- Let´s dance. – disse, puxando o Henrique para o meio da multidão.
Começou a tocar um funk: “Eu gosto dessa dança sensual, que faz bumbum mexer (...)”. comecei a esfregar no Henrique fazendo o que a musica dizia, dança sensual.
- Hoje estás maravilhosa. – sussurou o Henrique no meu ouvido, e eu estremeci.
Entrelacei os braços entre o seu pescoço e beijei-o.
Para falar a verdade, não fui eu que o beijei... Foi o alcóol. Só pelo fato de o Henrique ter susurrado no meu ouvido, desencadeou e mim uma grande fonte de excitação. Isto porque o alcóol é um inibidor do sistema nervoso (a bebida alcóoloca atua em partes do cérebro ligadas que estão associados à excitação e ao prazer).
- Queres beber algo? – perguntou o Henrique.
- Gostaria de algo bem forte... – Não costumo beber, mas hoje superei. – Quero vodka!
Henrique abandonou-me por uns instantes, e regressou com dois copos descartaveis.
- Misturei a vodka com suco de laranja para ver se abaixa o teor alcoolico. – alegou o Henrique, preocupado.
- Obriagada. – agradeci dando un gole da bebida. – Nossa, que maravilha.
- Pelos vistos, não costumas beber...
- Por  que dizes isto?
- Não sei... – disse o Henrique, dando um gole da sua bebida. – Mas, da p´ra perceber.
- É. E tu o que bebes? – perguntei curiosa pela cor estranha (verde).
- Cerveja de chã verde. Queres provar?
Sem hesitar, tomei um gole bem grande.
- Parece que gostaste? – perguntou o Henrique a rir-se.
Passado alguns minutos, já não sou a mesma.
- Está quente! – disse inquieta.
- É. A festa está saturada.
- Vamos entrar na água?
Sem esperar pela resposta do Henrique, voei, de cabeça, dentro da piscina. De seguida, Henrique entrou.
Voltei a beijá-lo, novamente.
- Não me estou sentindo bem. – disse, interrompendo o beijo.
- Como assim? – perguntou o Henrique, preocupado.
- Acho que bebi demais... – aleguei, ameaçando vomitar. – É a primeira vez que bebo bebidas alcoolicas.
- Não se mistura bebidas... Pior ainda, quando se é a primeira vez.
Henrique levou-me até ao banheiro do seu quarto. Segurado a minha cabeça, ajudou-me a expelir todas as bebidas injeridas.
- Quero deitar-me. – estava zonza.
- Não assim... Desculpa-me, mas vou ter que te dar um banho.
- Queres trancar em mim novamente, Bianca? – nem sei o que estava a dizer.
- Não sou a Bianca. E não vou trancar em ti.
Com os olhos fechados, Henrique tirou-me as roupas delicadamente, peça por peça.
- Obrigada, por tudo. Podes ir aproveitar a festa...
- De jeito nenhum! Quero ficar aqui contigo... cuidar de ti.
Com a cabeça mais leve, adormeci.