Essa é a história de como eu me apaixonei por uma garota. Uma garota que eu sabia que não era minha e que provavelmente nunca seria, Katherine.
~ Dominique Provost-Chalkley
Não sou muito de falar, mas todos sabemos que os dias de luta estão aí, próximos, prontos para serem enfrentados nesse novo cenário que se pinta em nossa Pátria, e creio que agora mais do que nunca é a hora de estarmos juntos uns pelos outros. Dias melhores virão, ainda que um pressentimento me diga que não seja tão em breve. A Esperança resume bem meu estado de espírito, esperança e fé. #seremosresistencia #ninguemsoltaamaodeninguém
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Katherine.
- Isso esclarece algumas coisas. - disse Ray. - Na verdade, isso esclarece tudo. Não é!? - pediu ele desgostoso, irritado.
Meneei a cabeça em negativa, preocupada com o rumo para o qual os pensamentos dele caminhavam.
A verdade.
- Não sei do que você está falando. Mel estava conosco. - afirmei, tentando amenizar o impacto das minhas palavras que ainda eram digeridas por ele. - Ela pode confirmar o que quer que seja, que se passa nessa sua cabeça. - disse, e notei como a expressão no rosto dele ia de desaprovação a negação em segundos.
Era visível que aquelas reações de Ray, estavam lá pela simples confirmação de que eu tinha estado com Dominique aquela noite.
- Realmente há muitas coisas se passando na minha cabeça depois que descobri que minha esposa mentiu para mim. - disse sério, sem poupar o amargor no tom usado. - O que não deixo de me perguntar é por qual motivo.
- Eu não menti para você Ray, eu omiti. - corrigi, prontamente. - Não disse nada por que queria evitar tudo isso. Você mais do que ninguém sabe que não gosto de conflitos. - lembrei-o, dando as costas para ele e saindo pelo corredor rumo ao quarto.
- Você sempre foi boa em muitas coisas Katherine, mas mentir, nunca foi uma delas. - murmurou ele, vindo em meu encalço. - Quais são os seus outros motivos? - insistiu, daquela vez, em mais incisivo que antes.
- Esse é o meu único motivo. Pergunte a Mel. - sugeri de forma despretensiosa. - Já que não acredita em mim que sou sua esposa.
- Melanie não sabe nem quando é dia, nem quando é noite. - refutou ele, que naquele momento já estava parado a porta, com os olhos curiosos, e menos furiosos, em mim. - E além do mais, ela vive acobertando vocês nessas saidinhas de amiguinhas.
- Elas são sim minhas amiguinhas, e não vão deixar de ser. Então, me poupe do seu ciúme, a essa altura do nosso relacionamento. - pedi impaciente, me acomodando na cama. Descalcei os sapatos, deixando que caíssem de qualquer jeito no tapete espesso.
- Da forma absurda que você fala, meu ciúme até parece sem motivo. - insinuou ele.
- Para ser bem sincera, eu não estou te entendendo. - desabafei impaciente, apoiando os cotovelos nos joelhos e afundando os dedos em meio aos fios de cabelo, para que parassem de tremer. - Faz anos que estou nesse trabalho Ray, e você nunca implicou com minhas amizades. - levantei a cabeça, levando meu olhar a ele.
