🌼Capítulo 2🌼

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A Starbucks estava lotada naquela noite.
Eu, Peter e Camille andávamos espremidos entre a quantidade grotesca de mesas até uma das únicas que estavam vazias.

— Amo lugares lotados! Este sim é um ótimo lugar! — Camille gritou tentando se sobressair às vozes que vinham de todos os cantos.

Eu definitivamente não estava acostumada com aquele tumultuo, exatamente por quase nunca sair de casa, e dei graças à Deus quando chegamos à uma mesa mais reservada ao canto. Enfim teria um pouquinho mais de paz... Mas eu estava enganada.

— Peter... — uma voz conhecida se aproximou da mesa. E ao olhar para o lado encontrei o rosto de Enrico.

Me encolhi em meu lugar, e podia jurar que ele não iria me notar...

— Quanto tempo, Enrico. — Peter apertou a mão que ele estendia, e foi então que seus olhos se voltaram para Camille e logo após para mim.

— Vejo que está muito bem acompanhado, meu amigo. — Enrico intercalou seu olhar malicioso entre mim e Camille.

— Tire os olhos da minha mamorada, Enrico. — Peter adverte passando o braço ao redor da minha amiga, Camille sorri e eu permaneço calada.

— Eu não estava me referindo à Camille, meu caro. — os olhos de Enrico se congelaram nos meus e seus olhos azuis brilhavam como duas safiras, senti meu corpo estremecer por dentro, e mais para frente eu entendi o porquê dos olhos de Enrico me deixarem assim, mas eu não deixei transparecer o que seu olhar causou em mim — Eu estava falando da doce Anneliese. — disse e caminhou a passos lentos para, logo após, ocupar o lugar ao meu lado, passando seu braço ao redor de minha cintura.

Me senti estranhamente desconfortável com sua presença, e Camille arregala seus olhos.

— Vocês se conhecem? — ela perguntou curiosa e o sorriso presunçoso de Enrico ocupou seus lábios.

— Liese é a minha garota. — ele disse apertando sua mão em minha cintura e segurou meu queixo dando um beijo em minha bochecha.

— Eu não sou sua garota. — uni minhas forças para tirar a mão de Enrico de minha cintura e a outra de meu queixo. — E nós nos vimos apenas uma vez, a uma semana atrás. E a propósito, o achei um tremendo idiota. — pronto, estava feito, tinha certeza de que agora ele me odiaria. Mas não, ele simplesmente sorriu presunçoso mais uma vez.

— Adoro gatas que sabem arranhar. — Enrico murmurou e eu arregalei meus olhos, não sabendo mais o que dizer. Porém, uma voz grossa e máscula se sobressai aos burburinhos do estabelecimento.

— Deixe eles em paz, Enrico. Não seja indiscreto. — Jasper estava de pé, à frente de mim e Enrico. — Olá, Liese. — murmurou quando me viu.

— Olá, Jasper. — murmurei baixo.

— Vocês também se conhecem? — foi Peter quem perguntou.

— O conheci no mesmo dia em que conheci o Enrico. — expliquei e ele e Camille afirmaram lentamente com a cabeça.

— E por falar nisso... Realmente o seu irmão incomoda muita gente. Ainda bem que não existem dois dele... — Peter murmurou sarcástico e bateu com a mão em sua testa. E pareceu que o clima tinha voltado à sua descontração original, menos para mim...

— E olhe que ele ainda não bebeu. — Jasper resmungou e revirou os olhos, e todos riram.

— A queda do velho carvalho não adiantou em nada? — perguntei erguendo minhas sobrancelhas, e Camille e Peter me olham desentendidos. Enquanto Jasper me olhou divertido e Enrico, com ira.

O Direito De AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora