A Vida é a maior tragédia de toda essa existência.

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Eu sei que por vezes
O que escrevo são poemas
Tristes
Quer dizer, não são exatamente
Os poemas
Sou eu.

Tenho uma essência melancólica.
Talvez por ser sensível a toda essa mazela.
Por acreditar que tudo que concebemos seja
Irreversivelmente falho.
O sentido da existência
Foi derramado em um
Poço profundo
E com isso
Se perdeu em meio a obscuridade.

Não nos sobrou nada
E cá estamos
Sendo escarrados e cuspidos
Por um universo frio e indiferente.

Que nos da um instante de
Consciência apenas para nos jogar
Na cara que somos menos que pó.

Que todos os sonhos
Todos os Deuses
Todos os amores
Não passam de uma mera ilusão
Criada por um acaso impiedoso.

Nascemos por nada
Vivemos em prol de nada
E seremos sucumbidos pelo nada.

A cada fração de segundo
Sinto a vida se esvair
Fomos projetados apenas
Para ter um fim.

A vida é a maior tragédia de toda
Essa existência
E isso me faz sentir a pele queimar
Isso me faz escrever
Poema tristes.

Quer dizer, não são os poemas
Entende?
Sou eu
Verdadeiramente e dolorosamente
Sempre sou eu.

É pura tristeza.
Mas isso também terá seu fim
Todo o que nos sobra
Nada.

Literalizando o Caos.Onde histórias criam vida. Descubra agora