metades da laranja

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"hey, bang chan.

você acredita em almas gêmeas? 

como aquela lenda do fio vermelho, sabe? eu espero que você seja a ponta do meu fio vermelho se isso for real.

pra ser sincero, eu não sei se acredito em coisas assim, mas gosto de pensar que você é minha alma gêmea, torna tudo mais bonito entende? porque desse jeito parece que todas as pessoas que eu conheci me fizeram conhecer você, elas me levaram até você, pois você é o meu destino. 

e todas as pessoas erradas que eu conheci serviram pra me fazer perceber que você é a pessoa certa. 

estou ficando tímido em dizer essas coisas assim, vou parar por aqui."

chan sorriu de orelha a orelha após ler aquele bilhete inúmeras vezes, por mais que não acreditasse vigorosamente em almas gêmeas, gostava do cara dos bilhetes e se ele tinha um pouco de fé nisso, então chan também tinha fé que eles eram almas gêmeas.

entretanto, chan também tinha que admitir que após ler algumas fanfics e aus no twitter, acabou por escrever em seu braço durante uma semana aguardando que alguma resposta de sua alma gêmea aparecesse. embora, agora parece que a espera pela resposta valeu a pena, ela demorou, contudo veio e em forma de bilhetes.

e chan não poderia gostar mais de como sua suposta alma gêmea estava fazendo para o responder, já que ele era um completo fã de clichês como cartas e bilhetes, por isso guardava todos esses recadinhos de seu admirador secreto em um mural, que havia feito especialmente para isso, em seu quarto.

christopher ainda pensava sobre a dica no outro post-it e não conseguia lembrar de ninguém que o escreveria daquela maneira, como ele fazia. e era tão complicado pensar em qual dos seus amigos faria aquilo para si, tinha tantos amigos da austrália que vieram para a coreia do sul consigo e era estranho pensar que algum deles gostava de si daquele jeito.

chris suspirou frustado e um beicinho adornou seus lábios.

— o que foi? — chan se virou na direção da voz e que voz maravilhosa, magnífica e genuinamente linda, pensou chan.

— nada. — escondeu o papelzinho atrás de si mesmo.

— o que está escondendo ai? — felix se aproximou do outro com as sobrancelhas arqueadas.

— nada, mas se você tentar ler é invasão de privacidade. — chan apertou mais o pedaço de papel em suas mãos.

— então, te escreveram algo? — felix sorriu ladino.

— como você sabe? — chan indagou surpreso.

— você me disse. — felix deu de ombros rindo.

— eu disse? — chan franziu a testa, relembrando sua conversa com felix e é, tinha dito mesmo.

— você é tão distraído, não presta atenção no que está bem na sua frente.








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