Dia, lugar e hora.

Meu namorado

-O Rafa tava dando trabalho pra dormir e a Débora me chamou pra ajudar. -Luan responde.

-Era só me chamar, tenho certeza que com a vovó ele dormiria rapidinho. -A dona Marizete fala rindo.

-Ou com a titia. -Fala Bruna se gabando.

-Bom o importante é que ele jà dormiu né gente. -Débora se senta na beira do sofá.

-Débora querida, vamos preparar as mamadeiras deles para quando acordarem. -Dona Marizete lembra.

-É, por que eles são esfomeados que nem o pai. -Comenta Bruna e as três riem juntas.

-Ah me deixa em paz sua chata. -Luan resmunga.

-Olha a briga! -Seu Amarildo diz.

         Narração de Miranda On

   Não engoli essa história do pervertido ter demorado à dormir. Isso não justifica a demora, tem algo por tràs disso, e eu vou descobrir o que é.

-Bom mô agora eu vou ter que ir tà? -Digo dando um selinho em Luan. -Meu horàrio de almoço acabou.

-Mais tarde nos encontramos né? -Ele me pergunta.

-Claro! -Sorrio e lhe dou mais um selinho. -Tchau gente, Dé dà um beijo nos fofuchos por mim.

   Saio e vou direto me encontrar com Diego. Ele é meu braço direito là na empresa, e digamos que nós jà tivemos um caso escondido.

-Finalmente você chegou. -Ele fala ao me ver. -E então, qual o motivo disso?

-É o seguinte: preciso que siga uma pessoa pra mim. -Respondo.

-Uma pessoa? -Pergunta assustado. -É, não tem essas coisas de matar não né?

-Escuta, você só precisa seguir a pessoa. -Pego meu celular. -É essa!

-Essa não é a ex do seu namoradinho? -Pega o celular de minha mão. -E olha que ela não é de se jogar fora.

-Cala a boca! -Falo.

-Calma gata, eu sou todo seu. -Diz apertando minhas bochechas.

-Mas eai, vai fazer ou não? -Lhe pergunto.

-Sim.

-Isso!!!

-Mas... -O interrompo. -Sempre tem um mas.

-Você jà sabe né? -Me pergunta e eu assento. -Hoje à noite?

-Hoje não dà, vou sair com o Luan.

-Ai que droga. Esse cara tà me atrapalhando.

-Amanhã?

-Combinado.

   Cuidamos dos últimos detalhes e vou embora dali, sem que ninguém pudesse me ver. Estou indo para a empresa quando encontro a ridícula da Débora na rua, de mãos dadas com um cara.

-Débora? -Ela me vê.

-Oi. -Responde sorrindo. Sorriso idiota. -Você por aqui? O Luan disse que cê ia trabalhar.

-Pois é o patrão me pediu pra comprar algumas coisas. -Também sorrio falsamente. -E quem é esse?

-Esse é o meu namorado, Léo.

-Prazer! -Aperto sua mão.

-Prazer!

-Foi bom te ver, mas agora tenho que ir. -Digo. -Tchau Léo.

   O dia na empresa passa ràpido demais. Chego em casa e Luan estava là, me esperando para irmos jantar fora.

-Sabe quem eu encontrei na rua? -Pergunto enquanto ajeito sua gravata.

-Não faço idéia. -Responde.

-A Débora. -Digo. -E com o namorado.

                        Continua...