Segunda chance

111 5 0
                                    

-Claro. Mas na hora certa!

-Você não percebe que a hora certa é agora? A vida tá te dando mais uma chance Débora, não a desperdiçe.

-Eu não entendo porque todos estão contra mim! Cara, o Luan tinha tudo, e ainda foi atrás de mais. E não é por falta, garanto.

-Eu sei Déh, acontece que TODOS merecem uma segunda chance. Pode entender isso? E ninguém está contra você, nós só queremos vê-los felizes.

-Pra mim a felicidade acabou.

-Não exagera, eu sei que você tá doida pra dá uma segunda chance à ele.

-E se eu tiver mesmo?

-Você vai?

-Não sei.

-Só não demora, porque está nas suas mãos.

Débora pensa muito. A dor era forte, principalmente quando lembrava das fotos de Luan beijando outra. Ela estava com raiva, muita raiva. Mas o amava, o que podia fazer se não lhe dar uma segunda chance?

-E então? -Vanessa volta ao cômodo depois de uns 15 minutos.

-Tudo bem, eu vou dá uma segunda chance à ele. Mas SÓ uma!

-Eu sabia que você iria escolher o certo. Eu sei que o Luan não vai mais fazer isso!

-Assim espero.

Débora se ajeita, e vai de encontro ao marido. Chegando no lugar (que era um campo), ela o encontra com rosas na mão.

-Oi! -Ele diz sorrindo ao vê-la. -Cê veio!

-Oi. É, como pode ver, decidi vim.

-São pra você. -Ele diz entregando-na as rosas. -Sei que ama rosas vermelhas e cor de rosa.

-Ah, obrigada.

-Débora, me perdoa?

Ela o olha, pensativa, sabia que ele estava sendo sincero. Não era do seu tipo fingir ou mentir. Pela primeira vez na vida, escutaria os outros.

-Luan... -Ele a interrompe. -Sei que errei feio, pulei a cerca, depois de 3 anos de casados. Mas agora eu vejo a idiotice que fiz.

-Sim! Você errou muito feio. Me magoou profundamente. Você brincou comigo, querendo ou não.

-Eu sei, mas meu amor, do fundo do meu coração, você me conhece até melhor do que eu mesmo: me perdoa?!

-Admito que não planejava dizer isso mas... Eu te amo! -Ela fala. -E sim, eu te perdoo.

-QUÊ? -Ele a beija felizaço. -Te amo meu amor, te juro nunca mais te fazer sofrer assim.

-Jura mesmo?

-Juradinho! -Ele mostra as duas mãos.

-Então tá.

-Agora pelo amor de Deus, me diz que cê vai voltar pra casa?

-Claro que vou né, seu bobo!

-Saudades de você me chamando assim.

-Nossa, ainda não completou nem 1 dia que eu sai, você já tá com saudade?

-É claro. Eu te amo!

-Também.

Os dois se beijam apaixonados. Um sentia mais saudade que o outro.

                1 Mês depois:

-Como tá essa barriguinha? -A doutora (Flávia) pergunta.

-Tá bem. -Débora responde sorridente.

-1 Mês e 3 semanas de gravidez não é pra qualquer um não!

-Nem me fale. -Diz Luan. -Às vezes parece que é eu que tô grávido.

-LUAN!! -O repreende Débora.

-Que foi muié? Eu tô mentindo?

Flávia ri dos dois. Ela sempre se divertia com o casal. Na verdade, pra ela, eram os melhores pacientes.

-Acho que sei bem como é. Meu marido disse que foi assim quando estava grávida do meu filho.

-Homens...

-Né!

-Não vem não, cês enjoa e a gente que têm culpa?

As duas riem. Definitivamente, não dava para Luan ir mais em nenhuma consulta. Para o bem de todos!

Continua...

Dia, lugar e hora. Onde histórias criam vida. Descubra agora