14

3.5K 176 9
                                    


_
Lisa
_
Acordo no antigo porão que ficava quando Beck me sequestrou. Já era de manhã e estava muito tonta.
Beck chega com o café da manhã e deixa de baixo da grade. Mas não fala nada
-Beck! O que houve? -grito e ele nada, só sobe as escadas.
Que dejavu..
Tomei o café e deixei a bandeja de baixo da grade e quando levanto percebo que o cadeado tá solto. Ele está tão aéreo que esqueceu e deixou aberto? Ou é um teste? De qualquer modo quero falar com ele.
Abro a grade e subo as escadas, abrindo a porta o vejo sentado no sofá chorando. Beck chorando? Naquela noite ele parecia tão frio, mas em outros dias tão romântico, não dá mesmo pra desvendar esse homem. .
Quando fecho a porta ele percebe.
-Por que você saiu do porão? -ele diz bravo.
- Eu queria conversar com você, saber o que está havendo. -falei a ele e mais mil perguntas veio a minha mente.
Ele se levantou e puxou meu braço até o porão novamente. Ele foi tão bruto e apenas me jogou na cama do porão.
-Beck, fala comigo.. -digo enquanto ele sobe as escadas e por um momento ele para de subir como se fosse virar pra trás, mas muda de ideia e continua subindo sem dizer nada.
___
Beck
___
Durante o aniversário da Lisa, percebi que não matava ninguém ha dias. E só de lembrar, me deu vontade de matar alguém, mas não podia ir embora logo no dia dela onde eu mesmo organizei tudo. Então tive que me segurar durante o todo o tempo, e até de noite quando a amiga dela viu a gente. Quando a levei pra casa, queria sair pra matar logo, mas ela começou a ficar brava comigo por conta do que inventei pra tal Jennifer, e isso me despertou uma fúria, uma vontade de bater, matar, mas era a Lisa, eu não poderia fazer isso com ela. E antes mesmo de esperar ela dormir pra sair meu corpo não aguentou e foi quando a violentei. Não sentia que era eu fazendo aquilo, mas também estava me satisfazendo tanto. Nem eu me entendo. Esse mostro que sou nunca vai acabar.
Derrepente percebi a merda que fiz e saí. Não sei se Lisa já havia dormido mas precisava matar logo.

Naquela noite eu fui pra uma balada. O único lugar onde tem jovens loucos e bêbados, ninguém iria se lembrar de nada, só morrer. E pela primeira vez não estava me importando se isso machucaria alguém ou se algum parente ia sofrer por conta disso. Eu simplesmente peguei uma bomba e joguei no meio do salão e fui andando até a saída. Estava tão lotado que ninguém reparou. Quando entrei no carro e já estava dois minutos longe, ouvi o barulho. Me senti satisfeito e matei muita gente. Eu não preciso ver ninguém sangrando ou se machucando, só de saber que morreu e foi eu que matei, eu já fico bem.

E agora eu tinha outro problema, Lisa.

A prisioneira de BeckOnde histórias criam vida. Descubra agora