That's true?

helpless

joel

disse pros meninos que teria uma coisa para resolver, e com isso não iria comer pizza com eles, na verdade só estava preocupado com beatrice, em tão pouco tempo a conhecia o suficiente para saber que ela estava escondendo algo, não estava bem, e se isso não preocupava a christopher, não podia eu esconder minha preocupação.

o táxi me deixou em frente a casa de beatrice, me passava pela minha cabeça se o que eu estava fazendo era o correto a ser feito, não queria piorar as coisas de alguma forma mas achava que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde, passei a mao pelo cabelo na intensão de espantar todos os pensamentos que me mantia parado ali na rua, caminhei até a porta tomando coragem em seguida para tocar a campainha. em alguns minutos ela foi aberta, e beatrice estava parada em minha frente, com um olhar triste, sua cara de choro era visível.

- joel - falou com uma voz de choro esperando alguma explicação pra estar parado em sua porta

- estava chorando? - perguntei o óbvio, me aproximando assim

- eu..- beatrice parecia estar péssima, conclui a ideia assim que a mesma me abraçou começando a chorar novamente.

retribuiu o abraço com todo o carinho possível, sentindo a garota se aconchegar em meus braços, ficar ali parado não adiantaria muito.

- vem - peguei em sua mão a levando para dentro, fechando a porta em seguida

beatrice foi em direção ao sofá, fazendo sinal para que eu sentasse ao seu lado, enxugando as lágrimasque escorriam.

- vai me contar o que esta acontecendo? - a olhei e pude perceber uma expressão de dúvida em seu rosto.

- é complicado - a garota sorriu fraco tentando manter a posede forte- bom, se prepara, eu tinha um namorado, passamos bons momentos juntos, como todo casal, só que acabou ficando tudo muito intenso, tudo muito difícil, ele começou a ficar agressivo, difícil de se compreender, não aceitava ganhar um "não", e quando eu comecei a questionar, ele começou a partir pra agressão- pude perceber a garota começar a tremer, rapidamente segurei em suas mãos- agora..ele está de volta, disse pra alice que queria rever a """""namorada""""" dele novamente, e eu tenho muito medo do qur pode vir a acontecer - pude perceber a tristeza entre as palavras de beatrice, o que me fez ficar completamente irritado com esse cara.

- olha, eu não sei quem ele é- disse recebendo a atençãoda garota - mas pode ter certezade que ele não encostará um dedo em você - levei minha mão até sua bochecha, acariciando a mesma em seguida

- é que me preocupa o fato de..- ela começou a falar, mas não estava em condições de continuar o assunto

- beatrice -a olhei- confia em mim? - a garota balançou a cabeça em um sinal de " sim " - então acredite, ele não irá fazer nada com você- a puxei pra um abraço

- você caiu do céu não é possível, um verdadeiro anjo - disse me abraçando cada vez mais

- você está me chamando de lucifer ? - brinquei a vendo rir - por que ele sim caiu do céu - a garota me deu um tapa, que eu fingi doer

- não quis dizer isso - se explicou- mas de verdade obrigada por estar aqui - nossos olhares se encontraram, e por mais que isso já tivesse acontecido antes, só agora o clima acabou ficando estranho, e ela pode perceber

- não precisa agradecer - disse para descontrair o momento, a vendo sorrir fraco

- você quer comer algo? - perguntou levantando

- que tal pizza? - sugeri, lembrando que os dois havia recusado comer pizza mais cedo

- pra mim está ótimo- disse indo em direção ao telefone, anotando o número em seguida.

depois de comer toda a pizza acabamos jogando algumas conversas fora, nada que comprometesse, pude perceber o olhar cansado de beatrice e resolvi ir pra casa, antes mesmo que alice chegasse e a situação ficasse tensa.

- mais uma vez obrigada por estar sempre aqui - beatrice disse encostando no batente da porta.

- mais uma vez, eu estou sempre aqui- falei a vendo sorrir - bom, boa noite- disse me virando, pronto pra ir embora.

- joel- escutei sua voz quase que em um sussurro, me virei a olhando, sendo surpreendido por um abraço, que parecia estar durando uma eeternidade, seu perfume docecom certeza ficaria em minha camisa, o calor de seu corpo junto ao meu me fez pensar se estava fazendo o certo em ir embora penas com um abraço, mas por favor joel pimentel, se controla.

sorri para beatrice como um " tchau " e caminhei até a rua, indo em direção ao táxi que já estava me esperando, olhei para trás uma última vez, e ela ainda estava la, como a garota indefesa e desamparada que precisava de ajuda, e por alguma razão eu sabia que isso não acabaria aqui.