Rut

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 Os ciclos hormonais dos ômegas, por mais desconfortáveis que possam ser às vezes, são naturalmente fundamentais para sua fertilidade – tanto que se renovam todos os meses desde de seu momento de maturação até a menopausa, preparando-os para procriar. Entretanto os chamados "cios" não se manifestem apenas neste subgênero, há apenas mais um grupo que experiencia esse chamado biológico.

 Alfas.

 Os cios dos alfas, popularmente referidos como "rut", são menos frequentes que de seus parentes lupinos, os ômegas. Ruts também são o equivalente aos cios dos ômegas, eles preparam o corpo, e tornam os alfas verdadeiras bombas hormonais prontos para acasalar. Sejam estes fêmeas ou machos – embora no caso das fêmeas estas sejam incapazes de fecundar alguém, elas geram os bebês tão naturalmente quanto betas ou ômegas.

 E dadas às exceções, alfas à princípio só sofrem rut três vezes ao longo de suas vidas: quando maturam, quando passam pelo ritual de 'mate' com seus parceiros e quando atingem determinada idade e/ou momento da vida em que sentem a necessidade ou vontade de procriar. Fora as três ocasiões principais, muitas variáveis podem desencadear um rut fora de época, tais como: complicações no knot – no caso dos machos –, febre alta, ameaça em potencial ao seu relacionamento ou mesmo cortejar um ômega no cio.

 E Park Jimin tivera o grande feito de experienciar todas as situações citadas anteriormente... simultaneamente.

 O loiro já se encontrava um tanto grogue quando seus amigos o resgataram da situação embaraçosa em que se encontrava no quarto há pouco: amarrado à cadeira, desnorteado e com uma ereção vigorosa despontando no ar – com uma calcinha amarrada ao seu pênis, é necessário lembrar. Jimin sentiu que havia algo errado no momento em que se lançara debaixo do chuveiro gelado contrastando com sua pele ardente, seu knot estava tão absurdamente apertado que já comprometia sua circulação sanguínea. Choramingou teso ao tocar seus testículos sentindo-os pulsar, doía mas era gostoso; estavam grosseiramente pesados, carregados do sêmen que dali há pouco iriam sujar o box inteiro.

 E agora, mais do que nunca, Jungkook martelava em sua mente. Sua língua ferina, seus olhos afiados, sua atitude... céus! Queria fazê-lo engolir toda aquela pirraça com uma dose generosa de porra garganta à baixo. Queria fodê-lo, queria marcá-lo, mordê-lo...! Sua fera interna estava possessa.

 Como pôde permitir que nosso ômega escapasse outra vez?! Tome-o, rasgue sua roupa e trepe com ele na frente de todos para mostrar como se faz!

 Jimin balançou negativamente a cabeça, aquela sugestão era tentadora demais... mas não era moralmente aceitável. Precisava manter o foco, tinha preparado com tanto carinho a surpresa pra ele... e já estava pronta. Só precisaria levá-lo até ela quando o sol se pusesse. Era o momento perfeito.

 Jungkook ia amar.

 Consegue imaginar aquele rabinho cheinho de porra...? Os filhotinhos que poderíamos semear nele?!

 O alfa socou a parede com força, trincando o azulejo, e rosnou para o nada. Esses pensamentos eram uma verdadeira tortura, e ele estava tão fodidamente excitado, sentia que ia morrer se não acasalasse logo. Neste mesmo momento o inchaço na base de seu pênis cedeu e com um arrepio que correu-lhe o corpo inteiro desencadeou-se seu orgasmo enfim.

 — C-caralho...! — rosnou sem fôlego, seu falo tremulando no ar a cada jato de esperma grosso sendo expelido, pintando a parede. Suas pernas bambearam e o rapaz quase foi ao chão tamanha a intensidade das sensações.

 Seu pênis jorrava como uma fonte, que grande desperdício!

 Jimin suava mesmo sob a chuveirada, estremecendo e ondulando os quadris, sem forças para alcançar o próprio membro, estava sensível demais, temia tocá-lo e provocar outro knot inchado. Levou uns bons segundos para cessar e mais algum tempo para seu sexo amolecer. Mas o calor ainda estava ali, a insaciedade, a fome por Jungkook.

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