Pãezinhos no Forno - Final

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              Alguns dias mais tarde.

 Clínica Moglyeon de Ginecologia e Obstetricía.

 Samseo-dong, Gangnam-gu, Seoul.

 — Preparado, Jungkook-ssi? — a doutora perguntou do outro lado do biombo, respeitando sua privacidade de se trocar para o avental hospitalar.

 — Sim.

 Jungkook terminava de amarrar as tiras transpassadas da roupa descartável quando respondeu, logo se juntando à mulher de meia idade trajando seu jaleco no meio da sala. A loira preparava seu equipamento para o exame, parecendo concentrada na parafernalha.

 — Pode sentar-se, por favor. — ela instruiu lhe sorrindo amistosa. — Perto da beirada.
 
 Com isso um pouco do nervosismo do rapaz se desfez e ele assentiu, caminhando pé ante pé até o aparato e ocupando um espaço modesto sobre o colchão duro. Não podia evitar sentir-se acanhado, este seria seu primeiro exame de inserção, embora já estivesse familiarizado com a profissional – a tem visitado regularmente desde sua maturação.

 — Então o jovem ômega chegou à fase adulta. — comentou ela, puxando assunto de forma que distraísse seu paciente. — Perdoe-me se eu estiver sendo indelicada, mas você já casou-se?

 Jungkook enrubreceu, sorrindo abobado para a aliança em seu dedo anelar esquerdo. Era tão charmosa, Jimin realmente tinha bom gosto.

 — Não, normativamente ainda estou noivo. — respondeu sem graça.

 — Entendo... pode recostar, querido. — a médica disse já começando à prepará-lo, ajeitando as astes da cama para o apoio de suas pernas. — Você já está noivo à tanto tempo, assim que vi o anel achei que estava enfim consumando. É Park não é, o nome de seu noivo?

 — Sim. — ao passo que respondeu ele já tinha suas pernas ajeitadas, elevadas e bem abertas. — Park Jimin. Nós meio que... nos casamos escondidos, numa reserva em Gwangjung, mas como não é uma união reconhecida por cartório... também não é reconhecida pela minha mãe.

 — Nossa que romântico! Vocês fugiram ou algo assim?

 — Não, foi só um retiro, até meu irmão estava lá. Ele planejou tudo escondido e me surpreendeu. — omitiu, é claro, o fato de seu noivo e seu irmão terem entrado numa luta corporal grave em sua forma lupina. — Mas como já deve imaginar... fizemos mais que trocar alguns votos. — riu sem graça, sentindo o aparelho começar à ser inserido em si. Era tão embaraçoso.

 — Para uma primeira vez, esta sua deve ter sido bem memorável. Sua Vena Amoris ainda está bem saltada, vejo que vocês se marcaram também. Confesso que não vejo mais tantos casais marcados assim hoje em dia, acho a maioria não quer correr o risco do compromisso vitalício e irrevogável. Por isso preferem apenas o matrimônio. — comentou ajeitando os óculos na ponte do nariz ao passo em que observa o monitor gerando imagens em tempo real de dentro do ômega. — Então você desconfia que está...?

 Ela nem precisou terminar a sentença, apenas deu à entender.

 — Sim, eu acho que estou. Na verdade eu espero muito que esteja. — confirmou nervoso, roendo a unha do dedão como tem feito bastante nos últimos dias. — Eu ia fazer um simples teste de farmácia, mas minha mãe insistiu e... bem, eu teria que vir à clínica para os exames de rotina de um jeito ou outro.

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