ENTRE GARRAS E PRESAS

Capítulo 4

Salty estava em seu quarto lembrando do que acontecera na escola da trombada que deu naquela aluna. Por um tris não cometera uma loucura.

Lembrou do seu pai pedindo para ser discreta e não descuidar-se. Ele a alertava sobre os caçadores. Que eles eram cruéis e sem piedade.

Borus, evitava problemas. Havia um acordo entre os lobisomens e os vampiros. Cada um na sua, sem interferências. Assim seguiam os dias.
O pai de Salty, juntamente com sua família se mudaram para a cidade de Long Beach, desse modo ficaria longe de conflitos de raças e poderiam investir nos negócios.

Borus comprou um bar na avenida mais cogitada da cidade. O bar dos Loslee aos poucos foi ficando conhecido pelo seus drinks e bom gosto pela música. Um lugar rústico de madeiras envernizadas e pequenos lustres com luzes amareladas, formando uma combinação perfeita com o balcão de madeira e luzes verdes neon embutidas na parte externa.

Todos da família eram brancos e pálidos, olhar gélido e cultos. De poucas palavras, não poderiam chamar a atenção. Mesmo assim, ainda atraiam olhares curiosos por causa do tom de pele.
Mendez era o irmão mais velho de Salty, casado com a linda Veronica de cabelos louros, alta e corpo esbelto. Servia os clientes e deixava tudo impecável, desde a mesa até a decoração. Fazia o possível para deixar o ambiente bem aconchegante.
Já seu Marido Mendez, era o barman. Preparava as bebidas mais gostosas de Long Beach, coquetéis, batidas. Os clientes iam a loucura com seus drinks caprichados.
Borus e a mãe de Salty cuidavam da parte administrativa do bar. Salty também dava uma força ajudando servir aos clientes.
A família sempre fora bem unidos e simples, porém felizes.

***

A mãe de Salty bateu na portado seu quarto.

- Salty!
- Oi mãe! Pode entrar.

Salty voltou a realidade é perguntou para sua mãe:

- Como vão as coisas no bar? Não deu tempo de ir ajudar hoje.

- Tudo bem filha. O andamento do bar está ótimo, seu irmão está tão empolgado fazendo as bebidas.

- Que legal mãe. Ele capricha mesmo e é super rápido.

- E como foi seu primeiro dia de aula na escola?

- Foi legal, nada muito interessante.

Laura sempre fora amorosa com a filha, fazia de tudo por ela.

- O primeiro dia nunca é tão legal. Mas não se preocupe minha querida. -Logo você se acostuma e quem sabe não faz alguns amigos.

- Acho que não mãe. As pessoas devem me achar estranha, por eu ser a única aluna tão branca, quase transparente.

Positivamente sua mãe lhe abraçou e disse:

- Quem sabe o que o destino lhe reservou nessa escola? - Tudo é possível.

- O problema é que sou uma vampira no meio de pessoas normais. Eu preciso me controlar o tempo todo para não atacar ninguém e dá aquela vontade de beber o sangue deles até a última gota.

- Eu entendo que não é nada fácil lidar com isso, mas você consegue. Nunca se esqueça do que eu lhe ensinei. Contar até se acalmar e tudo volta ao normal.

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