Capítulo 17

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Mike acordou assustado, percebendo que não estava em sua casa. Levantou–se do sofá em busca de repostas, encontrou Nil na cozinha preparando uma vitamina que entregou–o insistindo que ele bebesse, dizendo que era para repor as energias.

— Oi Nil!
— Obrigado pela vitamina.
— Parece que pratiquei exercícios, estou me sentindo fraco.
— Sabe me dizer o que estou fazendo em sua casa?
— A única coisa que me lembro é  de estar com Salty na praia e algo terrível aconteceu comigo e, o rosto dela ficou sombrio com olhos vermelhos.

— Éh Mike!
— De nada!
— Encontrei você  na mata da praia.
— Temos muito o que conversar.
— Preciso lhe contar uma coisa que venho guardando  há muito tempo e você precisa saber.

Mike ficou olhando fixamente para Nil.

— Me fala o que é Nil
— Algo com você?
— E o que eu tenho a ver?

— A verdade Mike, não é só uma coisa. — São três  coisas.
— Uma: — Há um mundo surreal, onde existem lobisomens, vampiros, bruxas, magos, metamorfos, enfim. Várias espécies.
— Duas: — Eu sou um caçador que mato todos os tipos de seres que não são humanos. Inclusive acertei você quando estava transformado. — Faço isso desde adolescente, depois que meus pais foram mortos por eles.
— Três: — Você  é um lobisomem, foi atingido por um naquele dia que te encontrei desacordado. Porém decidi não te assustar falando de tudo isso.
— Ah, e aquela moça que você está saindo, ela é uma vampira, sua família toda são vampiros. Mas muito discretos que ninguém percebe.
— E tem mais. — Eu sou seu pai... Éh, sei que é muita informação para processar neste momento. Entretanto, preciso que saiba que não tive intenção de abandonar você e muito menos sua mãe, eu ainda a amo. — Fiz isso para protegê–los, porque sou um caçador e logo iriam atrás de vocês.

Mesmo boquiaberto, Mike compreendeu.

— Então, você é meu pai. — E eu acreditei quando minha mãe falou que tinha morrido.
— Também sou um lobisomem, a pessoa com quem estou saindo é... É uma vampira e, você é um homem que caça e mata esses tipos.
— Minha nossa!
— Mas que loucura.
— Parece um sonho tudo isso.
— Minha mãe sabe sobre você  ser um caçador   de monstros?
— Ah, sabe sim Mike. Mas combinamos dizer que eu morri.
— Eu ajudo sua mãe sigilosamente com as despesas. — Sei que o salário que ela ganha na colônia de férias não dá para quase nada.

Cortando o assunto com a notícia ao vivo sobre o monstro do laboratório, Nil pegou seus acessórios e pediu para Mike ficar de repouso. Mas como era teimoso Mike dissera que iria junto para ajudar a derrotá–lo.

— Eu assisti hoje mais cedo falando sobre esse tal, que fugiu de um laboratório. — Pensei até que era um blefe.
— Eu também ouvi no rádio Mike.
— Vamos, depressa.
— Parece estar indo em direção ao clube The Night.
— Meus amigos estão em um festa nesse clube.
— Tomara que chegamos a tempo de impedir alguma tragédia.
— Éh, tomara Mike.

Mesmo com a perna ferida, Mike foi junto às pressas com Nil.


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ENTRE GARRAS E PRESASOnde histórias criam vida. Descubra agora