Dia 6 - Não gostei desse... Roberto.

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    [00:00AM] Cheguei agora ao local e percebi uma coisa: Toda vez que eu descubro algo sobre mim, o dia pula para o próximo. Que droga isso!

    OK, eu entrarei agora nesse... nesse... Hospital? Ah... tem algo ali na porta (uma porta de vidro que está quase toda rachada...). É um outro papel e que tem a mesma letra, e está escrito: "Viu? Você sabe dirigir (e isso será muito útil... talvez, não sei)! Olha, aqui dentro do hospital, você terá que escutar a conversa de dois médicos, pois você conseguirá umas coisas importantes que você precisa saber. Bem, não perca tempo!"

    [01:04AM] Após escutar aquilo... Eu... Eu descobri que eu sou uma monstra, fui traída, o meu namorado tem uma profissão incrível, mas ele é PODRE em si. Enfim, contarei (escreverei igual quando eu expliquei o sonho) o que aconteceu lá dentro.

    Depois de um tempo tentando achar os supostos médicos, eu finalmente os encontrei, eles estavam em frente de uma porta e ao lado dessa porta tinha uma lixeira, então, me encolhi atrás do objeto.

    - Roberto, quando você vai contar à ela que você... - Disse um médico meio barbudo, uma aparência que lembrava um homem de quase cinquenta anos.

    - ...A traí? Ah, eu não ligo se aquela "mulher indefesa" descobrir. - Disse o tal Roberto rindo e fazendo uma leve cara de deboche.

    - Hahaha! Você não existe! Bem, e a sua irmã? Ela era uma garota tão animada e feliz, e agora, desanimada, infeliz, antissocial e, aparentemente perturbada. - 

    - Ah, Luiz, sei lá! - Roberto cruza os braços e vira a cabeça um pouco para cima.

    - Roberto, posso te perguntar uma coisa? -

    - Acabou de perguntar, mas sinta-se à vontade de fazer uma segunda pergunta. -

    - Se você nunca sentiu nada por sua "namorada", por que está com ela? - 

    Roberto ficou quieto por um momento e pediu para Luiz o seguir até um lugar reservado. Eu os segui. Roberto levou-o até um lugar escuro que tinha umas bancadas de madeira e cadeiras de metal (me escondi atrás de uma dessas bancadas).

    - Olha, Luiz, se você abrir esse troço que o senhor chama de boca, você irá se arrepender muito, entendeu? - Disse Roberto com um tom de voz um pouco alto.

    - Tá, Roberto... - Sussurrou Luiz.

    - Bem, aquela garota ficou cega de amores por mim e percebi que ela faria tudo, sabe tudo? Então, tudo por mim! Lembra que o enterro da minha mãe anteontem? -

    - Sim, eu lembro. - Luiz diminui o tom como se estivesse com medo.

    - Então, a pedi para fazer isso, pois eu não teria coragem de matar a minha querida mãezinha... - 

    - OI?! COMO ASSIM?????? - Luiz aumenta o tom.

    - Shhhh! Tudo isso porque... eu queria o dinheiro dela e sair logo desse lugar. - Roberto riu.

    - Roberto... Te-temos que traba-trabalhar a-agora. - Disse Luiz gaguejando.

   -Aff, vamos. - Roberto vai na frente de Luiz e ambos saem da sala.

    Assim que eu tive tempo, saí correndo o mais rápido possível daquele lugar.

    E foi isso, eu sou uma idiota, trouxa e uma monstra... Agora eu vou começar a dirigir para casa... Credo, eu não paro de chorar... eu matei duas pessoas... EU MATEI DUAS PESSOAS!

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