Aceita?

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  Alec observa o lugar. Uma praia. A areia era escura e macia, o mar brilha com seu tom azul eletrizante. Mais a frente, há um pequeno pano vermelho estendido no chão. Sobre ele há algumas frutas, bebidas e as comidas favoritas de Alec, que Magnus fez questão de providenciar.

  - Onde estamos? - pergunta ele, ainda contemplando a beleza do lugar.

  - Praia Vaadhoo, nas Ilhas Maldivas. Um lugar mais afastado. Hoje estamos sozinhos.

  - É sério? Desde criança eu sempre quis vir aqui. Meus pais diziam que era perda de tempo. Como sabia?

  - Você tem uma irmã que sempre esteve atenta a cada detalhe, Alexander. Para minha sorte.

  Magnus o puxa pela mão até o pano sobre a areia e os dois sentam-se lado a lado. O feiticeiro pega alguns morangos e os dá na boca de Alec, que deita em seu colo. Cada morango era recompensado com um sorriso.

  - Tenho que te contar uma coisa. - Diz Alec

  - Eu também tenho. Quem fala primeiro?

  - Se continuar a servir os morangos na minha boca eu deixo você falar. - responde ele em meio a um sorriso tímido.

  Magnus assim o faz, e enquanto isso, acaricia seus cabelos.

  - Certo. São duas coisas. Primeiro, não fique nervoso. Hoje… Asmodeus veio até minha casa.

  Alec se levanta e encara-o.

  - Asmodeus? Asmodeus, o príncipe do inferno? Seu pai?

  - Exatamente.

  - O que ele queria? Como fugiu de Edom? Você o mandou de volta? Ele te machucou?

  - Calma, Alexander. Eu vou te contar tudo. Ele me disse que ao longo dos anos, desenvolveu a habilidade de canalizar o poder dos demônios de Edom. Assim, conseguiu abrir uma brecha e fugir, agora ele tem poder suficiente para anular a minha magia, sozinho eu sou inútil contra ele. Agora, quer se vingar. Não apenas de mim por tê-lo banido para lá, mas de todos. Cada um que acredita na inferioridade da raça submundana. E quer que eu governe ao seu lado.

  Alec fica atordoado.

  - Temos que contar à Clave. Ele precisa ser mandado de volta. - Diz ele já quase se levantando.

  - Espere - Magnus o segura pela mão. - Não podemos. Não ainda. Qualquer um que se envolver demais, principalmente um Shadowhunter, pode se ferir. É por isso que quero que você me deixe cuidar disso.

  - O que? Magnus, ele pode te matar!

  - Eu sou imortal, Alexander. Por mais poderoso que ele seja, me matar pode vir a ser uma tarefa árdua. Eu tenho um plano, mas preciso que ele confie em mim primeiro para executá-lo. Se algo der errado…

  Alec o encara.

  - Ele matará você e qualquer outro com quem eu me importe. Eu não posso perder você, Alexander.

  Alec o puxa para o mais junto de si que a física permite.

  - Eu também não posso te perder. Você não pode se arriscar assim. Não sem ajuda.

  - Eu preciso.

  Um longo silêncio toma conta do ambiente.

  - Qual é o seu plano? - pergunta Alec

  - Ele tentará destruir Edom e libertar os demônios. Para isso precisa da minha ajuda. Neste momento, ele estará fraco, toda sua energia estará concentrada num único ponto. Se eu conseguir canalizar energia suficiente de outros feiticeiros, posso sobrecarregá-lo e destruí-lo. Ou, na pior das hipóteses, apenas mandá-lo de volta.

Para sempre além do agora (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora