+16| Com muito esforço, Kim Taehyung finalmente consegue trabalhar na Kyung-Hee College, uma das escolas de ensino médio mais procuradas e conhecidas de Busan. Tentando fazer tudo dar certo no novo emprego, o rapaz acaba não só despertando o interes...
Minha noite não foi lá essas coisas. A voz de Chang-Hee dizendo que gostava de mim rondava minha cabeça a todo momento. Digamos que eu só consegui dormir uma ou duas, com sorte três, horas, somando todos os "cochilos" que dei.
Acordei horrivelmente péssimo. Tomei um banho quente para ver se melhorava, e um comprimido.
- Bom dia! - Hoseok com seu sorriso inabalável me cumprimenta assim que entro na sala dos professores.
- Bom dia Tae! - Disse Namjoon despejando um pouco de café em um copinho descartável.
- Se eu estivesse tão animado quanto vocês, meu bom dia estaria à altura.- Os dois e Rosé acabam rindo de minha ironia.
- O dia mal começou e já estamos com problemas.- Mark Tuan entra na sala como um foguete.
- Como assim? O que houve?- Questionou Namjoon.
- Dois alunos resolveram transformar a entrada da escola em um ringue.- Ele procura algo no armário
- Meu Deus. Eles estão terríveis. Já sabe qual foi o motivo?- Rosé pergunta com os olhos na tela do computador, provavelmente digitando alguma prova.
- Nem sei quem são eles.- Mark responde com uma caixinha vermelha na mão, provavelmente primeiros-socorros.
- Será que o motivo foi alguma menina?- O sorriso de Hoseok estava maior ainda em seus lábios.- Vamos ver Tae? Qual é, você não tem aula com ninguém agora.
- Ok, vamos.- Falo rendido, mas eu queria mesmo saber o motivo.
Eu, Mark e Hoseok fomos até a sala da coordenação, onde os dois garotos esperavam. De costas dava para ver a diferença de altura e músculos entre os dois. Assim que os vejo de frente fica mais óbvio que o maior "ganhou" a briga. Ele tinha o cabelo laranja avermelhado, como um ruivo, mas estava com o lado esquerdo do lábio sangrando e os braços roxos.
No entanto, o menor estava bem pior. Seus braços e o rosto estavam cheios de arranhões e nem se fale no olho roxo dele.
Mas, sua aparência não me era estranha. O cabelo escuro caindo sobre as pálpebras, quase chegando nos olhos.
- Qual o nome de vocês? - Perguntou Hoseok.
- Oh Se-hun - Disse o mais alto.
- Jeon Jungkook - Disse o menor ajudando Mark a passar remédio em seus arranhões.
Jeon Jungkook... Jungkook... isso! Ele era o tal aluno novo que intimidou a turma inteira.
Mas, por que ele estaria brigando com alguém maior que ele? Estava óbvio que ele não ganharia.
- De que turma vocês são?- Hoseok fez mais uma pergunta.
- Terceiro ano.- Disse Sehun.
- Primeiro ano.- Jungkook respondeu.
- Quando for para casa passe em alguma clínica, eles te passaram alguns analgésicos.- O coordenador se levantou e juntou os curativos.- Agora quero os dois na minha sala.
Eu e Hoseok voltamos para a sala dos professores, que agora já estava vazia. Logo depois tocou o sinal, liberando a entrada dos alunos.
- Hoseok, nos vemos no almoço? Vou para aula.- Pego minha bolsa.
- Claro Taehyung!
* * *
O sinal soava pela escola, anunciando o intervalo. No caminho à sala dos professores, encontrei Chang-Hee, enquanto ela comia com suas amigas. Resolvi, então, deixar a cafeteria para outro dia.
Chegando na sala, já estavam Jin,Namjoon,Hoseok,Jisoo,Rosé,Yoongi e Mark. Junto comigo entrou a professora de artes, Livy.
- Coma Tae! - Disse Namjoon quando me viu.
Os professores estavam conversando e planejando provas, resolvi cortar um pedaço de pão recheado, mas antes mesmo de come-lo SeokJin se sentou ao meu lado.
- Você falou com ela?- Ele pergunta cortando uma fatia do pão. Acabou que ontem de madrugada falei tudo para ele. Eu não queria no início, mas eu iria colapsar se alguém não me falasse alguma coisa de útil. Acabei não falando do detalhe de Chang-Hee.
-Sim
- O que ela disse? - O mesmo pergunta curioso.
- Ele gosta de mim. Quando eu digo a ela que não quero mais vê-la, ela diz que gosta de mim.- Solto um riso irônico.
- Nossa.- Ele ri da minha situação. Não julgo, se pudesse faria o mesmo.- Mas então, o que você pretende fazer agora?
- Não faço a mínima ideia.
- Pense bem. Não diga nem faça coisas precipitadas. Se precisar de algumas palavras estou sempre disponível.- Ele me conforta e eu retribuo com um sorriso sincero.
* * *
A última aula havia terminado a poucos minutos, então resolvi ir encontrar Chang, para comer algo ou apenas levá-la para casa. Depois de alguns minutos eu a encontrei na porta da escola.
- Oi.- Ela sorri ao me ver.
- Queria ver você.- Sorrio em resposta.- Agora não posso, mas amanhã podemos conversar? Não quero deixar as coisas mal resolvidas.
- Por mim, tudo bem
- Certo, então... quer que eu te leve?
- Pode ser.- Ela sorri e me acompanha até minha moto.
O caminho seguiu silencioso, assim como o trageto da escola para sua casa.
Seu prédio, por fora, era muito bonito e aparentava ser bem luxuoso.
- Então, acho que chegamos.- Ela desce da moto e me entrega o capacete.
- Obrigada pela garota Tae.- Ela sorri e me dá um abraço desajeitado.
- Não foi nada.- Sorrio em resposta e assim que ela entra, sigo em direção à minha casa.
* * *
Cheguei em casa e me ocupei com tudo o que eu podia. Sim, eu estava adiando ao máximo a conversa comigo mesmo sobre: Chang-Hee.
Por que, caralho. Eu juro que não sei o que fazer. É arriscado eu me aproximar mais dela, mas seria tão ruim assim? Principalmente agora que eu sei que é recíproco.
Se ela não falou porque sabia dos riscos, é porque ela pode estar disposta a encará-los.
Ou não, isso pode ser demais para ela.
Eu só não quero pressioná-la a nada, mesmo que indiretamente. Quero que, se for para ser quero se seja natural e alimentado por ambas as partes. Não somente por mim.
Eu quero continuar nossa amizade, quero ir até mais além, mas o medo de estar indo muito longe rápido demais me consome e novamente eu deixo de lado esse papo e me concentro em qualquer outra coisa.
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Livy-Rae, 26 anos, Professora de artes do ensino fundamental 1 e 2
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