Flowers [Joohyuk]

4. Girassóis

Como no dia anterior, eu também fiquei esperando Jooheon, mas dessa vez, ele não demorou muito para aparecer e atravessar aquela porta com um lindo sorriso largo no rosto.

— Bom Dia! — desejei ao me aproximar.

— Bom dia.

— O que deseja para hoje?

— Ontem eu conversei com ela e ela falou muito sobre girassóis, você tem aqui? — eu assenti sorrindo, o guiei até as flores que mencionou e logo comecei a recolher. As levei até o balcão, montei o buquê e o entreguei, logo aceitando o dinheiro que ele estendia.

— Obrigado. — agradeci, recebendo um sorriso em resposta.

— Minhyuk? — eu o olhei — Eu queria te fazer um convite...

— Um convite?

— Sim. Você quer sair comigo hoje? Digo, eu queria entender mais sobre flores em geral e você parece ser a pessoa perfeita pra me ajudar com isso. Aí eu pensei que nós poderíamos sair pra conversar e comer algo. O convite é meu, então eu pago, não se preocupe com isso.

— Muito obrigado pelo convite, mas faz um tempo que eu não saio daqui da loja, sabe? Não estou acostumado a sair e não acho que me sentiria bem fazendo isso. Fora que, eu fecho a floricultura tarde, então não daria de qualquer forma.

— Eu entendo. — ele disse em um tom desanimado — obrigado pelas flores e... — suspirou — me desculpe pelo incômodo. — eu não o respondi, apenas o observei falar e se retirar da loja em seguida.

~

Passei o restante do dia pensando no convite de Jooheon e me condenando por ter recusado. Aquilo não faria diferença, ele já tinha alguém, amava essa pessoa e levava flores para ela todos os dias, além de gostar mulheres. O máximo que ele queria comigo, era saber mais sobre flores para impressionar a garota que ama, eu gostava dele, por mais difícil que fosse admitir, eu gostava.

Havia me apaixonado tão rápido quanto levar um tiro de bala perdida, não deu tempo de desviar, fugir, não tive como evitar, sequer vi acontecer, apenas fui atingido pelo sorriso e pela simpatia do loiro, e fiquei alí, ferido, sem ajuda e sem volta.

Já eram quase nove horas da noite, quando de repente, o movimento da loja aumentou de um jeito inesperado, chegando ao ponto de me preocupar. Várias pessoas entravam e saíam da loja, todas arrumadas de forma elegante. Algumas vezes, entravam mais de uma pessoa de uma vez, me deixando cada vez mais confuso e nervoso, só não mais nervoso do que eu fiquei quando Jooheon entrou na loja, pela segunda vez no dia, diferente das outras pessoas e de todas as vezes em que eu havia pedido visto, ele não estava vestido de terno ou outro tipo de roupa cara, usava apenas uma jeans clara e uma camiseta larga, que o deixou ainda mais bonito e atraente do que antes, cutucando sem dó, a ferida que já havia feito em mim.

— Ei, cadê minhas flores? — uma cliente perguntou, fazendo com que eu despertasse de meus pensamentos e desviasse o olhar para ela.

— Me desculpe, eu já vou montar seu buquê.

— Cadê a pessoa que trabalha aqui? — outra cliente disse do outro lado da loja.

Jooheon praticamente correu até mim, pegou as flores da primeira cliente e sorriu para a mesma.

— Eu termino aqui, pode atender as outras. — ele disse e eu o olhei confuso e duvidoso, mas não questionei mais, apenas confiei nele, não tinha outra opção.

Nós terminamos de atender os clientes assim, eu atendia os que entravam e os guiava com as flores desejadas até o caixa, onde Jooheon fazia os buquês e recebia os pagamentos. As coisas deram certo e já eram quase onze da noite quando o movimento da loja parou novamente.

— Obrigado pela ajuda. — as grade o a Jooheon enquanto me aproximava dele.

— Bem, agora eu acho que você me deve uma.