5. Crisântemos

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— O que veio fazer aqui, Jooheon?

— Eu vim mais uma vez tentar te convencer a sair comigo.

— Por quê? Eu já disse que não da.

— Me desculpe caso eu esteja incomodando muito, mas é que eu realmente quero passar um tempo a mais com você. — ele suspirou — Mas se você não quer mesmo, está tudo bem. — ele forçou um sorriso e começou a andar na direção da porta — Boa noite e mais uma vez, me desculpe pelo incômodo. — segurei seu pulso e ele me olhou, surpreso.

— Fique. — eu disse em um tom doce e sorri — Me ajude a fechar a loja e então nós podemos subir.

— Subir?

— Sim, eu moro no andar de cima. — ele sorriu e assentiu.

Como o planejado, Jooheon me ajudou a fechar a loja e assim que nós terminamos, fomos para a minha casa. Eu estava nervoso, nunca havia levado ninguém para dentro da minha casa desde quando a comprei, a muitos anos atrás. Me sentei no sofá e ele também, meu gato subiu em cima dele no mesmo instante em que ele se sentou, e eles pareceram gostar muito um do outro, o que me deixou feliz e me arrancou um sorriso largo, eu não podia negar que Jooheon gostar ou não de gatos era uma preocupação minha e fiquei feliz em saber que ele gostava, e pelo que parecia, gostava muito.

— Eu posso pedir comida se você quiser. — ele disse e eu dei de ombros.

— Pode ser. Será que eu consigo terminar de tomar banho, até chegar?

— Provavelmente. — ele disse sorrindo, o que me fez sorrir também.

Eu me levantei e andei até meu quarto, pensei em pôr uma roupa mais arrumada, mas optei por um moletom. Caminhei até o banheiro e tomei um banho rápido, já que eu não queria deixar Jooheon esperando por muito tempo. Saí do banho, me sequei e me vesti. Respirei fundo antes de voltar para a sala e assim que fui para o cômodo, avistei Jooheon ainda sentado no mesmo lugar, acariciando meu gato e falando com ele de um jeito fofo, o que me fez rir baixinho.

Parei na porta e fiquei o admirando por mais ou menos dois minutos, era incrível como cada detalhe dele me encantava, como seu jeito era apaixonante e a facilidade com que ele conseguia me fazer sorrir feito um idiota.

— Me desculpa, eu podia ter esperado você ir embora pra tomar banho e me trocar, mas é que eu passo o dia inteiro na floricultura... — eu disse enquanto me aproximava dele e me sentei ao seu lado.

— Tudo bem, sem problemas.

— Quer beber algo? — ele negou com a cabeça.

— Não precisa. Eu já pedi comida, ela já deve estar chegando.

— Ta bom. Você disse que queria conversar sobre flores, certo? Entender mais sobre elas?

— Na verdade, eu quero saber sobre uma flor específica, a mais bonita daquela floricultura inteira e talvez até do mundo.

— Sério? — ele assentiu e eu sorri — Qual? Crisântemos?

— Não, você.

Flowers [Joohyuk]Onde histórias criam vida. Descubra agora