Bebê De Açúcar: Capítulo 4 - Eu Acredito Em Você

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Obrigada, Sans — Uma das empregadas de Frisk falou aos suspiros, enquanto pegava a pasta da mão dele, em um ar de admiração.

— Sans, você é tão forte — Outra proferiu, o olhando com uma chama apaixonada no olhar.

— Sans, você pode me ajudar? Não alcanço ali — Mais uma pediu, esticando o corpo rente à estante, com um "quê" de provocação.

— De nada, meninas — Ele piscou de volta para elas, falando em tom de brincadeira. Logo depois, pegou na cintura de outra das secretárias que estavam ali, a levantando para alcançar mais arquivos.

Frisk apenas observava toda aquela palhaçada desde a manhã, já que era dia da limpeza. Negava a si com todas as forças, mas detestava toda a atenção que seu subordinado estava recebendo, não acha que ele era digno de tantos elogios, nem ela merecia ter que ver isso. Balançou a cabeça, querendo tirar o pensamento de demitir essas empregadas atrevidas da cabeça, e depois voltou a olhar a tela do PC, da qual estava cheia de mensagens em diferentes janelas. Nem ela sabia o que fazer com tanto trabalho.

— Por que está com a cara tão amarrada, Kiddo? — Levantou sua cabeça, encontrando o rapaz com sua nova blusa  a olhando com aquele sorriso ladino que tanto a provocava. As empregadas já haviam saído, os deixando a sós.

— Diferente de você, eu tenho que trabalhar e, não ficar recebendo elogios — Foi grossa, fazendo o teclado emitir barulho de tanto que ela escrevia. As mensagens apareciam mais do que podia controlar.

— Isso é ciúme? — Falou provocativo, chegando mais perto do rosto dela com um inclinar de costas.

— Isso é vergonha alheia— Usou seus dedos destros para afastar a cabeça do homem risonho, tendo as bochechas coradas por conta da aproximação, se odiando por isso — Me pergunto como você gosta disso, de ser rodeado de pessoas — Deu de ombros, indo responder as mensagens, porém sem tirar a atenção do albino, queria saber sua resposta.

— Calor humano é sempre bom — Pegou uma cadeira do armário e a desdobrou ao lado de Frisk, se sentando e direcionando o olhar a ela — Principalmente quando vem de amigos ou pessoas que gostamos — Foi cálido e acolhedor, olhando a feição rígida que tristemente Frisk carregava em seu rosto, um crime para alguém tão bela quanto ela.

— Isso é um convite? — Perguntou ainda na defensiva, mas rude, direto a Sans. Parou de digitar para o olhar friamente.

— Pra você, sim — Retrucou, aproximando sua cadeira para um pouco mais ao lado de Frisk, juntando seus ombros. Ao receber o contato, Frisk logo saiu de seu lugar, indo até o canto da sala com seus saltos barulhentos que denunciavam sua ansiedade.

— Eu deveria te pôr para fora de minha empresa — Disse pegando um livro grosso, segurando abaixo dos seus fartos seios. Arrumava a franja que lhe caía nos olhos, atrapalhando um pouco sua visão.

— Essa empresa não é toda sua, Chara ainda me quer aqui — Sans deu sua tréplica, mantendo a calma e principalmente analisando a moça com quem conversava. Seus pensamentos estavam a mil. Ouviu um suspiro por parte de Frisk, que virou o rosto para o olhar, parecia derrotada.

— Certo... Quer entrar nesse jogo junto com minha irmã, não é? — Disse se virando, chegando em instantes na frente de Sans, entregando o livro a ele — Leve esse exemplar para Chara em seu gabinete, diga a ela que leia a cláusula dois mil e depois volte aqui com sua resposta — Foi curta e ríspida, ordenando para ele. Sans havia se levantado e pegado o grande livro, dando uma olhadela antes de frisar a vista nos olhos de Frisk, protegido por aquele monte de cílios emblemáticos.

— Tudo bem, senhorita Kiddo, onde ela está? — Se dirigiu até a porta, sem tirar o olhar da raivosa e emburrada Frisk, cujo os braços cruzados e sobrancelhas franzidas demonstravam seu desconforto

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