Bebê De Açúcar: Capítulo 9 - Laços

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Sans chegava na empresa com seu andar calmo de sempre, passando pelo meio mundo de gente que vivia a trabalhar ali. Mudando seu trajeto usual, visando fazer uma surpresa a sua suposta Mommy. Fora até a cafeteria, sendo surpreendido por um Noan completamente eufórico.

— Oi, Sans! O dia está maravilhoso, não?! — Perguntava enquanto fazia os pedidos das pessoas ali sentadas, perto do balcão.

— Sim, Noan, maravilhoso — Concordou jocoso, arrumando um lugar para se colocar, ficando no meio do povo.

— Como está indo com a senhorita Frisk? Soube que estão juntos a semanas! — O empregado não deixava a alegria de lado, estava motivado. Noan adorava as fofocas locais.

— Não é o relacionamento que eu desejava, mas sim, estamos de certa forma "juntos" — Fez aspas na palavra destacada em sua fala. Apesar de ter conhecido Frisk a pouco tempo, queria ter um lance mais forte com a empresária, gostava de sua personalidade forte e forma de agir, por mais bruta que seja.

— Eu ainda não acredito que isso está acontecendo! Parece que Alice anda sendo mais certeira em suas fofocas — Noan comentou faceiro enquanto limpava o balcão, tirando uma expressão de dúvida vindo de Sans. Fofocas?

— Noan — Chamou atenção do atendente, com seu tom desconfiado de praxe — O que infernos você tá falando? — Não conteve sua curiosidade, e a ação de defesa. Estavam fofocando sobre Frisk e ele?

— Ei — Noan o chamou para mais perto, quase colocando o queixo no balcão, sendo seguido por Sans — Não diga que fui eu que te disse, se não as meninas não me contam mais nada — A fala do homem fez Sans concordar em contra gosto, tendo uma expressão rígida na face — Dizem que a senhorita Frisk anda trabalhando exaustivamente pra ficar com você, e que vocês são estimados para serem o casal da empresa, desbancando a Viveca com o porteiro — Sans não acreditava nas pataquadas que estava a escutar, levantando rápido a cabeça. Mas no meio de toda aquela burrice -pelo menos era o que ele pensava- uma coisa lhe chamou a atenção.

— Trabalhando exaustivamente? Mas pensei que Frisk trabalhava muito normalmente — Cruzou os braços, trazendo o tom de questionamento para a conversa.

— Bom, só sei que ontem a noite alguém ficou até tarde aqui na empresa, e as únicas que têm as cópias da chave são as senhoritas Frisk e Chara — Noan respondeu com sua inocência comumente vista, causando um estalo na mente de Sans, que começou a trabalhar um pouco mais rápido, ligando os pontos.

— Espera, tem certeza disso? — Perguntou descrente, criando mil cenários catastróficos em sua cabeça.

— Viram uma luz vindo num dos andares de cima — Noan ajeitou seu chapéu de atendente — O vigésimo, eu acho — A dúvida de Noan era a quebra de mente para Sans, que logo saiu do banquinho — Ei! Até!

Sans corria o mais rápido que podia, até chegar no elevador que dava para o andar de Frisk. Ainda não caia a ficha de que a jovem teria passado a noite em claro trabalhando, aquilo era tenso e completamente insano de se fazer. Ao chegar no corredor, tratou de percorrer o caminho na maior velocidade possível, chegando na porta com o brasão que indicava o gabinete de Frisk, que se mantinha fechado como de costume. Bateu uma vez, duas, três, e na quarta, girou com toda a sua força a maçaneta, abrindo finalmente a grande porta que lhe impedia de ver sua prometida. Porém, a vista que teve não era nada agradável.

— Frisk! — Exclamou ao ver a moça completamente exaurida e debruçada na mesa, com imensas pilhas de papéis ao seu lado, e alguns no chão. A impressora posta ali a noite, pela própria Frisk provavelmente, imprimia coisas sem parar, e o computador dava indícios de ainda estar funcionando. Tudo estava ruim, mas nada importava mais que a vida de Frisk.

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