Destinos Traçados

Capítulo 6

Adrien narrando

Ao abrir a porta fiquei maravilhado, estava em um corredor dourado iluminado pela luz de inúmeras tochas que mostravam o caminho. Dos dois lados do corredor havia ouro, prata, pedras preciosas, armaduras reluzentes, espadas, arcos, lanças, taças, cálices, pratos, talheres, entre muitas outras coisas. Isso é que é tesouro! Poderia alimentar um país inteiro com metade desse ouro.

Algumas peças entre outras me chamaram mais a atenção: um enorme e brilhante escudo prateado, todo cravejado de pedras verdes (esmeraldas) e azuladas (lapis lazuli); acho que esse escudo serve mais para enfeitar um salão do que para se proteger em uma batalha. Havia também uma jóia vermelha, um enorme rubi em formato de um coração, ele tinha um brilho diferente, parecia até uma espécie de objeto mágico e..... espera, mágico..... magia....Marinette! Acabei esquecendo o real motivo de estar aqui, preciso encontrar um baú!

Comecei a procurar e rapidamente encontrei um, dois....três...quatro.... essa não! Tem muitos baús, muitos mesmo, mais do que eu poderia haver imaginado. Qual deles será? Ela disse que eu saberia quando o visse mas, eu não sei!

Continuei a andar pelo corredor até chegar em um desvio no caminho. Havia duas opções, seguir adiante por aquele corredor o qual eu não enxergava o fim, ou cortar caminho pelo meio da sala do tesouro. Não sabia onde nenhum dos dois poderia me levar, Qual deles devo seguir?

Marinette narrando   

Adrien estava demorando muito lá dentro; só espero que ele não tenha ficado admirando o tesouro e se esquecido do baú.

Meu corpo todo ainda doía, mas estava bem graças a grande resistência de minha raça. 

Enquanto o esperava as palavras do meu irmão voltaram a minha mente: "Você é um monstro", "Não pode evitar", "Não pode mudar quem você é". Eu não sou um monstro, ele me tornou isso, ele é o culpado, ele matou meus pais, ele O matou.

A raiva começa a crescer dentro de mim, meu sangue começa a ferver e sinto meu lado escuro despertar....Não!!! Não posso deixá-lo me dominar, não vou deixá-lo tomar o controle!

Acalme-se Marinette, respira e inspira, preciso extravasar...

Os céus ouvem meus pensamentos, pois um grupo de soldados que ainda estava de pé se aproxima armados com arcos, flechas e espadas. É hora de extravasar!

Corro na direção deles desviando das flechas. Quando os alcanço eles sacam suas espadas e eu a minha e começamos a lutar. Deixo sair toda minha raiva e tensão, toda minha dor e sofrimento por tudo que passei e estou passando, e quando dei por mim já estavam todos caídos e eu estava bem mais calma porém, muito mais cansada, estava ofegante, voltei me arrastando para o corredor a espera do meu escudeiro.

Adrien narrando

Decidi pegar o atalho que cortava o meio do salão, mas não sei se foi uma boa ideia, pois a cada passo encontrava mais e mais baús e já não sabia se iria conseguir discernir qual era o certo. Vou levar uma eternidade procurando. Por que a Marinette não me disse pelo menos como ele era?

-Adrien.

-Quem está aí?

-Adrien.

A voz era quase como um sussurro distante, ao ouvi-la minha espinha gelou e meu corpo tremeu. O que é isso?

-Quem é você? Mostre-se!

-Por aqui Adrien.

Ela me convidou a seguir seu som e foi o que eu fiz, mesmo sem saber a quem pertencia aquela voz. Eu a segui até mais adiante.