Capítulo 4 - O vício do prazer

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Finalmente Grace e John voltaram da lua de mel, estavam satisfeitos, pelo menos ele estava, mas ela era mais dispersa, depois de conhecer e sentir os prazeres que um homem poderia lhe proporcionar ela estava querendo mais, sempre imaginou que o prazer físico fosse uma obrigação entre marido e mulher e não esta gana, este prelúdio, ansiedade de ser preenchida por um homem.

Grace desejava um homem bruto, xucro que usasse palavras chulas, que tivesse um vocabulário pervertido que a fizesse sentir-se completa e saciada. Após alguns anos de casamento e com uma rotina monótona e sem novidades, ela já havia se conformado que sua vida seria sempre assim, a única coisa que impulsionava seus dias era o prazer de ajudar crianças que queriam algo a mais do que viver em uma cidade congelada no tempo.

Em uma tarde ensolarada na pequena cidade de Downtown, em que o sol era uma raridade. Grace vinha da escola de idiomas onde dava aulas de Língua Portuguesa e Literatura entre outros idiomas, virando a esquina notou uma movimentação de pessoas na casa que estava à venda ao lado da sua casa e de John. Chegando perto notou um homem bronzeado, cabelos pretos, alto, lábios perfeitos, olhos azuis como céu no verão e extremamente sexy, estava de calça cáqui e camisa polo um deus grego, ele ao notá-la chegou perto de Grace e disse:

― Olá! ― o homem acenou para ela fazendo com que sua camisa demonstrasse seus músculos definidos. ― Boa tarde!

Grace respondeu com certa arrogância. Pois tinha odiado a forma como apenas o olhar dele havia mexido com ela.

― Boa tarde! ― geralmente não cumprimentava pessoas que não conhecia. Principalmente homens.

― Serei seu novo vizinho, me chamo William Casey, graças a Deus terei uma vizinha linda e sexy. ― ele disse com um sorriso extrovertido estampado no rosto.

Grace ficou chocada com o atrevimento desse estranho.

― Me chamo Grace e sou casada, como ousa ser impertinente? ― ele não mostrava arrependimento algum em ser ousado. Nenhum homem da cidade jamais diria tal coisa a uma mulher comprometida.

― Só falei a verdade gostosa. ― ele disse exibindo dentes perfeitos que em contraste com sua pele morena era divino.

― Oh meu Deus! ― Grace ficou sem reação, mais precisava colocá-lo em seu lugar. ― Como você tem uma boca suja.

― Gostaria que minha boca suja estivesse em um lugar seu que é quente e molhado? ― ele questionou de forma maliciosa.

― Com licença não perco meu tempo com pessoas sem educação. ― ela ainda estava processando a onda sensações que emanava dele.

― Sei exatamente o que fazer pra você perder o seu tempo. ― ele retrucou com um sorriso capaz de derreter sua sanidade mental.

Grace saiu apressadamente e entrou em casa. Ao sentar-se no sofá estava sem fôlego e sentindo seu rosto queimar só de lembrar das barbaridades que o vizinho safado havia lhe dito.

― Meu Deus que homem é esse? ― ela se questionava em voz alta.

Ela subiu rapidamente para seu quarto para se acalmar e tomar um banho, nunca antes um homem tinha sido indelicado com ela, parece que esse homem foi tirado da sua mente para fazê-la pecar e cometer os atos mais pervertidos e obscenos que tinha desejado.

Sentiu-se quente e estava completamente molhada, foi a primeira vez que começou a se tocar até sentir um orgasmo maravilhoso pensando no rosto e na boca do vizinho sensual.

Grace ficou curiosa pra saber mais sobre William, porém soube sem querer pela sua secretária que ele vinha de Londres e tinha acabado de se divorciar, não tinha filhos, só não disse o que ele fazia, sem papas na língua, Marie disse a patroa:

― Dona Grace a senhora já viu o novo vizinho que comprou a casa ao lado? ― ela questionou-a apreensiva.

― Não Marie, por quê? ― ela se fez de desentendida para saber um pouco mais da novidade do bairro.

Grace não demonstrou nenhum interesse e deixou que ela continuasse com seu relatório.

― Senhora ele é o homem mais bonito que já vi em minha vida! ― ela exclamou de maneira deslumbrada.

― Hahahaha! Você não conhece tantos homens assim Marie. ― ela sempre se divertia com os comentários de sua amiga.

― Ele estava conversando com o Sr. John antes de a senhora acordar, escutei que tinha gostado muito do bairro e pretendia fixar-se por um bom tempo aqui em Downtown.

― O que mais ele disse? ― ela disse com curiosidade em saber um pouco mais sobre o vizinho.

― Que até agora tinha conhecido e sido cumprimentado por muitas senhoras e as tinha achado muito educadas e solicitas. ― disse Marie com desdém.

― Deve ser as oferecidas que moram descendo a rua, não tem o que fazer e ficam fofocando da vida alheia e agora arrumaram outra distração. ― Grace não suportava as vizinhas.

― Sim senhora, eram estas mulheres. ― Marie se solidarizava com a patroa, as senhoras não gostavam de Grace porque ela era a mais bela dentre elas.

― Bom agora que terminei o almoço, vou me arrumar para ir a escola, estes dias está uma loucura, acumulei muita tarefa, agora tenho muitas pendências. ― ela não pensava mais em nada a não ser em seus alunos. ― e hoje vão colocar outro professor para ficarmos responsáveis por duas turmas de francês e português, quando chegar ainda vou visitar minhas irmãs e olhar meu jardim preferido.

― Onde está John? Não o vi hoje. ― ela questionou para saber onde o marido estava, pois sua vida se resumia em estar no hospital.

― Tomou o desjejum e foi para o Centro de saúde senhora, na saída conheceu o novo vizinho O Sr. William como lhe contei.

Grace tentou não pensar no vizinho pervertido, mas sempre vinha o flashback do rápido e tórrido encontro.

Ela foi para a escola. Chegando lá à secretaria pediu que a acompanhasse imediatamente a sala da direção.

― Professora Grace? ― indagou a secretária do instituto ao vê-la entrar no prédio. ― A diretora vai lhe apresentar seu mais novo colega de aula.

Virou-se imediatamente para o homem mais gostoso e quente que já havia visto na vida, suas pernas fraquejaram...


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