Palavras são erros, e os erros são seus
Não quero lembrar que eu erro também
Um dia pretendo tentar descobrir
Porque é mais forte quem sabe mentir
Não quero lembrar que eu minto também
Eu sei - Legião Urbana
🌼♪❤Desculpem qualquer erro.
Espero que gostem.
Boa Leitura!
~❤~
Quando crianças incontáveis histórias nos são contadas, por mais que sejam mentiras acreditamos. Por ser uma coisa surreal aquilo atrai nossa atenção, nossa admiração, isso faz com que a imaginação se eleve a um nível alto, um modo de dar um escapulhida desse mundo medonho.Fadas, gnomos, princesas, bruxas...
Elas sempre me atraíram.
A infância foi uma das melhores épocas da minha vida, eu a vivi, fiz tudo que uma criança tinha direito. Brinquei, me machuquei, chorei, sorri, fiz vários amigos, desfiz algumas amizades, enfim, não me arrependo da minha infância.
Pena que não se pode voltar atrás.
Hoje em dia isso são apenas lembranças, boas lembranças. Minha vida de hoje se resume a um cronograma, todo dia a mesma coisa, de casa pra escola, da escola pra casa. Nenhuma novidade, nenhuma mudança, absolutamente nada.
Não mudar, ser tudo igual, o tempo todo se torna chato.
Dos vários filmes que sempre vejo, os mais diversos e surreais, sempre tem aqueles que ficam na mente, as dúvidas aparecem, mas eu sei que tudo é ficção, não passam de lendas, mitos. Mais aquela vontade que bate de tudo ser real, ou apenas algumas das várias coisas que vemos é tão precisa. Porém impossível.
Pelos menos isso era o que deveria ser.
Com o passar do tempo, alguns feitos que só aconteciam em filmes vieram para o mundo, porém vieram dívidas, entre o bem e o mal. Todo cuidado é pouco, tudo tem que ser feito com cuidado, um delise e tudo pode ser fatal. A morte não é mais só coisa de cinema, ela é bem vivida por todos nós.
Ser cauteloso agora era questão de sobrevivência. Era tudo que eu tentava fazer, mais como tudo um dia há algum erro, alguma mudança do passado. E meus dias ultimamente estavam em constantes mudanças.
E essas seriam só o começo, de um enxurrada um tanto tempestuosa, cheia de mudanças.
O medo ainda dominava tudo em mim, só que de um jeito diferente. Minutos atrás meu medo era da minha morte, agora, não seria só a minha.
Encolhida no chão sujo daquele beco acompanhava aquela inacreditável cena que acontecia. Minha testa começou a latejar, não muito diferente da palma de uma das minhas mãos, quando tropecei no tijolo devo ter feito essa proeza. Levo meus dedos até o local aonde está latejando, o corte não foi tão profundo ao meu ver, mais está começando a sangrar.
O som de corpos se chocando chama de volta minha atenção. Aquilo tudo parecia aquelas cenas de filmes de ação, os movimentos rápidos e precisos daquela que agora se intitulava minha heroina eram incríveis. O homem parecia um mero nada comparado à ela, apesar dele possuir o dobro do tamanho dela estava perdendo feio.
Ele fala algo para ela fazendo-a me olhar, nesse momento de distração ele aproveita e lhe acerta um chute na perna esquerda, fazendo ela cambalear pra trás.
Pra nossa surpresa, tanto minha quanto dela, além daquela arma agora ele havia um pequeno canivete nas mãos.
Ele encara ela com um sorriso no rosto, observando o olhar de espanto em seu rosto, sendo rapidamente substituído por um sorriso debochado.
Por um minuto eles se encaram, só se houve o barulho das respirações aceleradas. O clima fica mais tenso ainda.
Meu olhar se divide entre os dois, esperando pela reação de ambos. Algo próximo ao pescoço da minha heroína começa a tremer, e de lá sai um pequeno feixe de uma luz azulada.
Me remecho no chão, sentindo uma dor no meu pé. Um resmungo sai de meus lábios, fecho os olhos encostando minha cabeça na parede atrás de mim, movimento lentamente minha perna tentando ver se havia torcido meu pé. Estou destruída, meu corpo todo dói, minha mente uma bagunça, meu psicológico muito pior, jamais havia passado por isso, tudo num só dia.
Volto a olhar pra frente aonde o homem começa a se aproximar cada vez mais preparando um ataque. Porém, antes deles realiza-lo algo transparente parecido com uma parede de vidro aparece bem ao seu lado, de lá sai uma pessoa, que o agarra por trás retirando o objeto afiado de suas mãos.
Esfresgo meus olhos tentando acordar daquele sonho impossível. Mas nada muda. O sonho na verdade é uma realidade.
—Tá tudo bem? Aquele nojento te machucou?—Uma voz desesperada me desperta dos meus pensamentos.— Vem cá, deixa eu te ajudar a levanta.
Sem tirar os olhos daquela loucura, sinto braços me puchando para cima, ajudando a me levantar. Minhas pernas pareciam não existir, parecia que tinha passado um caminhão em cima de mim, tudo doia.
Do nada, do mesmo local que saiu aquela pessoa, uma outra surge, exatamente idêntica, até as roupas eram iguais.
"Não é possível. Não pode ser." Gritava meu subconsciente.
Um deles vira a cabeça em minha direção encarando-me. Meu corpo trava, minha garganta se fecha, um frio passa por minha coluna, minha visão escurece, seguida por uma tontura.
Me agarro a pessoa do meu lado, tentando não cair, respiro fundo.
Minha mente não consegue entender o que aconteceu aqui, não tem como tudo isso ser real, não pode acontecer, é muita loucura. É impossível!
—Nanda o que é tudo isso? Como você se meteu nisso tudo. Isso é loucura.
Ela olha pra mim de um jeito estranho. Suspira e fala.
— É complicado Lia. Desculpa.
Minha cabeça começa a doer muito, não tenho forças para segurar meu corpo, tudo escurece. Antes de apagar realmente consigo ouvir algumas vozes distantes, depois apago.
O silêncio é profundo, agora sim estou sonhando.
O pesadelo se foi.
E o sonho só estava começando.
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Reflexos Do Amanhã [PAUSA/ REESCREVENDO]
Teen FictionPLÁGIO É CRIME O ser humano é tolo e frágil. Ele se deixa permitir que aquele sentimento lhe possua, perdidamente. Pra depois, sofrer sozinho. Sem ninguém. Pois somente ele sente o furacão que acontece dentro de si. Somente ele sente a dor de perder...