De repente... Você

CAPÍTULO 1

Começar um novo ano é muito bom, os últimos meses da minha vida foram os melhores, depois de tanta turbulência pelo qual eu passei, mas quando fazemos o que gostamos e nos dedicamos a aquilo, tudo se torna melhor.

Eu estava estudando fotografia em Londres (que sempre foi o meu sonho). Para ser mais exata eu estudava e trabalhava como fotógrafa de moda depois de ter feito todo o meu High school na Inglaterra. E quando acabei todos os meus estudos, decidi me mudar para o Canadá, além de que, eu recebi uma proposta de trabalho incrível que eu não poderia recusar.

E agora, com meu novo objetivo de vida, eu preciso me concentrar nessa nova fase, preciso manter o foco mais do que nunca. Muita coisa aconteceu nos 4 anos em que eu estive morando em Londres, não quero que nada aconteça novamente para tirar a minha concentração, e mesmo com tudo o que aconteceu e com a minha decisão, deixei muita coisa que eu amo lá, e que eu sempre vou considerar minha segunda casa.

Eu praticamente tento mostrar à minha família tudo o que eu posso fazer sozinha, não só para eles como para todos ao meu redor.

Desde que eu era criança, sabia que não seria fácil seguir meu próprio caminho, trilhar uma vida diferente para mim, bem longe do que minha família é. Mas sempre tive esse objetivo em mente, o que me fez ser focada desde a minha pré juventude quando eu decidi mudar de país.

Quando finalmente sai de casa e fui morar sozinha em um lugar desconhecido, chorei por 2 semanas inteiras, pelo medo de não saber o que fazer e por onde começar, mas minha mãe sempre me incentivou então ergui minha cabeça e corri atrás do que eu já havia planejado para mim.

Aprendi tudo o que eu preciso pra minha vida na marra. Estudei, trabalhei, realizei sonhos. E agora estou com a minha carreira trilhada.

E a caminho do Canadá, dentro do avião, ao lado de um homem que ronca ao meu lado, eu só consigo pensar em todo o caminho que eu percorri na minha vida, desde que cheguei a Londres até o esse momento sentada nessa pequena poltrona, e o quanto eu me orgulho de realizar os meus sonhos.

Faltavam algumas horas ainda pro avião pousar. Coloco meus fones de ouvido e aperto o play na música em meu celular. Fecho os meus olhos e adormeço.

O avião da Air Canada pousou no Toronto Pearson Internacional Airport logo pela manhã. Esperei todos saírem e então me levantei, indo em direção a saída. Segui todos os procedimentos de sempre de um vôo, peguei minha mala na esteira e fui até a saída do aeroporto e procurei um táxi, entrando no primeiro que vi na frente. Dei o endereço do meu apartamento ao taxista e não demorei muito para colocar os meus fones novamente. Estava tocando Drake quando encostei minha cabeça no vidro do carro e observei a cidade se passando.

Após 20 minutos, o taxista para em frente a um lindo prédio, não luxuoso mas aparentemente aconchegante e estiloso. Vejo o taxista parar o taxímetro, ele se vira para mim e me diz o valor. Dou o dinheiro a ele e uma boa gorjeta. Saio do carro junto com ele que me ajuda com as malas até o hall de entrada do prédio. Falo brevemente com a recepcionista e ela tenta ser muito simpática me dando as boas vindas, mas eu estava muito cansada para dizer algo a mais do que  um simples “obrigado”. Ela pede ao concierge para entregar minhas malas em meu apartamento.

Subo pelo elevador até a cobertura e ando pelo longo corredor com chão aveludado e procuro pelo número 198 das únicas 4 portas que tinham. Passo o cartão de entrada pela fechadura da porta e ele apita, ficando com uma luz verde e se abrindo.

Ao entrar eu me deparo com uma enorme sala de estar e arregalo meus olhos.

“Eu estou no apartamento certo?” Penso andando por aquela sala.

Em cima da mesa de centro havia um lindo buquê de flores, vou até ele e pego o cartão que o acompanhava.

    “Espero que goste da pequena mudança, boa sorte no trabalho minha pequena.

               Te amo

                     -Mamãe”

Mas é claro, só podia ser ela.

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