A Lua Suprema De LorkÈvora - A Guerra Das Estrelas Livro 1

Prólogo

O sol da manhã banhava o castelo de LorkÈvora em um dourado radiante, enquanto o cheiro de café fresco pairava no ar. Radassa, a princesa do meio, corria pelos jardins, sua risada ecoando entre as flores. Hayla, a irmã mais velha, observava-a com um sorriso, enquanto Maressa, a caçula, tentava acompanhar a irmã em meio a suas pernas curtas. O rei, sentado em um banco de pedra, contemplava a cena com um olhar de amor e nostalgia, enquanto a rainha Hyluna, sua amada esposa, tomava seu café, um leve sorriso em seus lábios.

De repente, um tremor percorreu o corpo da rainha. Seus dedos, antes firmes ao redor da xícara, se afrouxaram, e a porcelana fina caiu sobre a mesa com um estrondo seco. A rainha Hyluna, antes tão radiante, se inclinou para frente, seus olhos arregalados e cheios de um terror silencioso. Um grito abafado escapou de seus lábios, antes que sua cabeça se inclinasse para frente, sua pele pálida se tornando ainda mais lívida.

O rei, com o coração batendo forte no peito, a amparou, o pânico congelando seus movimentos, seus olhos arregalados de terror. O dourado radiante do sol pareceu se transformar em um tom opaco, enquanto o riso de Radassa se transformava em um murmúrio de medo. Os servos, alarmados, correram para o local, chamando o mordomo e, em seguida, enviando um mensageiro em disparada para buscar o médico da corte.

Hayla e Maressa, atônitas, observavam a cena, a alegria de seus rostos substituída por uma profunda preocupação.

A doença da rainha se espalhou como um incêndio, consumindo o castelo e, por fim, o reino. Médicos de todas as terras foram chamados, mas ninguém conseguia decifrar o mal que a afligia. O rei, abatido pela dor e impotente diante da doença de sua amada, parecia envelhecer a cada dia que passava.

Após a morte da rainha Hyluna, o rei se fechou em seu quarto, mergulhado em um mar de tristeza e culpa. O castelo, antes vibrante e cheio de vida, se tornou um lugar silencioso e sombrio. Hayla, a mais velha, sentindo a dor da perda da mãe, resolveu se alistar no exército, buscando consolo e propósito em meio à tristeza. Radassa e Maressa, as irmãs mais novas, ficaram devastadas com a perda da mãe e com a partida de Hayla, mas se esforçaram para manter a esperança, buscando forças para ajudar o pai e o reino.

O reino, antes próspero e vibrante, mergulhou em um luto profundo. Bandeiras ficaram a meio mastro, e os risos foram substituídos por sussurros e lágrimas. A morte da rainha Hyluna, um símbolo de força e alegria, deixou um vazio imenso, um buraco negro que ameaçava engolir LorkÈvora.

Em meio à tristeza, a ambição dos nobres começou a florescer. Sem a rainha para conter suas ambições, eles se agitaram como lobos famintos, disputando poder e terras. O rei, fragilizado pela dor e pela responsabilidade de governar um reino em crise, não conseguia conter a crescente onda de ganância que ameaçava destruir tudo o que a rainha Hyluna havia construído.

Mesmo meses depois que a Rainha Hyluna morreu, o Rei Henry continuava devastado. Ele não tinha mais vontade de fazer nada, ficava apenas sentado no jardim que sua esposa havia plantado sozinha e, com suas próprias mãos. O que parecera loucura na época, fez os dois se apaixonarem profundamente. Lembrando-se de sua história, ele sorri enquanto encara o jardim. O cheiro de rosas o levou de volta ao dia de seu casamento.

Dezessete anos antes, o Rei Henry não sabia nada sobre sua futura esposa. O casamento de um rei era um acordo político, uma união para fortalecer o reino, não uma união de corações. Sua mãe, a rainha Nabine, havia organizado tudo, sem lhe dar a chance de conhecer Hyluna. Mas gostaria de pelo menos ter sido apresentado a ela antes, e não simplesmente ter sido informado que sua esposa estava à espera na Igreja, para a cerimônia religiosa. Pensando no bem do reino ele se arrumou e foi... em menos de 2 horas já estava oficialmente casado, e o Reino tinha sua Princesa consorte. Era como se tudo tivesse acontecido ontem, depois da cerimônia, haveria um jantar de comemoração, ao qual ele fugiu, queria conversar com ela pela primeira vez depois do, sim, mas, chegando ao quarto, ele ouviu.