13 Capítulo

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  Sonho com alguma coisa louca que não me recordo assim que abro os olhos. Fico um tempo sem entender onde estou, até me virar e ver Damon. Ele dorme de um jeito tão lindo, sereno. Passo minhas mãos pelo seu cabelo, acariciando. Ele me abraça forte ainda dormindo, então seus olhos se abrem. Só que parecem vagos, como se ele não estivesse ali. Ele se senta, e vejo que ta de pau duro, fico sem entender, então me sento ao seu lado. Coloco minhas mãos no seu ombro.

     Damon se vira para mim, ainda com o olhar estranho. Ele se levanta na cama e vem pra cima de mim, me jogando na cama com força, sinto um medo, pois sei que não é ele e que está sonhando.

- Gosta disso? - Damon diz olhando para mim, mas como se estivesse falando com outra pessoa - Eu sei que você gosta, lembra quando você brincava comigo? Agora posso brincar também?

     Ele se abaixa para meu pescoço, e começa a beijar. Então fico mais relaxada, até que sinto ele morde forte. E sinto uma dor enorme. Empurro ele mas não adianta.

- Acorda - Digo para Damon.

   Ele para de morde, então fica de joelho no meio das minhas pernas. Seu pau está encostando na minha entrada, e parece que ele se tocou agora, sua mão vai para ela, e começa a acariciar, seus olhos se fecham. Mas não consigo ficar excitada, estou com medo. Tento sair, mas ele prende minhas pernas. Sua mão vai para seu pênis, ele começa a acariciar, de um jeito como se quisesse tira-lo. Aproveito para sentar de frente para ele. Damon fecha os olhos novamente em meio a excitação e parece estar sentindo dor.

- Damon? - Chamo ele, mas ele não me escuta. É como se estivesse em transe.

    Coloco minha mão por cima da sua, e ajudo ele a se masturba, fazendo ir com mais calma. Os olhos dele novamente se abrem. Mas ainda não está ali, parece preso em um universo paralelo.

- Você brincou tanto comigo - Ele diz com a voz sofrida - Agora esses demônios não saem de mim. Eu não quero viver assim pra sempre, me deixa ser feliz. Por que você fez isso comigo? Eu nunca fui ruim para você. Deixa eu ir embora.

     Os olhos de Damon começam a sair lagrimas, no começo é pouco, mas depois é como se estivesse chorando a morte de alguém. Fico arrasada com o que vejo, ele ta tão solitário ali. Sinto um carinho, uma vontade de ajuda-lo. Então começo a dizer.

- Você não fez nada Damon - Ele parece está ali - Você é maravilhoso...

- Então por que brincou comigo? Eu não sabia de nada.

- Porque fui Idiota - Digo sentindo lagrimas saírem dos meus olhos, sabendo que ele também teve problemas na infância, assim como eu.

- Eu era tão novo...

   Não aguento mais ouvir seu sofrimento. Beijo seus lábios, devorando ele. No começo ele não retribui mas depois sim. O beijo é quente e vejo que Damon parou de se tocar, suas mãos estão na minhas costas. Então depois de um tempo ele se afasta, seus olhos estão confusos.

- Ainda bem que você acordou - Digo para ele, abraçando-o. Sinto lagrimas nos meus olhos e não sei exatamente porque to chorando.

- O que eu fiz? Eu machuquei você? - Damon me afasta para me olhar, seus olhos vão para meu pescoço e então sinto umas fisgada ali.

- Não faz essa cara - Olho para ele, seus olhos estão estranho, como se estivesse com ódio de si próprio.

- Eu machuquei você, desculpe - Damon diz tentando levantar. Mas seguro suas mãos

- Não quero que se desculpe ouviu? - Digo agora colocando a mão no seu rosto para que olhe meus olhos - Você era pequeno...

- O que eu falei pra você? - Vejo o desespero na sua voz

- Calma, não disse nada demais. Mas sei que não é culpado.

- Você não sabe de nada.

- Não quer me explicar?

- Não - Damon diz rápido - Não falo sobre isso.

- Eu também não falava sobre...

- Não vou dizer nada, ainda mais para você Katherine. Você disse porque você quis... - A forma que ele fala é como se quisesse me afetar.

- Ta tentando me afastar?

- To tentando nada. Foi um erro você ter ficado, eu não sei onde estava com a cabeça ontem. Não sei porque resolvi trazer você pra cá - Seus olhos estão diferentes. E sinto um soco no estômago quando escuto essas palavras.

- Você sempre faz isso?

- O que?

- Afasta as pessoas quando elas descobrem..

- Você não sabe de nada. Só porque você foi abusada quando criança não significa que todos são como você.

   O jeito que ele diz você, é como se eu fosse nada.  Me levanto na sua cama, sem ligar por estar sem roupa, procuro as minhas, mas só acho o sutiã. Vejo minha roupa que vim na cadeira. Vou até ela e começo a vestir a calça.

- Desculpe - Damon diz vindo até a mim - Eu não queria dizer isso...

- Eu quero que você vá para a Merda seu escroto. Agora você me da a chave do seu carro ou sei lá, da seu jeito. Vou pra minha casa.

- Eu juro Katherine que não queria dizer do jeito que disse.

- Você nunca quer não é? - Digo virando para ele, fechando a calça. Ele está com o moletom de ontem já, caminho até ele - Você acha que pode magoar quem quiser. E por que? A já sei. Porque você é o Dominick, o empresario rico, que consegue tudo o que quer e que acha que tem direito de ser ruim com qualquer um. Eu achava realmente que você merecia meu carinho, que você fosse diferente. Mas pelo o que vejo realmente ter transado com você foi o maior erro da minha vida, mas como diz o ditado é errando que se aprende.

    Volto para a cadeira pego minha blusa e saio do quarto, como um furacão. Escuto Damon atrás de mim, mas não me viro. Desço as escadas correndo, e passando pela sala vejo a chave do range. Pego e me viro para ele, andando de costa para a saída da garagem.

- Espero que não se importe de pegar seu carrinho. Espero também não amassar ele de proposito.

   Damon continua vindo na minha direção, seus olhos são um misto de confusão, o azul está diferente. Corro para a porta e abro, vejo o range e vou logo subindo para o volante, bato a porta. Estão ele passa pela porta da garagem. Seu olhar fulminante.

- Sai do carro e me escuta - Seu tom é autoritário, dou dedo do meio para ele e ligo o carro - Não sou Lucien, Katherine. Não vou abrir a garagem para você.

- A não vai? - Digo rindo - Não tem problema, o range passa pela porta tranquilo.

- Você não vai fazer isso...

- Você não me conhece.

    Vou com o carro em direção a porta da garagem. Piso no acelerador, o range passa arrastando a porta da garagem, olho Damon pelo retrovisor, ele ta com os braços cruzados surpreso com o que eu fiz, mas sem mostrar raiva. Abro a janela e coloca a cabeça para fora antes de dirigir para casa.

- Espero que ele não esteja muito amassado - Digo rindo, a risada de ódio e de sarcasmo - A esqueci que você pode pagar por outro. Tchau Damon.

   Então começo a acelero o carro, alguns vizinhos fofoqueiros, estão observando o que eu fiz, a porta da garagem está jogada no quintal na casa dele, quase na saída. Vejo ele saindo de casa, coloco a cabeça para fora do carro olhando os vizinhos que parecem assustados com a confusão.

- Desculpe pessoal, pelo show. Mas aqui é muito morto, não se preocupe, já to indo embora. É que faz pouco tempo que sai da clínica e pelo o que vocês estão vendo, ainda não sou totalmente equilibrada. Bom dia ou boa tarde, não sei nem que horas são - Grito para eles e piso no acelerador.

   No volante quando já to mais longe da casa dele, começo a rir, sem parar. Depois começo a ficar nervosa, que loucura foi essa que fiz? Se ele quiser ele acaba literalmente com minha vida, mas algo me diz que ele não vai fazer isso.

  

Alucinante demaisOnde histórias criam vida. Descubra agora