30 Capítulo

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- Você ta maluca? - Falcão diz, depois que abro os olhos, estou sendo levantada do asfalto por ele e escuto Damon discutir por isso, Falcão me coloca sentada onde estava antes - A sua cabeça da sangrando aqui, você ta bem?

   Sinto a mão dele ir no machucado próximo a nuca e então sinto uma fisgada, mas me sinto normal. O que mais está me matando é toda essa história, abro os olhos e observo os olhos de Falcão. Damon veio pra cima de mim quando um carro estava vindo, porém não com a pressão necessária, só senti outra pessoa se jogar nele que me empurra pra longe, me fazendo cair junto com os dois no asfalto onde o carro passa em alta velocidade em nossa frente.

- Estou bem - Digo olhando seus olhos e um tanto impressionada por ele se importa em correr atrás para me salvar de ser atropelada. Levanto rápido demais e então fico tonta, volto a sentar.

- Você precisa ir no hospital ver se ta tudo bem.

- To bem. Mesmo depois de vocês me empurrarem que nem dois rinocerontes.

- Preferia ser atropelada? - Falcão diz olhando meus olhos, então levanta meu queixo, olho pro lado e vejo Damon me observando, ele ta confuso e desesperado. O que não é o tipo dele. Volto a olhar Falcão que observa meus olhos, depois solta meu queixo.

- Parece ta tudo bem - Ele diz. Levanto novamente, minha cabeça doendo, to com tanto ódio que a dor não é tão ruim.

- Ta indo pra onde? - Damon pergunta quando me levanto, olho seus olhos com a pior cara que consigo fazer.

- Pra puta que pariu, conhece? - Digo e começo a andar em direção a minha casa.

   Pessoas do outro lado da rua estão observando a gente, mas agora como viram que a confusão acabou, então se misturando. Meu passos são lentos, mas consigo ir tranquila. Quando estou bem afastada, escuto alguém atrás de mim e pelos passos eu já sei quem é.

- Ta fazendo o que? - Digo me virando e vendo seus olhos azuis - Como devo te chamar? Damon ou Dan?

- Sua bolsa..

- A claro - Digo indo até ele e pegando minha bolsa, mas antes dou um tapa bem forte no seu rosto, um casal de velhinhos passam por nós e olham assustados, começam a andar pro lado oposto - Você é um filho da puta.

- Eu merecia isso - Damon diz, virando o rosto pra mim. A marca de minha mão desenhada na sua linda bochecha.

- Sabe o que você merece Damon? - Digo me aproximando dele e falando no seu ouvido - Merece que apaguem mil cigarros em você, depois te usem e te batam. Gosta disso? Acho que você se lembra.

- Eu não fiz isso - Damon então segura meu braço forte e me puxa para um canto, onde não tem como ninguém ver nossa conversa.

- Quer me machucar mais? - Digo olhando sua mão apertando meu braço - Porque ta conseguindo.

- Desculpe - Damon solta meu braço e então olha para mim - Eu juro que não queria fazer aquilo, eu não sabia que Falcão era ele e nem me lembrava de você.

- Quantas você já fez isso? - Digo fechando os olhos - Bem fácil de esquecer né?

- Eu não estava bem naquela época.

- Quando contei para você o que aconteceu você ficou todo raivoso. Quando te contei que me usaram você não demonstrou nenhum sentimento.

- Naquele dia eu não estava sóbrio, eu tinha bebido muito e tinha usado drogas.

- A mentira? - Dou uma risada irônica - Agora você vem me dizer que usa drogas?

- Não uso mais...

Alucinante demaisOnde histórias criam vida. Descubra agora