O Que Pode Acontecer Em Uma Viagem (Pausada)

Capítulo 12

Ainda me assusto com o jeito que Stiven me trata, é inevitável não pensar que ele só esteja brincando comigo, depois do John eu nunca mais confiei que alguém pudesse realmente gostar de mim. Eu pareço bem e tudo mais com o que e o jeito que falo com Stiven, mas a verdade é que sempre tem aquela dúvida. Tento acreditar que realmente é verdade tudo o que ele me diz, mas não é tão fácil. Ele diz que me ama e inconsequentemente me lembro de quando John fazia o mesmo, parecia verdade seus olhos brilhavam intensamente ao praticar essa ação e só de imaginar que um dia pude acreditar em todas as suas mentiras me da muita raiva, estou cada vez mais confusa, não sei mais em que ou quem eu posso confiar e acreditar. Talvez eu realmente esteja ficando louca como Davi um antigo amigo opinou, talvez eu deva ir a um psicólogo enquanto ainda não é caso de hospício, bem.. eu acho. Eu não confio mais nem em mim mesmo. Sei que muitas vezes pareço uma garota forte que não passa por muitos problemas assim, mas a verdade é que desde a morte de meu pai eu venho tendo surtos constantemente e preciso tomar remédios controlados. Minha mãe sempre conversa comigo para ver o que pode fazer, já passei por psicólogos e até mesmo psiquiatras os quais só me tornaram pior.

Stiven: O que tanto pensa? - Stiven está a minha frente sentado no banco de frente pro mar.

Eu: Nada. - Sinto minha voz soar amargurada enquanto não permito as lágrimas cair.

Stiven: Megan vc pode confiar em mim, eu sou seu namorado. Estou aqui para te ajudar.

Eu: Não é.. nada! - Respondo me controlando para não ser rude e nem gritar com ele ou até mesmo avançar, eu não gosto de saber que a qualquer momento eu posso machuca-lo ou algo pior. Será que eu deveria me internar só para manter todos seguros longe de mim?

Stiven: Tudo bem, eu não vou insistir, mas agora eu quero ver um sorriso nesses seus lábios lindos. Eu te amo Megan. - Mais uma vez travo tentando acreditar em suas palavras.

Eu: Eu também te amo, muito. - Digo a total verdade, eu realmente o amo. Seus lábios se juntam aos meus e por um momento esqueço de todos os problemas.

[...]

Stiven: Está longe.. distante. Eu queria muito que você me falasse o que te encomoda. - Diz sentado na cama junto a mim.

Eu: Essa cabana é linda, não?

Stiven: Megan eu posso te ajudar, me deixe ajudar você. Por favor?

Eu: Stiven.. - Sussuro cravando as unhas na palma da mão.

Stiven: O que ta fazendo? Me deixe ver.- Toma minhas mãos para si as encarando sério. - Por que fez isso? Sente prazer em se machucar?

Eu: Não sei, talvez eu sinta. - Falo em um tom meio irônico.

Stiven: Tudo bem, então.. eu vou te deixar um pouco sozinha. - Ele se direciona para fora da cabana. Droga! Dou um murro no travesseiro.

Eu: Se balançando? - Sorrio ao vê-lo no balanço do jardim.

Stiven: Não é só as mulheres que podem se balançar.

Eu: Claro, não foi isso que quis dizer. Eu só tava querendo puxar assunto.

Stiven: Ata. - Foi só o que ele disse.

Eu: Desculpe se fui grossa, mas é difícil pra mim.

Stiven: E você acha que não é difícil pra mim te ver se machucando?

Eu: Não posso me controlar. Esquece isso. - Me aproximo deixando um beijo em seu pescoço.

Stiven: Megan, você não está na sua sã consciência.

Eu: Claro que estou. Por que não iria querer você em sã consciência? - Ele da de ombros e o puxo de volta para a cabana - Me faça esquecer de todos os problemas. - Stiven hesita um pouco antes de vir para cima de mim.

[•••]

Eu: Não me deixe te machucar, nunca!

Stiven: Amor, não fala besteira.

Eu: Eu to falando sério.

Stiven: Mas nem de brincadeira? - Pergunta rindo.

Eu: Ninguém é machucado de brincadeira, Stiven.

Stiven: Que tipo de machucar? Psicológico, sentimental ou físico?

Eu: Qualquer um deles. Quer tomar banho comigo?

Stiven: Sério que ta perguntando? - Me olha incrédulo.

Eu: Sim, por que?

Stiven: A gente toma banho juntos todos os dias então nem precisa perguntar mais.

Eu: Ah, talvez você ainda tivesse chateado. - Stiven me guia até o banheiro onde tomamos um banho relaxado com várias carícias. - Eu acho que vamos embora próxima semana.

Stiven: Como? Você vai me deixar? - Dramatizou me abraçando.

Eu: Eu não vou deixar você. Lembra que você vai me visitar e eu venho também?

Stiven: Posso ir morar com você?

Eu: Até poderia, mas temos que nos acostumar um pouco com a ausência um do outro e outra que você não gostaria nada de morar com nós.

Stiven: Mas moramos juntos há algum tempo.

Eu: Temos que esconder nossos problemas, né? Mostrar que somos uma família "normal".

Stiven: E qual o segredo assustador que essa família sombria carrega? - Zomba.

Eu: Tudo bem, se quiser pensar que to brincando.

Stiven: Ta, mas falando sério agora qual é o segredo assustador de vocês?

Eu: É segredo e não posso contar. Te amo. - Deito sobre seu peito fechando os olhos.