Era um final de semana qualquer, mas a família de Freddie tinha saído para conhecer a Escócia, ele acabou ficando com a desculpa de que tinha provas importantes para a semana seguinte, o que era mentira. Seu pai sabia que não era confiável deixar o filho cuidando da casa nem para ir na esquina, o que era verdade, em cinco minutos Freddie podia montar uma festa com cerca de 100 pessoas, ele tinha um dom e desde que a banda começou a fazer sucesso entre os colegas seu círculo de conhecidos havia aumentado relativamente muito. As pessoas do colégio o rodeavam como planetas em volta do Sol, o que era outro dom de Freddie ele chamava muita atenção, usava roupas extravagantes, tinha 4 dentes a mais e uma cabeça meio grande, mas totalmente dura que chamavam mais atenção com os cabelos longos. Porém mesmo rodeado de pessoas novas sabia quem eram seus verdadeiros amigos.
Ele se encontrava deitado na poltrona de casa vendo Roger e Brian levar a mesa de um lado para o outro enquanto discutiam onde melhor se encaixava.
-Eu não acredito que você não vai levantar seu traseiro dessa poltrona e ajudar a gente, a festa é sua! -Freddie o olha e levanta num pulo.
-Exatamente, minha festa, minha casa. Já contribui mais do que suficiente! John tire as porcelanas da prateleira, se isso quebrar mama Bulsara corta minhas preciosas cordas vocais. -John para de tocar o baixo e o olha em tédio. Freddie fecha a porta e sai sem dar satisfação, como sempre.
-Ele só pode estar de brincadeira. -Roger fala soltando a mesa.
-Só pode mesmo... -Fica um grande silencio na sala e John completa. -Afinal quem sai sem um casaco essa hora da noite, ele vai pegar um resfriado.
Roger e Brian o encaram.
-Inacreditável. -Fala Brian fazendo um não de leve com a cabeça e soltando o outro lado da mesa.
Freddie fez o trajeto de sua casa até a de Mary, afinal que tipo de namorado ele seria se não a buscasse? Parou na frente da janela e tacou uma pedrinha, mas era óbvio que Freddie errou no conceito dele de pedrinha, ouviu o estilhaçar da janela de Mary e ela gritar "FREDDIE" com seu sotaque britânico irritado, ele segura a risada e a espera na frente da porta com as mãos no bolso, ela desce arrumada e com um casaco extra.
-Não sei como ainda não pegou um resfriado. -fala ela colocando um casaco nele. -Isso vai acabar com suas cordas vocais, ou pior. -Freddie levanta as sobrancelhas e a puxa pela cintura.
-O que pode ser pior do que perder a voz?
-Morrer.
-Absolutamente não! -Ele solta uma risada e dá um selinho rápido nela. Começam a caminhar pela rua abraçados. -Afinal seu pai não brigou com você pela janela brigou?
-Ele ainda não viu.
-Mary você ouviu o barulho que aquela pedra fez ao bater na sua janela? -Mary começa a dar tapas no ombro dele. -Ai que que eu fiz!
-Não acredito que você esqueceu que meu pai é surdo!
-Eu nã... -Ele para de falar e decide que é melhor fingir que tinha esquecido.
Continuam andando e rindo, as pessoas que passavam podiam até acreditar que estavam bêbados, eles riam tanto que de vez em quando perdiam o equilíbrio, de vez em quando se esbarravam e riam mais ainda. Eles com certeza estavam apaixonados.
Freddie chegou com Mary e para sua surpresa a casa já estava cheia. Dava para escutar do lado de fora, não muito alto, mas nem muito baixo, Brian May tocar guitarra e levar os adolescentes bêbados a gritarem feito loucos. Era compreensível, em toda a sua vida Freddie nunca havia visto alguém tocar como Brian, tocar com a alma.
A porta foi aberta com um pouco de dificuldade por causa da quantidade de pessoas concentradas na casa, Freddie não queria nem ver o conceito de Roger de "arrumar", mas não haveria problemas se as porcelanas estivessem guardadas, e por sorte estavam. Roger vem em direção a Mary com um cigarro na boca e a abraça.
-Quanto tempo Mary! -Ele poe as mãos no ombro dela e a balança de leve. Freddie dá dois tapinhas no ombro de Roger e pede licença. Vai entrando na própria casa em direção a cozinha, era impossível andar sem acidentalmente esbarrar em alguém.
Chega na cozinha, abre a geladeira e pega uma cerveja. Fecha a porta e... Era para ele estar surpreso, mas já tinha se acostumado com o sexo masculino dando em cima dele. Um garoto com óculos finos o encarava de forma nervosa, ele mexia nas mãos de forma ansiosa , ele ajeita o óculos com um empurrãozinho de leve com o indicador, ele abre a boca algumas vezes para falar.
-Oi... -O garoto fala um pouco assustado. Freddie abre a cerveja e toma um gole, apenas fica olhando para o garoto esperando ele falar mais alguma coisa. -Eu sou...
Freddie havia parado de prestar atenção e olhava para o outro lado da sala, onde Mary dançava balançando todo o seu corpo, ela o olha dá uma piscadinha e aponta para cima. O sinal era claro e ela já se encaminhava para as escadas. O garoto agora o olhava encarava.
-É... se você me der licença irei fazer a minha segunda coisa favorita. -Freddie dá dois tapinhas nas costas do garoto e começa a sair da cozinha.
-E qual é? -O garoto grita acima da música.
-Sexo. -Fala Freddie alto, mas apenas o garoto havia escutado, ele vira para acenar e ir embora e percebe algo diferente, o garoto era bonito, de um jeito diferente mas bonito. -Qual seu nome?
-Paul Prenter.
-Foi um prazer Paul. -Freddie acena e começa a cruzar a sala com pressa, sobe a escada de dois em dois degraus e some do campo de visão das pessoas. Era só o início do fim.
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I Was Born To Love You
FanfictionFreddie resolve montar uma banda chamada Queen, virando sua vida de ponta a cabeça bem no meio do ensino médio.