Prenter.

223 25 49
                                    

Freddie parou na porta do endereço que o papel dizia, seu corpo estava molhado de suor e chuva, havia começado a chover fazia uns cinco minutos, em seu corpo corria adrenalina e ele estava pronto para fazer uma das maiores loucuras, o mesmo tempo que seu corpo fervia ele tremia de medo. Ele toca a campainha. Paul abre a porta, estava com uma calça apertada e sem camisa, não era possível que esse garoto não sinta frio, foi o que Freddie pensou.

Mas a verdade era que Paul sabia que Freddie iria procurá-lo. Era inevitável, Freddie havia bebido tanto no dia da festa que ele iria atrás da verdade, seja ela qual fosse e qual seja. Paul era a primeira experiência gay de Freddie é claro que ele ia correr para quem iria entendê-lo e não para Mary, foi isso que o destino escolheu.

-Olá... -Paul fala após abrir a porta, agora ele estava escorado no canto da porta com os BRACOS cruzados.

Freddie não falou nada, a chuva havia aumentado e sua única reação foi puxar Paul para fora da porta pela cintura e o beijar. Foi um beijo romântico, longo e molhado, já estava tarde, ninguém podia ver eles juntos, não havia perigo e não havia perigo que Freddie não enfrentaria para ser quem era. Paul estava com as duas mãos no rosto de Freddie e o beijo parecia até um pouco desesperado e cheio de desejo. Eles escutam alguém pigarrear na porta e Freddie torce para não ser os pais de Paul e não eram, era um garoto baixo e um pouco musculoso, mas Freddie não deu muita atenção isso não importava no momento, Paul estava olhando o outro garoto que estava na porta, mas Freddie virou o rosto dele e colou suas testas, olhou no fundo dos olhos de Paul e não sentiu mais tanto medo, nem tanta pressão, ele não estava sozinho. 

-Me encontra no pub em meia hora. -Sussurra Freddie o dando um longo selinho e saindo correndo.


Freddie chega correndo no pub, ele precisava encontrar com os outros garotos da banda, Deaky iria querer matá-lo e Brian o daria um sermão, ele estava fudido. Por sorte não foi difícil achar Roger, ele estava brigando com um segurança que não queria deixar ele entrar no banheiro masculino. Freddie não culpava o segurança afinal Roger estava com um blazer tão longo e uma calça tão apertada que não dava para perceber se ele era de fato homem. Roger e o homem, que diga-se de passagem era quatro vezes maior, estavam em uma discussão calorosa, que precisava acabar. Freddie se aproxima e encosta no ombro de Roger que ainda tentava convencer o homem de que ele não era uma mulher.

-O que está acontecendo? -Pergunta Freddie olhando para os dois.

-Esse homem não acredita que eu não sou uma mulher e não quer deixar eu usar o banheiro! Isso é um absurdo! Eu já perguntei se ele não queria ver meu pênis, mas acho que ele está com medo de se apaixonar. -Essa parte final ele fala encarando o segurança de forma ameaçadora. Freddie segura a risada, essa era uma das melhores cena de sua vida e ele duvidava que algo poderia superá-la. -Freddie dia a esse bastardo que eu sou um HOMEM! 

Freddie olha Roger com uma cara confusa, ainda estava com a mão no ombro do amigo.

-Não sei do que você está falando Rogerina? Já deve ter bebido muito, vamos, temos um show para fazer. -Fala Freddie com um sorriso sacana e bate na bunda do colega, isso só fazia o segurança acreditar mais ainda de que Roger era na verdade Rogerina. Ele saiu andando deixando o amigo para trás e só conseguindo escutar ele xingar Freddie até a quinta geração de sua família.

Freddie abre a porta do pub, ele se deliciava com a situação do colega, mas seu sorriso se desfez quando ele esbarrou com Mary, ele a amava? Com toda a certeza do mundo, ela era sua melhor amiga, sua alma gêmea, o conhecia melhor do que ninguém, seu sorriso não se desfez por vê-la e sim pela culpa que pesava em Freddie. Atrás de Mary estava Paul e na frente de Paul e Mary estava Freddie, mais confuso do que o habitual.

-Oi. -Ela sorri de forma meio triste, Freddie se vê na obrigação de animá-la, ele sabia que além de estar fazendo um bando de merda pelas costas dela, ele também havia feito pela frente, fazia dois dias que Freddie não dava nenhum sinal de vida para Mary, ela tinha todo o direito de ficar magoada. 

-Oi meu doce. -Ele beija a testa dela e a acolhe em seus braços, os olhos de Freddie começam a embargar, ele sabe onde tudo isso iria dar, mas não podia admitir para si, não podia perder Mary, ela era tudo para ele. -Eu vou fazer o melhor show de toda a minha vida e ele vai ser dedicado a você Mary, o amor da minha vida. Hoje e para sempre. 

Freddie a soltou e foi para o palco que ainda estava escuro, ele chegou a tempo de apenas ver Roger ajeitando seu pênis na calça, ele queria não ter visto essa cena. As luzes acendem e era hora de ser o outro Freddie.

O show havia sido incrível e por mais louco que fosse o público havia gostado de  I'm in Love With My Car. Roger estava mais feliz que tudo e essa era uma das cenas mais adoráveis que se podia ter, Deaky iria dormir na casa de Freddie essa noite o que significava que nem Mary nem Paul iriam ficar lá pela noite e isso era bom. Mary ao final do show foi dar os parabéns pelo show, parabenizou todos, ela simplesmente era a pessoa mais simpática que ele já havia conhecido, logo depois Paul veio, Paul foi apresentado para Mary e por sorte Roger não estava no momento. Estava ficando tarde e eles precisavam ir embora. 

Freddie e Deaky cruzaram a porta e esbarraram com Roger conversando com o segurança, eles se aproximaram de Roger e o esperaram um pouco a frente. Mary estava com Freddie e eles conversavam normal, como se nada estivesse acontecendo. Roger vai correndo na direção deles e sussurra.

-Vamos logo. -Fala ele apressando o grupo.

-O que você fez? -Deaky pergunta preocupado, ao fundo o segurança tomava um gole de cerveja. E demorou cinco segundos para o mesmo cuspir tudo e começar a gritar por Roger que gargalhava, mas o segurança vinha atrás dos quatro que começaram a correr.

-O que que era aquilo? -Pergunta Freddie gritando, correndo e rindo.

-Urina. -Grita Roger rindo.

E aquele momento podia ficar congelado para sempre, os quatro rindo e correndo do segurança, não haveria memória melhor.

I Was Born To Love YouOnde histórias criam vida. Descubra agora