Paul The Problem, Roger the Solution.

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Freddie sai da cabine do banheiro ajeitando a calça, ele se olha no espelho e ajeita o cabelo, que agora estava curto, ele ainda estava se adaptando com o novo cabelo. Paul estava sentado na privada totalmente cansado, ele não tinha forças nem para levantar. Não era culpa de Paul, tadinho, de vez em quando Freddie podia ser bem violento e autoritário quando se tratava de sexo, Paul havia gostado, mas estava arruinado, seu corpo parecia estar entrando em colapso além do fato de estar doendo em todas as partes imagináveis, ele tinha marcas de mão por toda a bunda e tinha arranhões pelas costas e essa era a parte mais tranquila, o pior e melhor de tudo é que Freddie demorou dois tempos inteiros para terminar o que estava fazendo, o é cerca de uma hora e meia inteira de atividade física frenética.

-Paul meu querido levante dai. -Fala Freddie na frente da porta aberta da cabine, Paul não estava nem vestido.

-Freddie... -Paul fala fazendo longas pausas para respirar. -Eu achei... Que seria algo... Rápido.

-Esse é meu rápido docinho. -Freddie pisca. -Vou sair ante para não desconfiarem okay? 

Freddie não sabia como ninguém havia entrado naquele banheiro por cerca de dois tempos inteiros. Mas talvez fosse bom deixar esse mistério no ar.

Freddie chegou para o último tempo destruído e cheirando a sexo, o professor de física o encarou, mas não fez nenhuma pergunta, Freddie apenas foi para o seu lugar e começou a anotar fórmulas em seu caderno.

Os períodos de aula haviam acabado e Freddie poderia finalmente voltar para casa, ele estava com sono, não por ter feito algo que exigisse esforço, mas por estar cansado de estar acordado, acontecia muitas merdas acordado e ele odiava todas. Talvez ele saísse de noite com Paul para conhecê-lo melhor.


A noite chegou rápido e Freddie se arrumou o melhor possível, era seu primeiro encontro com um garoto é claro que estava nervoso, afinal do que eles iam falar? Paul parecia ser realmente um cara legal que se preocupava com ele, talvez fosse fácil manter uma conversa. Freddie desceu as escadas, seus pais estavam jantando junto com sua irmã, os três olharam para ele, sua mãe sorriu.

-Está bonito Farrokh, está indo encontrar Mary? -Freddie ainda não tinha contado e muito provavelmente não iria.

-É claro... -Fala olhando para as mãos, força um sorriso e sai. Freddie deixa umas lágrimas caírem ao longo do caminho, ele sentia que como filho precisava contara verdade, mas por dentro ele não se sentia confortável para fazer. Ele precisava de distração e talvez fosse o que Prenter era... Uma distração.

Freddie chegou até a casa de Paul com uma flor na mão, ele não sabia se seria apropriado, mas acabou levando, era o mínimo que podia fazer. A porta estava um pouco aberta, Freddie tocou a campainha, ninguém respondeu, ficou parado na porta até que escutou um barulho e alguém caindo no chão. Freddie abriu a porta pedindo licença, mesmo que não tivesse ninguém para de fato repreendê-lo por entrar na casa, era mais como se fosse Freddie pedindo desculpa para a casa por estar entrando sem autorização.

Freddie continuou entrando, ouviu duas pessoas numa luta corporal, era grunhido e batidas.

-Seu bastardo mentiroso! -Alguém grita lá dentro. Esse alguém era Roger com sua voz impossível de não ser reconhecida. A cabeça de Freddie não conseguia juntar os fatos, o que Roger fazia ali? Freddie dá uma espiada, pois até o atual momento não havia tido coragem de olha a cena, Roger estava em cima de Paul segurando a gola da camisa e gritando com ele. Roger tinha um arranhão no rosto e Paul tinha um olho levemente roxo. Era hora de intervir.

-O que está acontecendo aqui? -Freddie pergunta aparecendo chocado e com um rosa na mão, com certeza não era uma boa hora. -Roger o que você está fazendo aqui? E melhor ainda o que você faz batendo em Paul? -Roger solta Paul. -Expliquem-se agora.

Paul olha Freddie ainda um pouco chocado.

-Seu amigo é louco Freddie! -Roger revira os olhos, Freddie sabia que Roger era louco.

-Ele pode até ser louco... -Roge olha Freddie com uma cara de perplexidade.

-Eu não acredi... -Freddie estende as mãos em sinal para Roger ficar quieto.

-Mas ele não é uma pessoa agressiva, para ele fazer isso eu devo te perguntar... O que você fez? -Roger solta uma risadinha, Freddie era esperto, muito esperto.

-Eu não...

-Ah pelo amor de deus! -Roger se levanta puto. -Ele é um mentiroso Freddie é isso que ele é. Esse rato, ele mentiu o tempo todo, eu vou te contar o que realmente aconteceu naquela noite. Você estava muito bêbado, pediu para Paul te ajudar a deitar, ele te ajudou a deitar e como estava tarde ele deitou com você. Por isso que eu digo que vocês dormiram juntos.

-Então... A gente dormiu juntos. -Fala Freddie. -Isso eu já sabia.

-Não seu idiota! Vocês SÓ dormiram juntos, dormiram de deita e apagar.

Essa era uma bomba que acabava de cair sobre Freddie, então... Ele nunca havia traído Mary, na verdade ele havia traído Mary, mas por ter pensado que a havia traído antes, toda essa merda estava acontecendo por culpa de Prenter e sua mentira. Freddie estava magoado e com raiva, ele precisava sair dali.

-Eu vou... Eu vou embora. -Fala Freddie distante, ele parecia meio perdido, mas na verdade ele estava totalmente perdido. Ele se vira e vai embora. Roger vai atrás dele e Paul tenta ir também.

-Eu juro que se você chegar perto dele de novo eu te mato Paul. -Ameaça Roger e dessa vez ele realmente soava ameaçador. 

-Freddie eu te amo! -Grita Paul da porta. 

-Vá se foder! -Grita Freddie dando dedo do meio sem olhar para trás. Roger virou para dar dedo do meio também e acompanhou Freddie.


Freddie estava em casa agora com Roger, seus pais provavelmente já estavam dormindo e sua irmã não iria se importar em ver Roger, afinal ele era quase da família. Freddie foi o trajeto inteiro sem falar uma palavra e isso preocupava Roger. Freddie subiu as escadas correndo e foi direto para o quarto, claro que Roger o seguiu, todos os dois tinham aquela sensação de que estavam prestes a desmoronar, seja eles quem for.

Freddie deitou no colchão apenas com um short, colocou suas mãos juntas debaixo da cabeça e aproximou suas pernas do corpo e começou a chorar. Roger odiava ver aquela cena, ele estava acostumado com o Freddie sorridente, o Freddie que não tinha medo de nada, o Freddie debochado e o Freddie que tinha milhares de características alegres e animadas. Roger tirou os sapatos e a blusa, jogou-os em um canto qualquer e deitou ao lado de Freddie, mas diferentemente do amigo Roger pegou um travesseiro e puxou Freddie para deitar em seu peito, céus, Freddie chorava e tremia, Roger apenas ficou lá o abraçando e fazendo carinho no braço do amigo esperando ele se acalmar. 

-Essa merda dói. -Reclama Freddie, Roger supõe que ele esteja falando sobre relacionamentos e não sobre seu peito ou seu carinho.

-Eu sei... Eu sei, mas vai passar. -Roger dá um beijo na testa de Freddie. -Apenas tente dormir um pouco okay? 

Freddie faz que sim com a cabeça e fecha os olhos e por alguns segundos tudo parece calmo.

I Was Born To Love YouOnde histórias criam vida. Descubra agora