Big Problem.

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Freddie acordou com sol da manhã invadindo as cortinas finas do quarto, sua cabeça girava, ele se encontrava pelado na cama e deitado, nem se deu o trabalho de olhar para o lado, Mary acordaria logo e ele queria fazer algo especial, café da manhã sempre era uma boa surpresa. Ele levantou e desceu as escadas, chutou alguns copos e garrafas que se encontravam no caminho até a cozinha, começou a preparar as coisas no balcão da cozinha, isso durou cerca de cinco minutos, como Freddie havia pensado Mary logo estaria acordada e por alguns segundo ele realmente acreditou que era verdade.

-Bom dia Mary. -Fala Freddie ainda de costas e sem roupa, ele cortava algumas frutas para o café.

-Eu não sou a Mary. -Freddie fecha os olhos ao escutar uma voz que não era de Mary, para piorar a situação não era nem uma voz feminina, ele continua com os olhos fechados e agora fazia força para ser tudo apenas um pesadelo.

Após um longo tempo de costas e repetindo para si mesmo "ISSO NÃO ESTÁ ACONTECENDO" várias vezes, ele resolve virar e se depara com o garoto da noite anterior. Paul. Ele estava em um estado deplorável, cabelo bagunçado, no momento sem óculos e sem camisa, com o tronco exposto e apenas uma box branca, era como se estivesse nu.

-O que você faz aqui? -Freddie coloca as frutas na mesa e ri de nervoso.

-Eu dormi aqui.

-Ah... Pode por favor chamar Mary para tomar café?

-Freddie... Ela foi embora ontem, você a levou em casa. -Paul se senta na mesa e põe uma uva na boca e ri malicioso.

Freddie o encara, não poderia ter acontecido o que ele achava que tinha, ele precisava fazer aquele garoto falar o que tinha acontecido, já que as memórias de Freddie passavam como um borrão em sua mente, ele não lembrava de nada. Ou Paul começava a falar ou ele iria embora naquele instante.

-Para com isso, está vergonhoso. -Freddie arranca a uva da boca de Paul. -Eu não me lembro de nada, é bom começar a falar. -Diz ele se sentando na cadeira.

Paul deu de ombros, ajeitou a postura na cadeira e começou a contar sobre a noite anterior.

-Bem... você havia se ausentado da festa para ir pro quarto com Mary. -Paul pareceu um pouco incomodado com a ideia, mas continuou a história. -Depois de um longo tempo vocês desceram juntos, dançaram e beberam um pouco, quando deu uma da manhã você a levou para casa e voltou. Eu estava sentado no sofá e você se aproximou, nós a conversamos e a bebemos, a festa foi ficando cada vez mais vazia e quando a última pessoa foi embora eu disse que iria também, mas você pediu para eu ficar. Eu fiquei....

Freddie pareceu aliviado, estava quase dando outra festa para comemorar o fato de não ter tido nada com Paul. Esse alívio durou cerca de meio segundo.

-Então eu perguntei onde era o banheiro e nós fomos até lá, eu fui na frente e você estava atrás de mim me guiando até o banheiro, na frente da porta eu perguntei se era o lugar certo e você tirou a camisa, colocou a mão no meu pescoço e me beijou. E então rolou.

Freddie estava com os olhos arregalado, ele não queria acreditar.

-Rolou o que?

-Sua segunda coisa favorita.

Freddie levantou, voltou a ficar de costas, passou a mão no cabelo e respirou fundo, aquilo não podia estar acontecendo. Mas que provas ele tinha? Não lembrava de nada da noite anterior, sua única chance era acreditar em Paul.

-Falando em sua segunda coisa favorita, você  faz mui... 

Freddie bate com as palmas na bancada, ele estava furioso, mas não com o garoto e sim com ele. Como ele pode? 

-Some da minha frente, por favor. 

-Mas eu...

-Eu te dou cinco minutos para pegar tudo que é seu e sumir da minha frente.

Freddie não queria parecer insensível, ele só precisava ficar sozinho para pensar e tentar lembrar sobre a noite anterior.

Os cinco minutos se passaram e Freddie escutou a porta bater. Pronto ele estava sozinho. Freddie ficou tomando café por cerca de uma hora e meia até escutar passos de novo e ele torceu para ser Mary, os passos se aproximaram e Roger apareceu.

-Bom dia Fred, espero que não se importe de eu ter ficado por aqui, eu estava muito mal para ir pra casa. -Roger se sentou na mesa. Freddie apenas não respondeu, ele estava sem palavras ainda. -Onde está aquele garoto?

Freddie o olhou preocupado, Roger havia visto tudo? Seu coração acelerou.

-Que garoto? 

-O que você dormiu. -Disse Roger de forma natural e rindo um pouco. -Relaxa Fred é normal, isso não muda nada.

Isso mudava tudo.

I Was Born To Love YouOnde histórias criam vida. Descubra agora