van gogh + kth

verde vessie

No dia seguinte Taehyung não estava lá;

E nem no dia seguinte.

Soo-ah não poderia se acostumar com os cafés da manhã alegres sem o Kim estar lá, porque ele era como a manhã, e todos riam com ele. Em compensação, Yoongi e Jungkook eram um ótima companhia para qualquer hora. Mesmo assim, a garota se perguntava aonde o pintor estaria, não estava nem em seu quarto, nem no jardim, e muito menos nas aulas e terapias.

Soo-ah procurou esquecer um pouco de Vante durante aqueles dois dias, mesmo que sentisse falta, talvez não fosse certo que precisasse tanto assim da presença de Taehyung. Foi como Seokjin mesmo dissera em uma terapia em grupo daquele dia "Se a sua melhora depender de alguém, ela nunca irá acontecer". Aquilo realmente tinha lhe feito pensar, não poderia depender da companhia de Taehyung para se sentir bem.

Hoje, teriam yoga de tarde, então pela manhã, Soo-ah decidiu dar uma caminhada sozinha pelo jardim, no qual ela tinha realmente achado magnífico. E as tulipas plantadas por Jimin haviam melhorado muito mais, era um lugar tão grande que achava que não conseguiria explorar o jardim todo em um dia só. Talvez nem nos dias que ficaria ali (quanto tempo ficaria ali?).

Caminhava perto das árvores dessa vez, enquanto isso, relembrava do que o Kim havia lhe dito sobre ser alguém diferente agora. Não teria família, amigos lá fora? E se por acaso, ele tivesse mentido para ela, e não estivesse bem ainda? E se na verdade, estivesse cada dia pior?

- A senhorita 'tá perdida? - Uma voz masculina fez a garota sair de seu transe num piscar de olhos, notando que um rapaz estava em sua frente, em meio à trilha das árvores. Ele usava um grande chapéu, tinha a pele bronzeada, uma rede sendo segurada nos ombros e uma camiseta e calças azuis, muito diferente dos funcionários da clínica, até mesmo de Jimin. Sua roupa era escura e desgastada, usava um chinelo simples e com a mão esquerda, segurava um cesto de palha.

- Uh, não. Estou bem - Ela sorriu, sem jeito pelo modo como o rapaz havia sido tão intrusivo. Mas algo em sua voz fazia Soo-ah pensar que não havia feito de propósito.

- 'Uai, menos mal então, senhorita - Esse soltou um sorriso inocente e gentil, voltando a encarar a moça logo depois - É que nunca vi a senhorita por aqui, senhorita. É paciente nova?

Soo-ah sorriu verdadeiramente naquele momento, percebendo que o rapaz era realmente simples inclusive nas palavras. 

- Sou. E você, está indo pra onde?

- 'Tô indo pro lago, senhorita - O rapaz mostrou mais uma vez seu sorriso acompanhado de pequenas covinhas - 'Sô o pescador, ora. Os peixe tudinho que 'ocê come lá fui eu que peguei, senhorita.

- Sério? Ah, você poderia me levar para o lago também? Conheço uma pessoa que disse que um passeio pelo lago é muito bom...

- Claro que posso, senhorita! - O rapaz segurou o chapéu na cabeça como se estivesse animado, em seguida, fez um gesto para que Soo-ah o seguisse e assim ela fez, desceram um pouco mais a trilha até ouvirem um riacho, perto dele, havia o grande lado.

- É realmente muito lindo - Ela observou a água transparente e todas as plantas que floresciam ali na margem - Você deve gostar muito de trabalhar aqui, não é?

Enquanto isso, o pescador desamarrava o barco, e antes de responder a pergunta da moça, ajudou-a a entrar no pequeno barco.

- Eu gosto sim, senhorita. Só que é um 'tiquinho solitário - O pescador também subiu no barco e naquele momento os dois já se encontravam sentados. O rapaz pegou os remos e fez o movimento certo para que começassem seu passeio pela água. Alguns segundos de silêncio se passaram até que o pescador completou sua frase - Na verdade, 'tô é feliz da vida que a senhorita tenha aparecido, viu? Não falam muito comigo não, sabe senhorita? Os paciente não, os médico sim, esses gosta de mim, mas não vêm muito aqui.

Aquilo partiu o coração da moça, e ela pode sentir o pesar na voz do pescador, porque ele era sozinho demais no que fazia. Parecia alguém tão bom e de grande coração.

- A verdade é que ninguém vem por esses lado do jardim não, senhorita - O pescador negou com a cabeça e Soo-ah percebeu que o barco já permanecia numa altura boa para que pudessem sentir a brisa da água - E se vêm 'num querem fazer passeio pelo lago que nem a senhorita, só tem um rapaiz que gosta de fazer passeio no lago. E ninguém muito menos conversa com o pescador, afinal de contas, quem conversá com o pescador?

- Eu converso - Soo-ah respondeu olhando o rapaz nos olhos, ele tinha deixado seus ombros relaxados. E ela percebeu o motivo do pescador usar aquele enorme chapéu. A luz do sol ali era mais forte.

- É muito gentil da sua parte, senhorita. Você é muito legal, viu, senhorita? Toma meu chapéu, o sol 'tá machucando teu ôio né?

- Ah, não precisa - Soo-ah negou com as mãos e sorriu agradecida. O pescador era mesmo cativante, qualquer um poderia se contagiar com sua bondade.

- Eu insisto senhorita, já to acostumado com o sol daqui - O rapaz tirou o chapéu da própria cabeça e botou delicadamente sobre a de Soo-ah.

Ficaram um longo tempo conversando sobre coisas do dia-a-dia, o passeio pelo lago foi longo e divertido. O pescador contou a ela sobre histórias que havia passado e listou todos os tipos de peixes que ele pescava para os pacientes comerem. Mas Soo-ah não se entediou em um momento com as conversas do rapaz, porque afinal, ninguém conversava com ele, era justo que ele se empolgasse, mas Soo-ah não se importou nem um pouco. Além disso, os dois encheram a cesta de palha com peixes frescos.

- Oh meu Deus! - Lembrou-se então, que deveria ir pois logo haveria o almoço e não poderia se atrasar para a aula de yoga que haveria pela tarde - Eu preciso voltar lá pra dentro!

O pescador a levou rapidamente para a margem novamente, fazendo um grande esforço para a moça chegar a tempo. Ela tirou o grande chapéu da cabeça e o entregou para o pescador que deu um grande sorriso de volta. E antes de subir novamente a trilha, desajeitada com seu hanbok, ela perguntou ao rapaz.

- Eu ainda não sei seu nome... Qual é?

O pescador saiu do barco e abaixou a cabeça em educação, se apresentando à ela devidamente.

- 'Sô o pescador Kim Namjoon, senhorita, prazer.

Dito isso, ela também abaixou sua cabeça com educação e depois disso, deu mais alguns passos acima na trilha. Mas a voz de Namjoon soou novamente, fazendo seu corpo girar para trás.

- Mais uma coisa, senhorita. Se 'ocê puder...

- Sim? 

- Fala pro pintor que eu to sentindo falta dos passeios que fazia com ele, tá bom, senhorita?

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Eu to simplesmente apaixonada por esse Namjoon vocês não tem noçãããooooo, serio eu to morrendo de amores ele tá tão cuti cuti

O que vocês estão achando da história? Aonde vocês acham que o Taehyung foi?