Capítulo 5_ Pesquisa e o plano de Melissa

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As garotas pesquisaram sem sucesso durante uma hora quando, de repente, Melissa encontrou o que procurava.

-Achei! - ela disse, empolgada, percorrendo a página com o dedo.- Olhem só: Geraldine Somers, nascida em 7 de outubro de 1920. Isso significa que ela deve ter 79 anos agora. Então, se ela escreveu a peça aos 14 anos, a peça tem uns 65 anos. Ótimo. Agora, onde ela mora?

-Veja, Melissa - Jo disse calmamente, apontando para o outro lado da página. Embaixo da coluna mais distante, uma anotação havia sido escrita, mostrando que Geraldine Somers havia morrido no dia 14 de abril de 1982. Jo suspirou.-

-Então é isso, não podemos falar com um fantasma - ela disse, resignada.-

As três garotas ficaram em silêncio, observando as informações na página. O que elas podiam fazer, além de esquecer completamente a ideia de pesquisar? Jenny fechou o livro e o colocou de volta na prateleira.

-Vamos embora, gente. Não adianta ficarmos aqui - Jenny entrelaçou os braços com os das duas amigas, e as três saíram da biblioteca.

Melissa parou de repente.

-Espere um minuto - ela disse às amigas.- Podemos visitar o túmulo dela! Ela deve estar enterrada no cemitério local. O último endereço conhecido dela no livro era no nosso bairro. Então, faz sentido que ela esteja enterrada aqui. É, isso aí - ela acenou com a cabeça, animada - Vamos visitar o túmulo dela!

Jenny e Jo olharam uma para a outra, ambas muito menos entusiasmadas do que Melissa.

-Mas, Melissa, eu não vejo motivo nenhum... - Jo tentou argumentar.-

-O que eu quero dizer é o seguinte - interrompeu Melissa -, esse é o único ponto de partida que temos. Vocês não entendem? Não temos alternativa. Precisamos visitar o túmulo se quisermos descobrir algo. Jenny? - ela lançou um olhar de dúvida para a amiga.- 

-Bem - começou Jenny, lentamente -, acho que eu gostaria de ir a fundo nessa questão, mas não sei se...

-Então, está decidido - Melissa interrompeu de novo.- Vamos! Não temos que andar muito.

-Melissa, espere - disse Jenny.- Não posso ir agora. Tenho que fazer compras com a minha mãe hoje à tarde e, se eu for ao cemitério agora, não voltarei a tempo de me encontrar com ela. Tenho duas opções: ou eu fico de fora ou faço isso mais tarde.

Melissa olhou para Jo.

-Desculpe, Melissa, prometi levar a minha sobrinha para patinar hoje à tarde. Posso ir com você quando eu voltar. Devo chegar em casa lá pelas quatro.

Melissa respirou fundo, desapontada porque as amigas não podiam ir naquela hora. Ela não era uma pessoa muito paciente.

-Tudo bem - ela concordou, relutante.- Podemos nos encontrar no portão do cemitério às quatro e meia? Ainda estará claro, e teremos tempo suficiente para encontrar a lápide e verificar as coisas. E lembrem-se: levem blusa, faz muito frio por lá.

O cemitério local ficava bem no topo de uma colina íngreme e era um lugar muito frio, principalmente nas noites escuras de novembro. Jo tremia por dentro só de pensar que elas iriam fazer isso ao entardecer, mas não disse nada, não queria estragar os planos de Melissa.

Quando elas novamente se separaram, Melissa virou para trás e gritou para cada uma das garotas levar uma lanterna. E uma estaca, só por precaução.

-Só por precaução por quê? - Jo olhou para Jenny preocupada.-

-Vampiros! - Jenny disse à amiga.-

Então, ao ver o olhar de horror estampado no rosto da amiga, ela riu.

-Brincadeira! - Jenny sorriu.-

-É verdade, ela só está brincando. Essas coisas não existem, Jo, você tem assistido a muitos filmes de terror - brincou Melissa.-

Jo sorriu tímida.

-Não, não, eu sabia o tempo todo, sabia que ela estava brincando. Verdade! Eu sabia - ela tentou convencer a amiga incrédula.-

Jenny pegou no braço de Jo.

-Tudo bem, Jo, também não estou contente com essa história de cemitério. Mas vai ficar tudo bem, você vai ver.

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