Capítulo 6_ Procurando o túmulo de Geraldine

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Quatro e meia em ponto. Melissa olhou o relógio. Onde estavam as outras? Bem nesse momento, ela ouviu as amigas conversando enquanto chegavam ao topo da colina para se juntarem a ela.

-... E isso aconteceu logo que tiveram que colocar um curativo em mim - finalizou Jo.- Que vergonha. Lá estava a Katy, patinando e rodopiando como uma profissional, e eu levei o maior tombo. E o sangramento simplesmente não parava, o que era ainda pior. Quando a atendente insistiu para que eu fosse à enfermaria, achei que fosse morrer de vergonha. Quer dizer, aos 14 anos de idade e vou ficar com uma linda cicatriz enorme no joelho, ficará uma beleza no Baile de Natal. Que ótimo.

-Ei, Melissa, está aí há muito tempo? - perguntou Jenny.-

Melissa mudava de posição, batendo os pés na tentativa de se manter aquecida.

-Não - ela sorriu, meio sem graça.- Acabei de chegar.

Realmente era uma tarde cruelmente gelada. Os caminhos levavam a diferentes direções e brilhavam na semiescuridão com a geada.

-Certo - disse Melissa, assumindo a liderança como sempre.- O plano é o seguinte: acho que devemos nos separar. Cada uma de nós procura em uma parte do cemitério até encontrarmos o túmulo. É a maneira mais rápida de fazermos isso, não faz sentido procurarmos no mesmo lugar. Então, o que acham de irmos sozinhas e voltarmos a nos reunir aqui às sete? Acho que é tempo suficiente.

-E se acharmos o túmulo antes disso? - Jenny perguntou.-

-Ah, o cemitério não é tão grande assim - disse Melissa, pensativa.- Que tal nos encontrarmos no mausoléu às seis? Acham que é tempo suficiente?

Jenny se arrepiou com o uso da palavra "mausoléu". O prédio grande e imponente que ficava no limite do cemitério tinha sido erguido a 100 anos atrás pelo senhor Carruthers, em memória de sua esposa. A princípio, um imponente monumento à memória da senhora Carruthers e de muitos membros da família dele. Jenny admitiu, contrariada, que era uma bela construção, mas o mausoléu lhe causava arrepios, e ela passaria ali o mais rápido possível se tivesse de ir por aquele caminho. Ela observou as altas cúpulas de edifício e, logo em seguida, desviou o olhar.

Naquele momento, o que ela realmente queria fazer era dar meia-volta e ir para casa

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Naquele momento, o que ela realmente queria fazer era dar meia-volta e ir para casa. Ela detestava coisas e lugares assustadores, e também detestava ser tão fácil convencê-la a fazer coisas de que ela não gostava. Jenny suspirou. Apesar disso, ela gostava muito de Melissa e Jo e não queria abandonar as amigas nessa hora.

-Claro - ela disse, com falso entusiasmo.- Seis da tarde é um ótimo horário. Quem vai seguir por qual caminho?

Depois de decidirem, as garotas partiram, cada uma com seus pensamentos, e todas determinadas a encontrar a lápide. Jenny estava mais convencida do que as outras de que voltaria antes que o céu escurecesse totalmente. Ela queria que essa busca terminasse o quanto antes.

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