Capítulo 12

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-Como é que é? -diz ela irritada e eu fico em silêncio , ela prossegue. -Respeite meu trabalho! Eu que deveria reclamar e não você! É esse "trabalho de merda" como diz você, que sustenta a nós duas e supri as suas necessidades.Pensa antes de falar! E que palavreado é esse? Aprendeu com seu ficante: o Peter?!-diz ela e se vira para frente e bufa irritada e torna à dirigir.Eu encolho-me abaixando os ombros e fico em silêncio absoluto até chegarmos em nossa moradia.

Entro no meu quarto e ela entra no dela.Me assento na poltrona que ficava perto da janela do meu quarto e admiro a vista lá fora.Estava nevando um pouco, pois estava descendo do céu alguns pingos de neve.Suspiro e respiro profundamente. E como sempre: veio um turbilhão de pensamentos.

Eu estava irritada. Minha mãe não entende que estou preocupada com ela e que ela tem que ter uma vida. A vida dela se resume em: trabalho, trabalho, trabalho e...Mais trabalho!

Não entendo que ela consiga viver assim.Eu já estou indignada assim sem trabalhar aonde ela trabalha, imagina se eu trabalhasse, eu iria ficar louca!

Fujo de meus pensamentos quando meu celular toca.

-Alô?

-Oi sou eu!-diz uma voz sexy.

-Oi "eu"! Tudo bom?-digo reconhecendo a voz de Peter. Desde o dia do encontro, não conversamos como antes.Nem eu e nem ele havia ligado depois do encontro. Não falamos nem nesse assunto no colégio. Será que ele se arrependeu de ter saído comigo? Pergunto a mim mesma.

Sinto uma risadinha de ironia através do celular.

-Marrenta estou bem e contigo?

-Estou bem, não totalmente, mas estou!-digo sorrindo.

-Porque não estar totalmente bem? Pode ir falando. -diz ele parecendo estar intrigado.

-Pé depois eu digo. Não quero falar de coisas ruins e irrelevantes. Por hoje chega! -digo convicta. -Mas quero que você me explique sobre a tal tradição que você relatou à mim no pátio do colégio. Você não terminou de explicar.

-Como quiser! Mas prefiro explicar pessoalmente. Você pode me encontrar? Eu estou aqui no barzinho perto de nosso colégio. Se você não souber aonde é, eu te encontro na porta do colégio, tudo bem?

-Ok.Não precisa.Se é perto do colégio vou encontrar. Caso contrário eu te ligo.Estou indo agora.Beijos, tchau!-digo e ele desliga e saio de casa em direção ao colégio.

Passo pela pracinha perto do galpão e paro de caminhar quando ouço alguém dizer em um tom que eu pudesse ouvir:

-Está me perseguindo? -diz uma voz grave, parencendo aquela voz de locutor de rádio, que ler declarações de amor à favor de pessoas apaixonadas pedindo para ele dizer o texto escrito por elas, para a pessoa amada através do rádio.

Viro-me lentamente e vejo alguém sentado no banco. Fico imóvel.

-Como?!-digo no mesmo tom dele, para ele poder me escutar.E caminho até o banco e fico de frente à ele.Ele era um gato. Cabelos castanhos escuros e olhos de cor azul-cristalino.Cor de pele branca quase pálida.E tinha um estilo próprio.Com roupas estilosas e fashions.Parecia modelo.

-Oi prazer, sou Scott. -diz ele estendendo a mão para eu comprimentá-lo.Comprimento.-Sou o cara em que você esbarrou naquele dia, você estava correndo tão desesperada que fiquei pensando que você estava correndo perigo garota!-dito isso me sento ao lado dele, mantendo uma distância cautelosa. E lembro que foi no dia em que conversei com a tal da Jessy.E que me esbarrei em alguém mas não me preocupei em saber quem era.

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