Capítulo 7: Porquê?

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Infelizmente naquela noite não foi possível descer aos túneis.

Os professores decidiram ficar acordados até tarde. Segundo eles, a beber café! 

Esses dias foram difíceis para todos. Ignoramos totalmente a Vera e as suas teorias.

Uma semana depois foi finalmente possível concretizar as nossas vontades.

Entrar naqueles túneis obscuros sem dúvida aumentava a ânsia de descobrir mais sobre mim.

Andamos cerca de dez minutos acompanhados por uma simples lanterna até que vimos algo inesperado e tivemos de parar.

Alguém estava a agarrar a Vera cerca de uns dez metros de nós.

Desligamos a luz e escondemos nos.

Ela buscava libertar se, gritar, mas a outra pessoa tapava lhe a boca e prendia lhe os braços.

Estávamos assustados. O que teria ela feito?

_ Eu não lhe contei nada! Eu juro! Eu não lhe contei!- gritava ela.

_ Pensas que não soube que lhe falaste do caixão de vidro? Achas que somos parvos? - gritou o homem

_ Já disse que não lhe falei disso!

_ Cala te!- gritava o homem- só tinhas de cumprir com as tuas obrigações!

Essa voz era me familiar mas á distância e com o eco eu não conseguia identificá la.

Mesmo assim esforçava me para entender.

_ Eric largue me! Por favor! - pedia ela.

Eric!? Era mesmo isso! O meu pai!

_ É o meu pai!- disse em voz baixa.

Estava prestes a correr em direção a eles,irritada, para pedir justificações mas o Marcos impediu me.

Encostou me a parede e murmurou no meu ouvido:

_ Não faças isso! Vais estragar tudo Leire! Queres descobrir a verdade? Então vamos descobrir! Mas se esse homem ameaça desta forma e te mentiu toda a vida pode ser perigoso.Eu não vou deixar que nada de mal te aconteça!

Tentei soltar me. Foi então que perdi as forças, a angústia percorreu as minhas veias e ocupou o meu coração. Ainda tentei impedir, mas as lágrimas transbordaram nos meus olhos e só consegui abraçar o Marcos.

Tentando conter a dor que acelerava a minha respiração, apertei o bem forte e isso permitiu acalmar me.

_ Vê se fazes o que te pedimos! Mais um erro destes e é a tua vida em jogo! A Leire não pode saber disto! Que fique bem claro! - gritou mais uma vez o meu "pai"atirando a para o chão.

Ela alí ficou caída, a chorar.

Então esse caixão existiu realmente e estava ligado a mim! Só não conseguia perceber como.

Afinal, a Vera não me tinha mentido e contando me isso arriscou a própria vida!

Mais uma vez a minha cabeça estava cheia de "porquê?".

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