Capítulo 10: Morta-Viva-Ressuscitada-Adormecida?

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Lá estávamos nós, em estado de choque.

Ninguém falou para ninguém durante uns cinco minutos.

Era impossível! O que dizer num caso destes?

É preciso dizervos, antes de mais, que o armário da Vera era muito grande e a parte inferior era uma caixa fechada que não servia a nada!

O Ivan estava muito mal, pois ver aquilo assim sem estar á espera e sem aviso prévio deve ser a pior sensação.

_ Ó meu Deus! O que se está a passar aqui!- exclamou o Ivan e foi nesse momento que nos chegamos á frente.

Quando olhei indiretamente para dentro vi meio corpo com o uniforme do Luna. Á primeira vista, mais um corpo morto!

Estavamos quase todos sem coragem de ir ver de perto! Quem seria aquela pessoa!?

Finalmente o Marcos tomou iniciativa. Abriu as portas por completo, levantou a madeira que cobria o fundo, olhou o corpo por alguns segundos e disse mais calmo:

_ Ela ainda está a respirar.. Cheguem aqui! Não vão acreditar nisto!

Pois, difícil de acreditar mas era verdade. Era a Vera! A respirar! Estava super normal, sem ferimentos visíveis, aparentemente sem qualquer problema.

_ Não pode ser! Ainda agora a vimos ser levada, morta!- disse o Ivan

_ Se está a respirar não morreu! Não ressuscitou! Na verdade, alguém a viu realmente morta? - murmurou a Julia confusa

_ A Isabel penso eu.. Mas quando estávamos lá em baixo junto ao corpo, vi a mão do cadáver.. tinha as pulseiras habituais da Vera!- disse eu.

A primeira reação foi olhar para os braços da Vera e ver se realmente ela ainda tinha pulseiras, e, tinham desaparecido!

Reparamos imediatamente num livro que ela segurava firmemente como se fosse muito valioso.Também tinha um envelope fechado por debaixo da mão esquerda que peguei cuidadosamente de seguida.

Tentamos acorda la mas estava profundamente adormecida!

Foi então que a Carol fechou a porta do quarto á chave e o Ivan retirou a Vera daquele lugar miserável colocando a na cama.

Pegamos água fresca e toalhas passando-as na sua cara com o objetivo de conseguir conscientiza la. Definitivamente estava viva!

Foi uma grande alegria para todos saber isso, mas, porquê isto tudo!? Quem tinha falecido afinal!?

Abri o envelope onde encontrei várias notas de 100 euros. Todos me olharam com espanto. Abri de seguida a carta que se encontrava no interior, mais uma carta da Vera...

" Desculpem tudo isto, desculpem por tudo. Não se assustem! Estou apenas sobre efeito de uma anestesia propositada para fingir o meu desaparecimento. Ajudem me! Têm aqui dentro cinco mil euros para me levarem deste colégio. Façam tudo sem ninguém ver, sem ninguém saber. Fui ameaçada como vocês sabem, mas não foi apenas por contar o que não devia. Foi também por causa deste livro! Protejam me por favor mas protejam o livro acima de tudo! Vale muito e pode ajudar a Leire a sobreviver. Levem me daqui com a Leire e o livro também e não leiam nada do seu conteúdo. Eu li e por isso tenho que fugir antes que alguém venha á minha procura e se acontecer será o fim para todos. Descobri que a Leire corre perigo e é preciso protegê la e descobrir toda a verdade. Esse livro é a chave de tudo.

Vera"

Mais uma vez, o que devia fazer á minha vida? O que tinha aquele livro a ver comigo? Vocês não imaginam a vontade que eu tive de abrir e ler. Era médio mas expesso, um aspeto muito antigo, dava vontade de abrir e descobrir o que ele guardava. Mas se a Vera pediu para não o fazer, tínhamos de respeitar!

Agora era necessário sair dali. Não sabia para onde! Na verdade, nem sabia porque tinha de fugir!

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