Poesias Malditas

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Lembranças


Ah, lembranças!
Dolorosas lembranças daqueles dias!
Não era necessário implorar afeto,
Nem derramar-se para declarar-se!
Sempre esperava teu bom dia,
Pois se ele não chegasse, não seria bom, 
E muito menos dia.
Não seria dia, mas tempo desperdiçado.
Do nada brotava o Amor,
Fluía entre nós, florescia.
Quem sabe se entre nós Amor não houve?
Ou tudo fora somente uma ilusão?
O dia todo passar contigo,
O sentimento acontecer.
Era o que eu queria, e aconteceu.
Um fogo entre nós ardeu?
Ou somente em mim, e tu fingias?
Não sei, não pretendo saber; prefiro minhas ilusões
De memórias passadas, que tento reverter
Como Presente e Futuro
Por quê? Para quê?
Espero e luto em vão,
Frieza é o que há em teu coração,
Que um dia a mim nutriu.
Hoje já não faço questão,
Por mais que em meu peito doa este vil sentimento!
Em mim ardeu; em ti nem sei.
Fui só mais um que por ti se apaixonou
e nutriu, mas iludiu e me deixou.
Fingiu e revelou.
Revelou?
Descobri.



A Poesia é a Porta da AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora