lemon boy ; chenji

five ; 다섯

"You'd think smelling like lemon zest would be pretty neat"

("Você acha que cheirar à raspas de limão seria até que apresentável")

Música do capítulo: us - Miscél

(Nome da playlist no spotify: Lemon Boy ; Chensung)

— Eu juro que achei que o Taeyong ia te tirar de mim, Jisunggie. — Comentou o loiro, ele estava frustrado mas aliviado ao mesmo tempo. Jisung coloca sua mão sobre a de Chenle e ele sorri.

Já era noite, Chenle havia tido a ideia de montar uma cabana de cobertores pelo seu quarto para que o mais novo ficasse mais tranquilo, já que o mesmo vinha tremendo desde então. Ele parecia entender tudo o que as pessoas diziam, mas parecia que nunca sabia o que fazer.

— Está com fome? Acho que vou descer na cozinha para pegar algumas coisas para comermos. Não precisa ficar escondido aqui, agora todos sabem que está aqui e agora mora conosco.

Jisung apenas piscou algumas vezes e ficou olhando para baixo. Ele tentava guardar em sua cabeça as palavras que lhe diziam, e tentava assimilá-las a algo. Zhong Chenle logo se levantou com cuidado para não desfazer a cabana deles e foi correndo para o andar de baixo, onde pegou uma bandeja e a encheu com cookies e balas. O garoto pega duas xícaras de leite e coloca para esquentar no micro-ondas.

— Ele está bem? — Uma voz ecoou pela cozinha, o que fez Chen dar um pulo para trás por conta do susto. Era Taeyong, preocupado com seu novo "hóspede". — Desculpa, eu não queria tê-lo assustado.

O menor com risada de golfinho se apressa em tirar as xícaras do micro-ondas quando ele apita mostrando que já havia acabado de esquentar e coloca na bandeja, finalmente olhando para seu hyung.

— Sim, mas ainda treme um pouco. Porém, não se preocupe, eu vou fazer de tudo para que ele se sinta confortável conosco. — Ele fez uma pausa para respirar e pensar em como formular a próxima frase. — Acha que tem chances dele ser o que estava por baixo daquela folha que arrancamos dias atrás?

Lee acaba dando uma risada, balançando a cabeça para os lados algumas vezes e então vai até o mais novo dentre eles, passando a mão sobre seus cabelos macios e sorrindo.

— Não estamos em um conto de fadas, pequeno. — É tudo o que diz antes de deixar um beijo casto sobre a testa do loiro e sair do cômodo.

Chenle suspira, talvez estivesse delirando. Jisung era mesmo real? Se sim, por que diabos cresceu uma folha em sua cabeça? Ele iria descobrir, e a arrancaria se precisasse, apenas para ver que não estava ficando louco. Aliás, não tinha sido o único a ver, certo?

Respirou fundo antes de pegar a bandeja firmemente e subir as escadas com cuidado para que nada acabasse caindo ou as xícaras se quebrando. Assim que entrou no quarto, deu de cara com o seu novo amigo folheando um livro enquanto deitado de barriga para baixo na cama, apoiado em seus cotovelos enquanto folheava com uma mão e com a outra apoiava sua cabeça. Estava vendo as figuras do livro ilustrado do Peter Pan. Aquilo fez Zhong sorrir e ir em sua direção, se sentando ao seu lado e abaixando o cobertor para que quem abrisse a porta não pudesse olhar para dentro da "casinha" deles. Havia enchido a parte de dentro com luzes coloridas e uma lanterna com a cor meio amarelada para iluminar melhor.

Ele posiciona a bandeja num canto vazio e cutuca o outro – que estava concentrado até demais no livro – para que visse as coisas para comer ali.

— Você quer que eu leia esse livro pra você? Ele é muito bonito. — Jisung balança a cabeça afirmativamente algumas vezes, o que faz o outro se assustar por ter sido entendido. — Certo, eu vou ler pra você.

Tomou o livro em suas mãos e respirou fundo antes de começar a ler, não sabendo se o garoto entenderia todas as palavras que lhe fossem lidas. Jisung, fazia questão de prestar atenção em tudo, nos gestos que Lele fazia, nas palavras, em sua boca se movimentando e até mesmo nos dedinhos dele na hora de folhear a página. Foi assim até que o chinês se cansou de ler e decidiu que fariam outra coisa, como comer.

— Eu espero que esteja gostando de ficar aqui, quando aprender a falar, quero que me diga as coisas que mais gostou aqui. Ah! E pode me chamar de hyung se conseguir.

Jisung repetiu a palavra em sua cabeça e balançou a mesma, sorrindo sem mostrar os seus dentes.

— Precisamos de um sobrenome pra você, não? — O mais velho fica com uma feição pensativa e morde seu lábio. — Park! Park Jisung!

— Jisung... Park?