extra! 2

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"O que é infância?" As palavras de Jisung ecoavam na cabeça de Chenle, era triste saber que o mais novo nunca teria uma infância feito pessoas normais.

Foi então que decidiu, iria mostrar a Jisung o que é infância, iria fazê-lo sentir. Mesmo casados e já adultos, Jisung podia da mesma forma desfrutar da infância que nunca teve.

O Park havia ido levar a filha de ambos à escola, então foi ali que percebeu que era sua hora de agir. Já não moravam mais com Taeyong e os outros, mas isso não impedia-os de sempre verem os mais velhos.

A campainha logo tocou, e o chinês já até sabia quem era. Assim que abriu a porta, foi revelado um Taeyong todo sorridente cheio de sacolas com doces e besteiras nas mãos.

— Meu Deus, hyung, pra que tanta coisa?! — Perguntou o menor, dando risada e abraçando com força o mais velho.

— Pra te agradar e colocar um sorriso no seu rostinho, é claro!

Taeyong deixou um beijinho na bochecha do chinês, indo diretamente para os fundos da casa, já que sabia do plano do seu pequeno adulto.

— Como começamos?! 


(...)


— Papai, o que aconteceu? — Perguntou Hyeri, a filha dos Chensung, para o seu pai, que mais parecia um fantasma do que um limão naquele momento.

— Nada meu amor, vamos embora, hm? — Jisung pegou na mão da garotinha, mas assim que ia se virar, sentiu seu corpo sendo puxado.

Era um homem com deboche na cara, que ria de Jisung e Hyeri.

— Onde vai, aberração? Além de ser uma aberração, é um viadinho. — Deu risada e o Park pôde sentir a garotinha tentando o puxar.

— O que eu sou e o que deixo de ser não é da sua conta. Agora me dá licença que eu vou ir para minha casa, meu marido está me esperando, e minha filha quer ver o outro pai dela. Deixa de ser ignorante e achar que só por ser diferente de você, eu sou um monstro, sendo que o verdadeiro monstro aqui é você. 

Antes que o homem pudesse sequer encostar na pele de Jisung, o mesmo o empurrou e saiu andando com a sua pequena, indo direto para o carro.

— Woah! Papai arrasou! — Hye mostrou seus dois dedinhos polegares para ele, que sorriu e tornou a ligar o carro. 

Assim que chegaram em casa, Jisung só queria tomar um banho, comer algo e capotar feito uma criança que brincou e correu o dia todo, porém, não contava que Chenle havia uma surpresa para si. Taeyong estava lá com uma mochilinha de criança nas costas.

— Hyeri! Você vai dormir com o tio hoje! — Taeyong contou todo sorridente, conseguindo arrancar um sorriso da menor. E logo que se despediram do casal, partiram para a casa do Lee.

Chenle estava sorrindo mais que o normal, parecia até que estava planejando algo.

— O que está acontecendo aqui, Zhong Chenle? — O Park perguntou com seus braços cruzados, parecendo uma criancinha emburrada.

— Bom... Uma vez você me perguntou sobre a infância, e já que você não teve uma... — O chinês o puxou para os fundos da casa, revelando uma linda casa na árvore toda iluminada com luzes decorativas.

Jisung arregalou seus olhos, balançando a cabeça pros lados.

— Você não fez isso. Não. Como fez isso em um dia?! — Perguntou boquiaberto, sendo puxado para subir na árvore. — Lele, isso tá incrível!

— Shh, comentários pra depois.

Assim que dentro da casinha, puderam ver fotos da linda família deles, uma decoração incrível que fazia com que o maior ao menos sentisse o gostinho do que é uma infância.

O Zhong então apagou as luzes, puxando o maior para se sentar com ele na janela. Foi só então que Jisung percebeu o quão estrelado estava o céu. Mas não só isso, estava havendo uma chuva de meteoros vislumbrante.

— Isso é surreal... — Jisung murmurou, recebendo um selar carinhoso do menor.

— Obrigado por sempre estar comigo, aproveitei essa noite estrelada e bonita pra poder te dizer, que nem mesmo a imensidão do céu se compara com o amor que eu sinto por você. Obrigado por existir, Park Jisung.


lemon boy ; chenjiOnde histórias criam vida. Descubra agora