Capítulo 3

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Caroline

Foi pouco depois das onze e meia da noite que eu recebi a primeira mensagem do Max. Logo depois que saiu, me dei conta de que ele não tinha o meu número, mas ao que parece, conseguir meu número não foi um problema. Trocamos mais algumas mensagens antes de finalmente eu pegar no sono. Sonhos quente com Max. É como se a noite de ontem fosse um tipo de alucinação e o meu subconsciente não conseguisse sair dessa alucinação. E quando acordei e olhei para o relógio, estava quase na hora do almoço e eu tinha que correr se quisesse parecer bem no nosso almoço.

Seria mentira da minha parte se eu dissesse que não criei expectativas sobre nosso almoço e a forma como ficamos próximos ontem a noite, ele se abriu para mim e realmente falou o que estava sentindo. Diferente de todos os anos atrás, onde ele me evitava e mal dizia duas palavras. Deus, quase tive um ataque do coração quando ele me disse que gostava de mim no colegial.

Saio do banho e me encaro no espelho, falando comigo mesma.

— Pare de se iludir, ele só quer uma amiga em você. Ele mesmo disse que gostava, no passado. — Preciso me trazer de volta para o mundo real, onde tudo o que parece ser perfeito sempre acaba dando em merda. Príncipes não existem e os sapos são a única alternativa.

Meu telefone toca, o toque personalizado de Ana.

— Sim? — Falo, enquanto passo um pouco de rímel.

Fiquei sabendo que vai almoçar com o meu irmão, e isso depois de jantar com ele na sua casa. — Ela grita do outro lado da linha.

— Caramba, como descobriu tudo isso? Duvido que Max tenha te dito por livre espontânea vontade.

E está certa em duvidar, eu disse que só passaria seu número se ele me contasse TUDO.

— Você é uma péssima irmã, sabe disso, né?

Ei, estou cuidando das minhas crianças.

— Não sei em que mundo Max e eu somos crianças, e outra, ele só quer uma amiga. Uma pessoa que não esteja envolvida na vida dele como você e sua família.

Max não quer uma "amiga", ele simplesmente te quer, meu irmão está apenas te dando tempo para se acostumar a ele. Acredite em mim, já tem até uma aposta rolando, então me ajude a ganhar. Aguente uma semana sem abrir as pernas e terça-feira que vêm você pode dar até assar.

— Não sei onde eu estava com a cabeça quando virei sua amiga, você está me vendendo. — Acuso, me segurando para não rir.

Se você já deu pro meu irmão eu vou ficar muito puta, ajude uma amiga! Dean vai cuidar do meu jardim por um ano se você aguentar.

— Você mora em apartamento!

Vou ter que repensar a aposta, quem sabe eu não compro uma casa? Sua vizinha está querendo vender e eu amo o seu bairro...

— Você já comprou! — Acuso. — E não me contou nada.

Era uma surpresa, agora seja boa e mantenha as pernas fechadas. Te vejo depois, tchau. — Ana desliga antes que eu possa responde.

De qualquer forma já estou meio atrasada, então que se dane!

Ao contrário do que eu teria feito se estivesse indo em um encontro, decido usar uma roupa simples, não quero que Max pense que estou desesperada por sua atenção, ou até mesmo com esperança de que ele esteja me oferecendo algo mais.

***

No meu caminho até o restaurante, recebo uma mensagem de texto da minha mãe, e ela pede para que eu esteja vestida de forma apropriada, o que a meu ver significa que entrei em outra furada ao aceitar jantar com eles.

Lutando Por seu amor - Os descendentes do Crime 1Onde histórias criam vida. Descubra agora