Capítulo 5

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Caroline

A noite no hospital é sempre um caos, achei que em uma cidade pequena as coisas seriam diferentes, mas acabei me enganando. A cidade que antes era pequena acabou crescendo por causa dos negócios do clube e da família do Max, e o crescimento trouxe famílias com jovens estúpidos que não tem medo de morrer.

— Olá Brandon, eu sou a doutora Caroline e vou ser a sua médica hoje. — Falo com o garoto de vinte e um anos que acabou de ser trazido pelos socorristas, depois de sofrer um acidente de carro. — Eu vou te examinar e pra isso preciso que fique quieto, você um contato de emergência para quem possamos ligar?

— O socorrista já me passou e já entramos em contato. — Uma da enfermeira entra na sala e me diz.

— Bom. — Falo e começo a examinar.

De imediato eu sei que a situação do garoto não é boa, ele está com o abdome rígido, que significa que houve uma ruptura no baço.

— Brandon, você está sentindo dor aonde? — Pergunto.

— No meu ombro esquerdo. — Ele diz e meu residente sorri para o garoto, como quem diz que não é nada.

Residente estúpido.

— Brandon, você sofreu uma ruptura no baço e eu preciso te operar o mais rápido possível, pra isso eu preciso saber o seu tipo sanguíneo. — Peço.

— O negativo. — Responde gemendo de dor.

— Certo, inicie uma transfusão de sangue, e prepare a sala de cirurgia. Não esqueça de avisar a família que ele estará em cirurgia. — Mando meu residente fazer isso, enquanto eu vou até a sala do lado para anteder ao amigo dele.

Para a minha sorte o amigo não está tão mal, e eu não preciso me preocupar com ele.

Com a sala de cirurgia pronta, eu passo as próximas horas removendo o baço do garoto, e tendo que aturar um residente que não sabe absolutamente nada do que está falando ou dos motivos pelos quais estamos fazendo o procedimento.

Quando tudo termina, dou a notícia para a família do paciente e aviso que ele logo estará no quarto, então vou falar com a chefe de cirurgia do hospital, ela precisa saber que tipo de pessoas estão trabalhando para ela.

— Você está me dizendo que ele não sabia nada sobre as consequências do rompimento do baço? — Ela pergunta, surpresa.

— Exatamente, eu não sei se isso é uma coisa dele, ou se acontece com todos os residentes do hospital, mais isso precisa mudar e logo. Lidamos com vidas, e se um médico despreparado como ele pega um caso desse, temo que perderemos muitas vidas e o hospital receberá um grande processo. — Aviso. — Agora, se me der licença, preciso ir pra casa e descansar.

— Claro, eu vou ver com algum médico se ele pode dar uma aula para eles. — Explica.

Saio da sala e vou para o vestiário me trocar, em questão de minutos estou no meu carro a caminho da minha casa, não sabendo o que fazer primeiro, comer ou dormir?

Para a minha surpresa eu não preciso tomar essa decisão, pois assim que eu paro o carro na minha garagem, Max aparece com uma sacola com comida e um sorriso convencido no rosto.

— O que você está fazendo aqui? — Pergunto, saindo do carro e indo até a minha porta.

— Você me deixou hoje cedo, e eu sabia que estaria cansada quando saísse do trabalho, por isso eu comprei comida e vim te esperar. — Diz. — Com fome?

Lutando Por seu amor - Os descendentes do Crime 1Onde histórias criam vida. Descubra agora