Capítulo 7

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Caroline

Depois de uma tarde no shopping com Ana e Max, finalmente estamos voltando para casa. Estou surpresa com a quantidade de coisas que Ana comprou na loja, e não são coisas baratas não, muito pelo contrário. Ela comprou coisas exclusivas que fizeram os meus olhos se arregalar com o preço.

— Finalmente estamos em casa. — Digo, vendo Max abrir a porta da frente e sair.

Reparei que ele está mancando, mas tenta disfarçar. Enquanto ele sai do carro, pego a minha sacola, com a lingerie que Max me disse para comprar. Fico surpresa quando Ana abre o porta-malas e começa a recolher as sacolas.

— O que você está fazendo? — Pergunto.

— Pegando as suas sacolas. — Diz.

— A minha sacola, está aqui. — Levanto minha sacola na minha mão e balanço para ela ver.

— Não seja boba. — Ela me responde. — Essas compras aqui são para você, ou achou que íamos entrar em uma loja só pra você sair com uma sacolinha dessas? Me respeita! — Ela pega as sacolas e vai para entregar para Max, mas eu as pego antes que ela entregue a ele.

Não quero que ele carregue peso estando com dor, na verdade eu simplesmente não quero que ele sinta dor. Max não gosta de dizer quando está com dor, ele nem demonstra que está com dor, tanto que os irmãos dele nem percebem. Mas como médica, eu tenho que perceber algumas coisas, nem sempre um paciente é honesto e a merda do "de um a dez quanto é a sua dor?" as vezes é um maldito mil e a pessoa diz que é um.

— Pode deixar que eu levo, e me mande o valor total pra que te de o dinheiro. — Digo.

— É um presente. — Ana responde e olha para Max.

Foi o Max!

— Não acredito que deu seu cartão de crédito pra essa desajuizada, sua irmã compraria até uma pedra se estivesse em uma vitrine. — Reclamo.

— Se essa pedra fosse um diamante ou algo precioso, eu compraria mesmo. — Ana sorri quando Max e eu olhamos para ela. — O que? O papai sempre me disse que se a gente vê algo que realmente ama, deve fazer de tudo pra conseguir.

Max revira os olhos para a irmã.

— Ele se referia ao amor. — Corrige.

— Que se dane, aplica a tudo na vida. — Ela rebate. — E a mamãe concorda comigo, agora se já terminaram de me acusar de ser uma compradora compulsiva, eu vou embora. Para a minha casa, a qual eu comprei, com o meu dinheiro! Por que tudo o que eu compro é mérito próprio e eu mereço! — Com isso dito ela entra no carro e manda beijos para nós dois pela janela do carro.

Sorrindo e ainda cheia de sacolas nas mãos eu começo a andar para a porta, até que percebo que Max está andando mais lentamente atrás de mim. Ele também está mancando um pouco, então eu volto e passo meu braço em volta de sua cintura,.

— O que você está fazendo? — Ele pergunta.

— Estou te ajudando a diminuir o peso na sua perna, percebi que você está com dor desde cedo, mas não falou nada. — Digo, quando estamos quase chegando na porta principal.

— Como você...

— Eu sou médica, sei como descobrir se alguém está com dor ou não. — Lembro.

— Me esqueci disso. — Ele sorri.

Abro a porta e deixo ele sentado no sofá, cuido para deixar as sacolas em um lugar onde ele não vá tropeçar e vou pegar um creme de massagem que eu tenho guardado, então volto para a sala e vejo que Max já tirou a prótese dele.

Lutando Por seu amor - Os descendentes do Crime 1Onde histórias criam vida. Descubra agora