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A idéia de Jungkook ser meu irmão não saía da minha cabeça, me deixava extremamente peturbado. Saber que uma pessoa que eu amo como meu futuro marido, pai das nossas crianças adotadas possa ser meu irmão me deixou vazio.

Eu tinha que perguntar se era verdade para minha mãe, não me cabia essa coisa dele ser meu irmão, para mim era totalmente impossível, mas as peças naquele momento se encaixavam. Minha mãe estranha, meu pai e a mãe de Jungkook sumir assim tão de repente e estranhamente parecido que fosse juntos, o velho nos deixando essa dúvida, e tudo o que eu estava sentindo estava em guerra constante. Como minha mãe aceitou essa "traição"!

   — Ele não é meu irmão, ele não é meu irmão, ele não é meu irmão, ele não é meu irmão... — repetia várias e várias vezes para mim mesmo tentando me caber e me ajeitar nos meus sentimentos.

Decidi passar no antigo bar que eu ia antes desse turbilhão de coisas acontecer e tudo foi depois que conheci Jungkook, tudo começa nele e parece que não tem fim.

   — Você de novo meu rapaz. — disse Mark. — Achei que nunca mais voltaria aqui.

   — Nem eu achei.

   — O que houve? — diz ele pegando um copo da bebida ao qual eu gostava de beber quando ia, e me serviu.

   — Ajeitei a minha vida. — digo dando um gole. — Ajeitei entre aspas né, acho que baguncei mais o que já estava bagunçado. — Mark ficou me olhando esperando mais respostas, como se fosse um amigo para toda hora. — Peguei um caso grande de uma empresa que estava falindo de um conhecido meu do passado... Vamos dizer que nos relacionamos.

   — Uh? — disse.

   — E aí descobri que era a esposa dele que estava levando ao falecimento da empresa, mas até então ele não poderia se separar dela pois ele teria que se casar para ter os bens e o preparamento para o  casamento começou a ir rápido. —tomei mais um copo. — Só que aí também descobri que não era necessário ele se casar com a víbora para ter os bens, e ele se declarou pra mim e tudo mais. — bebi mais. — começamos a ficar juntos de novo mas agora descobrimos a possibilidade de sermos irmãos quê, meu pai e a mãe dele sumiram.

   — Posha, que rolo... — disse me empurrando mais um copo. — E o que pretende fazer agora?

  — Achar meu pai e a mãe dele, juntar minha mãe e descobrir a verdade, talvez um teste de DNA seria ótimo. — tomo a bebida.

   — E se vocês serem irmãos?

   — Acho... Acho que vou ter que deixa-lo e aceitar isso.

   — E se não for?

   — Vou casar com esse homem, ninguém me segura. — tomei o último copo que ele havia me dado, peguei meu casaco e trançando as pernas fui até a saída.

  O dia nem tinha começado direito e eu estava bêbado andando pelas ruas, tropeçando nas pessoas e parando sentando na rua. Estava de aparência péssima, assim como meu coração estava destruído. Não tinha mais nada para fazer além de acabar com o restinho de dignidade que eu tinha, então, tentei voltar pra casa sozinho.

  Aos tropeços, passando vergonha, eu nem sabia onde estava e nem tinha ninguém a quem recorrer, então não vi quando estava atravessando "tranquilamente" na grande faixa da avenida e o carro passou me levando para longe. 

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  — Ele está acordando, não creio que tomará consciência agora, mas se quiser tentar, vá em frente. — escutei essa voz falando bem do meu lado mas não pude reconhece-la, parecia diferente ou de alguém que eu não conhecia.

Sunshine 2 [Jikook] [COMPLETA] [PARTE2]Onde histórias criam vida. Descubra agora