Sunshine 2 [Jikook] [COMPLETA] [PARTE2]

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  O meu coração estava disparado, não sabia o que fazer quando visse a víbora de novo cara a cara me fazendo mal. Os policiais eram ágeis, mas eu andava extremamente de vagar, como se ao meu redor estivesse caindo o mundo mas eu nem ligasse pra isso. A questão é que eu ligava. Eram minha mãe, Taehyung, Jungkook e Tzuyu que estava lá, tinha que fazer por eles.

Chegando lá em cima, dei batidas na portinha a chamando e ela gritou pra que eu abrisse, abri e vi todos ali com os olhos lacrimejantes me olhando com medo e eu quase me desfiz ali mesmo.

— Boa tarde, Jimin! — dizia a víbora parecendo se divertir com àquilo brincando com a arma na sua mão. — Que pena que não vai chegar até o pôr do sol. — gargalha.

— Você vai me matar pra me tirar do seu caminho, certo? — ela assente sorrindo. — Posso fazer diferente. — me olha confusa. — Mas você os precisa soltar primeiro, deixá-los livres. — digo me aproximando tentando manter a calma.

— Não faça isso, Jiminzinho! — implorava Tzuyu.

— Cala boca! — Shuhua gritou para Tzuyu e todos tomamos um susto. — Prossiga, Park Jimin.

— Se você me matar, será presa e assim não terá Jungkook. — ela para, processando. — Se eu me matar, estará livre de todas as acusações. Pode dizer a todos que eu tive um surto de loucura, que eu os coloquei aqui.

— Como tenho certeza que isso irá dar certo?

— Eu sou advogado Shuhua, deveria saber que sou muito bom com leis. — ela fica alguns minutos me olhando.

— Não. — sorri. — Vou ser boa e poupar a sua vidinha. — se aproxima de mim. — Você só tem que olhar nos fundos dos olhos dessas pessoas dizer que não as ama e sair da cidade.

— De novo isso, Shuhua? — falo. — Sabe muito bem que eu posso voltar pra cidade a qualquer momento.

— Ah, então quer dizer que é simples olhar nos olhos dessas pobres pessoas e dizer que não as ama?! — engoli seco e ela percebeu. — Nada vai me convencer de mandar você pro inferno, de novo. Então, aproveite e diga o que quiser a eles antes de você finalmente morrer. — sussurrou em meu ouvido enquanto eu tremia, passou a sua perna na minha e me derrubou de joelhos no chão. — Ande Jimin! Fale!

Com a cabeça abaixada tentando não chorar, estava pensando em um modo de sair dali, mas percebi que era impossível, não haveria como sair daquilo sem que alguém se machucasse ou todos. Shuhua conseguia muito bem pensar nas coisas detalhadamente, e só desistia quando finalmente tinha o que queria. Eu realmente fiquei curioso para saber de sua vida e todos os segredos nojentos que ela esconde. Geralmente, pessoas assim não tiveram reciprocidade com os pais, perderam alguém que amava ou simplesmente foram traídos, isso seria de extrema tristeza e muito difícil de reerguer sozinhos, mas não há motivo ao qual tenha tanta vontade em matar alguém para "tira-la" do caminho.

— Mãe, Taehyung, Tzuyu e Jungkook. — falo ainda de cabeça baixa. — Eu fui fraco, falhei com vocês assim como vou falhar agora. Sei que não fui um bom filho, amigo e namorado, ninguém merece alguém tão inútil como a mim.

— Isso mesmo! — grita ela — Era isso mesmo que eu queria ouvir, Jimin!

— Acabe com isso, Shuhua. — levanto a cabeça finalmente os encarando, sem reação nenhuma. Tentei ser o máximo transparente o possível só para que eles saíssem vivos de lá, totalmente seguros e ela presa.

— Só isso? — ela sorri. — Okay, então. — ela se senta ao lado de Jungkook e então ouço o estrondoso barulho que quebrou meu coração em trilhões de pedaços.

Não achei que iria ser de imediato, eu não estava preparado. Fechei tanto os olhos tendo certeza de que não os abriria mais que seria a minha última lágrima. Tudo em minha cabeça estava em câmera lenta, os momentos desde quando pisei os pés em Busan, desde que fiquei com Jungkook, o acontecido com Jin e Taehyung, tudo passou como flashes rápidos. Pra mim, eu havia morrido ali, e a dor que eu tinha no meu coração era muito maior do que qualquer tortura no mundo, qualquer bomba estourada, qualquer tiro. Constrangido por ter faltado com todos mas principalmente comigo mesmo e ter deixado chegar aonde chegou.