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  — Tá, e o que exatamente você quer consertar?

   — Esse problema da possibilidade do Jungkook ser meu filho, certamente você já deve saber sobre isso. — fala sério.

  — Sei muito bem, e o Jungkook não é um problema, pai. — digo me sentando junto a ele na mesa. — Se é que devo te chamar assim.

   — Jimin...

   — Não quero suas desculpas nem nada relacionado a choramingar vindo você. Quero apenas que faça o teste de DNA. — olho no fundo dos seus olhos. — Se ele for o seu filho, eu volto pra minha casa e finjo que ninguém e nem essa cidade existe. Esqueço que um dia tive pais, mentirosos por sinal, amigos, e principalmente... — respirei fundo. — esqueço dele.

  Meu pai sorriu fraco e eu completamente sério. Mamãe chegou e ficou feliz por tê-lo de volta em casa. E eu só podia pensar: que merda é essa? que tipo de teatro doentio é esse? Se eu estivesse no lugar de minha mãe, eu não teria feito nada do que ela fez e teria me dado o devido valor. Talvez ela não me tivesse, o que seria realmente bom pra ela. Talvez se eu não estivesse existido, papai estaria com quem ama de verdade, amando o seu filho de verdade e tendo uma família honesta e linda. Mas Park Jimin veio, acabou com os sonhos de muitas pessoas principalmente destruiu uma família. Questionei a minha existência bilhões de vezes enquanto via minha mãe o abraçando forte e ele também chorava como se fosse vítima.

   — Diga ao Jungkook que tive que fazer algo importante, volto em alguns dias. — peguei o meu celular e o quebrei, quebrei o chip, quebrei tudo. — Faça o teste assim que possível.

   — Onde você vai, Jimin? — pergunta minha mãe preocupada.

   — Vou ficar bem.

  Levantei às pressas e subi ao meu quarto para fazer toda a minha mala, peguei tudo o que tinha trazido pra casa de minha mãe, peguei uma quantia em dinheiro, fui ao meu carro e sem dar a mínima as implicâncias de meu pai e o choro de minha mãe, sai sem rumo.

  Eu precisava pensar e pensar muito. Eu era o problema! Causei duas dores em Jungkook, uma eterna ao meu pai... Se fosse pra machucar as pessoas, machucava todas de uma vez, não me importei!

  Ferido demais, tanto por fora quanto por dentro. Os meus machucados ainda não tinham sido sarados, minhas costas ainda ardia e meu psicológico estava abalado, mas eu não me importei.

  Eu não me importei em deixá-los e seguir a minha vida sem rumo, não me importei pois não importa!

   Do que adianta isso tudo? Qual é o sentido nisso tudo?

  Só existia uma pessoa no mundo a qual eu confiava e a qual eu sentia muita, muita saudades.

Chou Tzu-yu.

  Creio eu, que ela é a única transparente comigo, que me passa afeto e tudo mais. Ela compreenderia tudo isso. Mas seria óbvio ir a sua casa, tanto quanto seria óbvio ir a minha. Eu realmente estava sem rumo algum e sem sentido.

  Estava convencido que, não iria voltar tão cedo pra casa, então, não faria algo óbvio pra me levar pra lá. Eu queria algo distante, alguma coisa que nunca havia visitado mas que tinha muita vontade. Brasil. Esse seria o meu destino.

   Por mais que eu sonhasse pouco, o Brasil sempre me cativou por sua cultura e seu hábito. Aliás, seria um lugar que ninguém saberia que eu estava lá, isso é uma idéia maravilhosa.

   Mas... E meu carro? Para viajar, preciso ir de avião, de carro é totalmente impossível. Sim, Chou Tzu-yu a pessoa certa. Dirigi por horas até a sua cidade.

Sunshine 2 [Jikook] [COMPLETA] [PARTE2]Onde histórias criam vida. Descubra agora