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Rio De Janeiro é lindo, posso dizer que foi uma das melhores viagens que fiz, talvez fosse a escolha certa. Apesar de eu não estar acostumado com o clima grandemente quente, era diferente, o ar limpo e pessoas diferentes umas das outras, não tinham olhos puxados.

Tinham casas juntas umas às outras, prédios gigantes e uma praia lotada maravilhosa. Por mais que o Rio chamasse atenção por sua beleza, eu poderia chamar atenção e não ter o cuidado que podia, ouvi coisas ruins sobre la, ter cuidado pra onde vou e com quem falo, mas ao mesmo tempo ser honesto e humilde.

Fiz um check in de última em um prédio de frente a praia e, consegui pegar o melhor quarto. Sozinho, sem preocupação nenhuma, em outro país e sem comunicação com os problemas, estava tudo ótimo e era exatamente disso que eu precisava. Esvair os problemas foi a melhor coisa.

— Sozinho, enfim. Sem dor de cabeça, sem reclamações, sem ninguém. — sorrio deixando minha mala ao lado da cama e indo para o banho.

Estava muito, muito quente. Eu não sabia que o Brasil era tão quente assim, então só havia levado roupas de frio. Logo, lembrei que o recepcionista — que, por um acaso, sabia coreano — disse que tinha uma lojinha no prédio pra se caso eu precisasse de roupas livres. Eu não podia estar mais feliz, tudo estava muito bem pra ser verdade.

Mais tarde, teve um evento no prédio e, por mais que eu não os entendesse, o recepcionista me ajudou a conversar com eles e me ensinou algumas palavras como: Oi, tudo bem, boa noite, tchau, eu não entendo e me ajude, se acaso precisasse. Mais para o escurecer, pedi pra que ele fosse comigo para conhecer a praia, mas ele estava lotado de trabalho e me indicou uma moça — que sabia coreano — estava como hóspede no prédio, então fomos a praia.

— O que está fazendo no Brasil? — disse ela enquanto caminhamos.

— Fugindo de todos os problemas. — sorrio.

— Entendo. Quando eu morava lá, também tinha muitos problemas. — diz pegando nossas coisas e colocando na areia da praia. — Aqui é um país livre, você pode fazer o que quiser. A não ser infringir a lei, claro.

— Por quê saiu da Coréia, Sarayu?

— Eu não vivia com meus pais, eles haviam divorciado a bastante tempo e nenhum deles quiseram ficar comigo. Nisso, eu cresci com minha vó, ela era a minha mãe de verdade. — sorriu fraco enquanto olhava o mar quebrando. — Aconteceu que à uns anos ela faleceu e meus pais nem ligaram, aliás eu já tinha mais de 18, então poderia ser dona do meu próprio nariz. — comeu algumas frutas e continuou. — Outro motivo também é que, o único amor da minha vida morreu assassinado a mando de alguém de minha família. Talvez o motivo de eu estar aqui seja por quê estou quebrada e fugindo deles.

— Que coisa doida. Lamento muito.

— Não lamente, já passou. — sorri.

Ficamos conversando mais de horas mas pra nós se pareceu segundos. Entramos no mar, mesmo que seja proibido ir à noite e foi a melhor sensação do mundo. Sentir aquela água gelada parecendo passar por mim e lavar todos os meus problemas me deixou aliviado. Pensei comigo: Coréia não chega nem aos pés, e acredito que por um momento, decidi ficar no Brasil para sempre. Mas isso não poderia acontecer. Eu não estava acostumado e não era Sarayu, ela conseguiu vencer todos os problemas mas eu não.

Passar pelo Brasil me deixou eufórico, ainda mais ficar lá por um ano. Um ano sem notícias de ninguém de lá da Coréia. Por mais que eu me mostrasse ser orgulhoso, estava sempre procurando notícias sobre lá.

— Mais uma vez na frente da TV, Jimin. — fala Kaio, o recepcionista. — Parece que espera algo ruim acontecer na Coréia. Você sente falta de la, não é? — se senta do meu lado.

— Por mais que seja difícil admitir, sim. — sorrio. — O Brasil é ótimo e sua cultura é... Sem palavras. Foi o melhor um ano que passei aqui.

— Você vai voltar?

Nunca pensei que alguém me perguntasse aquilo. Fiz inúmeros amigos no Brasil: Fernanda, Gustavo, Heitor, Juliana, Nicoly, entre outros. Eu não queria os abandonar mas, eu precisava voltar.

Não sabia se Jungkook estava com alguém mas eu não duvidava disso, ele sabia seguir em frente e não se importava nem um pouco comigo. Minha mãe, deveria estar chateada assim como meu pai, Jin, Taehyung e os outros.

— Sim. Está na hora de voltar. — ele sorriu mais ao mesmo tempo ficou triste, pois ambos perderiam um grande amigo.

Em dentro de uma semana, despedi de todos que conheci e levei os conhecimentos que aprendi no Brasil. Retornando a Coréia estava eu. Meu psicológico estava ótimo, eu estava com meu coração restaurado e foi tudo ajuda do Brasil. 

Sunshine 2 [Jikook] [COMPLETA] [PARTE2]Onde histórias criam vida. Descubra agora